Polidesportivo do Juncal
Processo constituído por uma pasta de cartão castanho, com inscrições manuscritas referentes a “Direcção da União Recreativa Juncalense” e “Polidesportivo do Juncal”, concelho de Porto de Mós. Contém documentação textual e gráfica.
Identificação
Análise
1970.01.05: Estatutos da associação União Recreativa Juncalense, de caráter recreativo e cultural.
1980.08.04: Victor Manuel da Cruz Santiago, da Direção de Equipamento do Distrito de Leiria (DEDL) envia a engenheiro diretor do Equipamento Regional e Urbano (DGERU) um exemplar do projeto tipo de vestiários balneários e outras dependências do Polidesportivo do Juncal.
1980.11.14: A Câmara Municipal de Porto de Mós (CMPM) aprova o projeto de obras para o Polidesportivo do Juncal.
1980.11.27: Proposta de comparticipação, assinada pelo engenheiro técnico Guilherme Mendes Pereira, para inscrição no Plano de DERU – Obras Novas. O projeto está bem elaborado, tendo sido executado na Direção-Geral dos Desportos (DGD), e recebeu aprovação do local de implantação pela Direcção-Geral do Planeamento Urbanístico / Planeamento Urbanístico do Centro. As instalações de apoio devem ser contempladas nesta fase, sendo o projeto também da DGD. O orçamento é de 1.575.000$00, correspondendo a comparticipação na base de 60% a 945.000$00. Propõe aprovação superior e concessão escalonada da comparticipação entre 1980 e 1981.
1980.12.15: A União Recreativa Juncalense solicita adiantamento da comparticipação.
1980.12.15: Auto de medição de trabalho n.º 1, correspondendo ao valor escalonado para 1980 da comparticipação (100.000$00), pelo Orçamento Geral do Estado.
1981.01.29: Informação de Guilherme Mendes Pereira, engenheiro técnico civil da DEDL. A entidade solicita autorização para realizar a obra em regime de administração direta “alegando que a população se dispõe a contribuir para a sua execução, não só com ofertas de materiais de construção, mas também com dinheiro e empréstimo de máquinas para terraplanagens". Vem a ser autorizado.
1981.03.12: Informa-se que a obra teve início a 16 de fevereiro 1981.
S.d.: Planta de implantação do campo (não se trata do lugar que foi, efetivamente, utilizado). Há desenhos (alçados, cortes) de um pavilhão coberto, que se presume não ter sido construído; tem data de 1 de outubro de 1981 e a indicação “alteração”.
1982.05: Memória descritiva, assinada pelo engenheiro técnico de construção civil Camilo Vicente António de S. Coelho, referente a um polidesportivo descoberto a construir no Juncal. Verificou-se que o projeto inicial, a ser executado, seria demasiado oneroso atendendo ao terreno acidentado. Optou-se por construir as bancadas no lado oposto ao previsto, para junto das quais se transferiram os sanitários públicos e a entrada de acesso às bancadas. Mantém-se o orçamento e as medições já previstas. Vem a ser aprovado, por não constituir encargo adicional.
1984.06.19: O engenheiro diretor-geral do Equipamento Regional e Urbano, Alberto Pessanha Viegas, informa o DEDL que a obra será abatida ao Plano caso não recomece urgentemente, por estar paralisada há bastante tempo.
1984.10.22: Pedro António Carvalho Matias de Pina, engenheiro diretor da DEL, informa que a obra deverá ser abatida ao Plano, dado que a entidade não resolve o problema. Terá de repor c. 94.500$00 nos cofres de Estado por já ter beneficiado da comparticipação.
1986.08.27: Informação do diretor de Equipamento de Leiria, Pedro António Carvalho Matias de Pina. Apesar das várias reuniões realizadas com a CMPM e o Delegado Regional da DGD, concluiu-se ser impossível reiniciar a obra. A CMPM e a União Recreativa Juncalense propuseram encerrar o processo e repor a parte da comparticipação recebida que não teve cobertura nos trabalhos, correspondente a 37.000$00.
Para citar este trabalho:
Ana Mehnert Pascoal para Arquitectura Aqui (2025) Polidesportivo do Juncal. Acedido em 04/09/2025, em https://arquitecturaaqui.eu/pt/documentacao/processos/63548/polidesportivo-do-juncal