Em 1977 o concelho de Loulé recebeu três lotes de habitações pré-fabricadas, em resultado da cooperação internacional na mitigação ao problema habitacional português, que foram enviadas pelo Ministère des Affaires Etrangères du Commerce Extérieur et de la Coopération au Développement a Portugal e depois canalizadas para o Algarve, à semelhança do que aconteceu com a ajuda dada por outros países europeus, as quais foram redistribuídas para outras regiões do país. O agravamento da falta de habitação adensou bastante com a vinda dos portugueses das ex-colónias após o 25 de abril de 1974, sendo necessário dar resolução definitiva à questão da habitação, uma das competências do Instituto de Apoio ao Retorno de Nacionais (IARN) através da Comissão para o Alojamento de Retornados (CAR). 

O Bairro da Cooperativa de Marcenaria Imbondeiro é um dos cinco bairros do Programa CAR na região, apoiados pela Bélgica, constituindo um dos três que foram implantados no concelho de Loulé. É composto por dez casas pré-fabricadas - uma do tipo T1; três do tipo T2, três do tipo T3; e três do tipo T4 - projetadas pelo arquiteto Guy Hardy para a firma belga SP Sodibat S.A.. 

A infraestruturação do bairro, implantado em zona rural a sul da EN 125, ficou a cargo da Câmara Municipal de Loulé (CML) que devia ter iniciado as obras logo após a montagem das casas no local escolhido, o que não veio a acontecer. Em 1979 a Direção do Equipamento do Distrito de faro (DEDF) extensão Regional da Direção-Geral do Equipamento Regional e Urbano  é incumbido de conseguir junto da câmara a conclusão das obras de infraestrutura (redes de saneamento básico, abastecimento de água e ligação à rede elétrica) do bairro. 

A obra de infraestruturação do bairro era comparticipada a 100% pelo Estado através do Gabinete do Planeamento da Região do Algarve (GaPA) mas, ainda assim, a CML não dava resolução aos projetos e às diretivas emanadas dos serviços regionais responsáveis pela execução do programa e as obras não eram executadas, impedindo a conclusão do programa da ajuda Belga. Em meados desse ano apenas o projeto dos arruamentos se encontrava aprovado estando os restantes por entregar para avaliação, ou remodelação em consequência de pareceres técnicos.