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Escola Básica de São João Batista, Campo MaiorColégio de São JoãoExternato de S. João, Campo Maior

Instituído em 1962, atendendo aos problemas verificados na educação da juventude da vila e concelho de Campo Maior – especialmente os problemas financeiros, que acarretavam impacto social na população, que se via obrigada a estudar fora do concelho, e por isso com custos acrescidos e escassez de vigilância e proteção familiar – o Externato de S. João de Campo Maior, a funcionar em casa provisória até então, viria a manifestar e justificar, em 1966, a necessidade de construção urgente de um edifício próprio. Reforçando o sucesso e impacto do ensino por si ministrado, destacavam o aumento significativo do número de alunos a cada ano, que em muito comprometia o futuro da sua ação e da educação da população jovem do concelho.

Tanto quanto a documentação encontrada e analisada permite perceber, o processo inicia-se em junho de 1965, com a elaboração de um projeto de arquitetura para o Externato a construir, com capacidade para cerca de 400 alunos. Esse projeto seria então apresentado ao Ministérios da Obras Públicas em janeiro 1966, após a cedência de um terreno particular à Arquidiocese de Évora e a aprovação do Ministério da Educação Nacional, acompanhado de um pedido de comparticipação do Estado. Após alguns reparos e alterações, o projeto (da autoria dos Arquitetos Manuel Tierno Bagulho e José dos Reis e Álvaro) viria a constituir-se projeto de execução apenas para uma 1.ª fase da obra, em 1969, com o aval de diversos serviços e entidades – entre os quais a Junta de Construções para o Ensino Técnico e Secundário e a Inspeção Superior do Ensino Particular –, e igualmente autorizada uma comparticipação através do Fundo de Desemprego. Esta aprovação, implicou em 1967, uma revisão do Plano de Urbanização de Campo Maior de 1954, de forma a priorizar a construção do Externato.

Em junho de 1969 iniciava-se, assim, a 1.ª fase da obra que respeitava ao corpo de aulas, com a empreitada a cargo do Eng.º António Sequeira Lopes. A construção alargar-se-ia, através de sucessivas prorrogações, até abril 1971, com um orçamento total de 2.861.342$00, sendo esta a única fase que viria a ser construída.

Em fevereiro de 1972, a obra é oficialmente dada por concluída e entregue à Direção do Externato de S. João de Campo Maior. 

Desde então, o edifício funcionou manteve sempre as suas funções educativas, tendo funcionado como Externato de S. João, posteriormente designado como Colégio de S. João, e, mais tarde como Escola Básica EB2 de S. João Baptista, integrada no Agrupamento de Escolas de Campo Maior. Desde 2015, toda a atividade educativa que aqui tinha lugar foi transferida para o Centro Escolar Comendador Rui Nabeiro.

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Identification

Conclusion Date
1972
Community

Location

Address
Avenida General Humberto Delgado 35
Former Distrito (PT)
PortalegreFormer Distrito (PT)
Context
UrbanoContext
InteriorContext

Status & Uses

Status
ConstruídoStatus of Work
Original Use
Education ˃ Day SchoolFunctional Typology
Other Uses
Education ˃ SchoolFunctional Typology
Education ˃ Primary SchoolFunctional Typology

Chronology of Activities

Activities

Brief Description

Combined Analysis of Form, Function and Relation to Context

A Escola Básica de S. João Baptista localiza-se na zona oeste da vila de Campo Maior, inserida no contexto de uma revisão ao Plano de Urbanização de Campo Maior de 1954, numa das principais artérias de acesso à localidade, em proximidade com o Jardim Municipal.

Localizada num terreno de declive, que inicialmente dificultou a realização do projeto e condicionou a orientação das dependências, o antigo Colégio de S. João, conta com um programa que teve por objetivo a interdependência geral das zonas masculinas e femininas, sem prejuízo das zonas mistas. 

Inicialmente previsto apenas como projeto da 1.ª fase de construção, destinado apenas a bloco de aulas, a Escola desenvolve-se, assim, num corpo único, com todas as instalações num só edifício.

Distribuídos por 3 pisos, encontram-se as zonas de receção e administração, as zonas de aulas, desporto e recreio. No 1.º piso, articuladas por um vestíbulo, encontram-se as instalações respeitantes à administração (secretaria, gabinete da direção e sala de espera para visitas); os bengaleiros masculinos e femininos, com acesso às respetivas instalações sanitárias; as zonas de sala de estar masculina e feminina, devidamente separadas; o ginásio e respetivos vestiários, masculinos e femininos, estando o masculino anexo às instalações sanitárias e sem acesso direto para o ginásio. No 2.º piso, a sala de professores com instalações sanitárias anexas, duas salas de aula, um anfiteatro, um laboratório de química e um laboratório de física com câmara escura anexa. E, por fim, no 3.º piso, uma biblioteca, quatro salas de aula e uma sala de desenho e trabalhos manuais. 

Destaca-se o caráter sóbrio do edifício, através de um projeto que teve o intuito de salvaguardar orgânica e plasticamente a personalidade das zonas específicas e que revela sobriedade na escola dos materiais. Os jogos de luz e sombra, são realçados pelos recortes dos vãos, que assumem especial importância no alçado nascente. 

Pela impossibilidade de acesso ao espaço, esta informação tem por base o edifício inicialmente projetada, ainda que, verificando o aspeto exterior, pareçam não ter existido muitas alterações. Apontamos a eventual desadequação das instalações às recentes necessidades, como um dos fatores que possa ter estado na origem da construção do novo Centro Escolar - para o qual as atividades educativas foram transferidas - além da intenção de centralização.

Materials & Technologies

Structure
Betão ArmadoBuilding Materials

A informação constante desta página foi redigida por Tiago Candeias, em março de 2024, com base em diferentes fontes documentais e bibliográficas. 

To quote this work:

Arquitectura Aqui (2024) Escola Básica de São João Batista, Campo Maior. Accessed on 19/09/2024, in https://arquitecturaaqui.eu/en/buildings-ensembles/12514/escola-basica-de-sao-joao-batista-campo-maior

This work has received funding from the European Research Council (ERC) under the European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement No. 949686 - ReARQ.IB) and from Portuguese national funds through FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., in the cadre of the research project ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).