O primeiro documento encontrado relativo ao edifício da Administração Florestal de Bragança data de 21 de novembro de 1939, quando a Direção Feral da Fazenda Pública submeteu um pedido de expropriação por utilidade pública dos terrenos necessários para as novas instalações. Não se encontrou informação relativa ao período entre esta data e maio de 1943, altura em que já se encontrava elaborado e aprovado um projeto para os edifícios da “Administração Florestal e da casa do guarda, garagem e habitação do chauffeur, cavalariça” e outros.

Os trabalhos de construção do conjunto foram adjudicados em outubro de 1943, pela importância de 247.968$00. No entanto, menos de um ano depois, em junho de 1944, o contrato foi rescindido por despacho ministerial, após comunicação pela Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais de que “o empreiteiro desde o início das obras se revelou incapaz de lhes imprimir o andamento correspondente ao prazo de execução” e que o mesmo “se colocou em nítida rebeldia perante a fiscalização, não cumprindo o programa de trabalhos que por esta lhe foi imposto”.

Em abril de 1945 os trabalhos de conclusão do conjunto foram adjudicados pela importância de 690.000$00, agora com comparticipação a 40% pelo Fundo de Desemprego, tendo as obras arrancado entre essa data e dezembro do mesmo ano. A partir de então, os trabalhos foram-se prolongando para além do previsto, sucedendo-se pedidos de prorrogação do prazo de execução da obra por parte do seu adjudicatário. O processo administrativo da obra refere uma tempestade que, entre 18 e 19 de dezembro de 1945, destruiu parte dos trabalhos concluídos, e a paralização frequente das obras por condições meteorológicas adversas durante os invernos.

Após a receção provisória dos trabalhos, em maio de 1947, os atrasos continuaram até que, em novembro de 1948, a documentação refere um princípio de incêncio “na sala de jantar do andar destinado a Pousada”, sendo a sua causa “a falta de isolamento conveniente entre a lareira do fogão e o madeiramento do sobrado daquele compartimento”.

Em inícios de 1949, as entidades responsáveis pela construção do conjunto da Administração Florestal trocavam correspondência sobre a demora na finalização da obra, que foi finalmente concluída em setembro do mesmo ano.