Durante os anos 1950, o Ministério das Obras Públicas investiu na construção de vários edifícios para as sedes das Administrações Florestais para servir como postos avançados de controle e estudo do território no contexto de uma política nacional, o Plano de Povoamento Florestal. O edifício da Covilhã é uma destas obras, desenhadas de maneira individualizada pelo arquiteto Jorge Santos Costa, sediado em Lisboa. Esta tipologia não mereceu a elaboração de um projeto tipo, já que o tamanho do edifício variava em função do número de técnicos presentes, além da família do administrador e dos depósitos para materiais de trabalho.

 O arquiteto Jorge Santos Costa apresentou em 1952.04.23 o projeto definitivo para edifício, seguindo a instrução "Programa a que deverão obedecer as obras a projetas no ano de 1950". O edifício, "concebido com a forma de um L",  agrega os serviços da Administração Florestal e a Residência do Administrador. Do ponto de vista da "Expressão Plástica", o arquiteto pretendeu dar "sabor(...) que se integre no ambiente próprio que o local oferece". A construção recorreria à "materiais próprios da região, tirando-se partido do granito pela sua aplicação em vários dos elementos, conjugado com superfície de reboco áspero e empenas guarnecidas com troncos de madeira de pinho das Matas Nacionais".