No início de 1961, o presidente da Câmara Municipal de Lamego solicitou ao Ministro da Justiça a construção de habitação própria para a residência dos magistrados da comarca, que então habitavam em casas arrendadas que considerava não possuírem o mínimo de condições. Passado mais de um ano, a situação havia-se agravado após a criação do Círculo Judicial de Lamego, sem que o pedido tivesse merecido resposta por parte do Ministério. Só em novembro de 1963 foi concedido um subsídio pelo Ministério da Justiça para a construção de três casas para magistrados em Lamego, que ficariam a constituir propriedade da Câmara Municipal.

Ao longo de 1964 e até agosto de 1965, o projeto foi sendo elaborado pelo arquiteto Mário Borges de Araújo, a quem tinha sido atribuído por sugestão do Ministro da Justiça. O desenvolvimento do projeto foi prolongado pela alteração do terreno, inicialmente previsto na Avenida 5 de Outubro.

O projeto então definido foi considerado de orçamento excessivo pelas entidades superiores competentes, tendo sido aprovado apenas em agosto de 1966, após apelo pelo presidente da Câmara Municipal a que não se diminuísse a qualidade da obra, que seria implantada numa zona nova da cidade. Mesmo sem alteração do orçamento, o primeiro concurso público para adjudicação da obra ficou deserto de concorrentes e a obra foi finalmente adjudicada por um valor elevado face à base de licitação.

A obra encontrava-se terminada em outubro de 1968.

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