O edifício da escola primária de Casas Baixas, na freguesia de Cachopo, constitui a sede de um dos sete núcleos escolares definidos no Mapa Definitivo das Obras de Escolas Primárias (Plano dos Centenários, 1943) para esta freguesia de dimensão territorial considerável. A zona de influência do núcleo escolar de Casas Baixas abrangia também os lugares vizinhos de Alcarias Baixas, Amoreira, Garcia, Grainho e Passa Frio. 

Em 1943 estava previsto a construção de um edifício misto, composto por apenas uma sala. 

O processo administrativo para a concretização do planeado só arranca em 1956. O presidente da freguesia de Cachopo, a quem se pede que ajude na procura por um terreno para a construção do edifício escolar menciona, em 1957, “…tendo ido às Casas Baixas, (…). Encontrei nos proprietários dos terrenos, muita reação na primeira altura. Mas depois de bem explicadas as coisas, concordaram”, acabando por conseguir reunir quatro pequenos terrenos – “fica junto do núcleo populacional (…) num local denominado ‘Cerca da Eira de Maria Jacinta’…”, que juntos perfazem os 1200 m² mínimos necessários para a construção da escola.  Incluído na Fase VI do Plano de Construções Escolares, correspondente à empreitada n.º 34 que incluiu a construção de outros três edifícios escolares no concelho – Cachopo, Corte António Martins e Cabanas –, a obra foi adjudicada à Firma Cardual, Lda., de Lisboa, pela importância de 385.500$00 esc., tendo o edifício ficado concluído em 1959.

Estando desativada em resultado da desertificação do interior do concelho, em 1998, a Câmara Municipal de Tavira (CMT) inclui a antiga escola numa lista de potenciais edifícios escolares, construídos ao abrigo do Plano dos Centenários, com condições de serem reabilitados para novas utilizações.  No âmbito de uma candidatura ao Programa de Promoção Potencial de Desenvolvimento Regional (PPDR ) – Recuperação de Centros Rurais, a escola de Casas Baixas é alvo de obras de reabilitação e cedida a um projeto para a criação de Centros de Descoberta do Mundo Rural integrados na Rede de Apoio a Percursos de Descoberta do Interior. A gestão deste, e de outros dois espaços, está desde então a cargo da Associação In Loco e o principal objetivo passa por dinamizar e trazer nova vida a espaços como estes da serra de Tavira.