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Terminal Rodoviário, Beja

O projeto para a Estação Rodoviária de Beja foi aprovado pela Câmara Municipal em agosto de 1963.

A licença para edificação foi concedida em julho de 1964. E um ano depois, os clientes – a Empresa Rodoviária Sotavento do Algarve Lda., a Empresa de Viação do Algarve Lda. e a Empresa João Cândido Belo & Ca. Lda. – pedem a isenção da taxa de construção, alegando tratar-se de uma obra de evidente interesse público, que “embora levada a efeito por três empresas industriais, transcende para além do mérito particular”.

A 11 de julho de 1968 foi concedido o alvará de licença de ocupação.

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Notes

Combined Analysis of Form, Function and Relation to Context

O Terminal Rodoviário de Beja, edifício-quarteirão de planta retangular, desenvolve-se num volume central, de grande pé direito, de estacionamento das viaturas. Está cercado por um corpo, de cada lado, de estruturas de altura inferior, com cobertura modular curvada em betão, destinadas a lojas várias.

A frente, orientada para a Praça António Raposo Tavares, é reforçada por um volume mais alto, de dois pisos. No plano térreo abre-se uma galeria que dá acesso à entrada principal, onde estão as bilheteiras. No primeiro andar está a varanda que se estende por toda a fachada, com grelhagens ritmadas que permitem sombreamento. Esta fachada é marcada com a forma limpa e imponente da torre, que vem na continuação da galeria do piso térreo.

José Filipe Murteira dos Santos lembra que a rodoviária tinha um grande movimento. Era utilizador assíduo do edifício na juventude e recorda que ali circulavam três empresas, e o terminal “estava dividido ao meio, por um muro, pelas duas empresas com maior fluxo, do lado esquerdo estava a EVA [Empresa de Viação do Algarve] – que fazia a ligação para o Algarve pela EN2, passando por Penedo Gordo, Santa Vitória, Ervidel, Aljustrel, Castro Verde, Almodôvar, e por outras, até Faro; do lado estava a [João Cândido] Belo, que fazia as viagens para Cacilhas, e depois da ponte [25 de Abril], para Lisboa”.

Em 2024, as bilheteiras estão ao lado esquerdo do acesso principal, o que não acontece na organização original do edifício. O entrevistado recupera que aqui se localizava a sala de espera, as bilheteiras eram logo em frente à entrada. Na sala de espera, na parede, havia um mapa “pintado muito bonito, da zona Centro até ao Algarve, com as estradas e as rotas das empresas de transporte” que ali operavam. Entretanto, foi construída uma parede, e não se sabe se o mapa ali continua, ou se foi pintado. Lembra, ainda, que o bar da rodoviária, próximo à torre era muito frequentado. As oficinas dos autocarros, que agora são no último terço do terminal, eram, à sua construção, fora deste edifício.

Key moments (click below for details)

Conclusion Date
c. 1965
Activities

Location

Community
Address
Praça António Raposo Tavares, Rua General Humberto Delgado 44
Former Distrito (PT)
BejaFormer Distrito (PT)
Context
UrbanoContext

Status & Uses

Original Use
Status
ConstruídoStatus of Work

Materials & Technologies

Structure
Betão ArmadoBuilding Materials

Forum

Documentation

Records & Readings

A informação constante desta página, redigida por Joana Nunes, em outubro de 2024, foi reunida através de diferentes fontes documentais e bibliográficas e de contributos e testemunhos que pudemos recolher em Beja. Conta com o testemunho de José Filipe Murteira dos Santos.

To quote this work:

Arquitectura Aqui (2024) Terminal Rodoviário, Beja. Accessed on 21/11/2024, in https://arquitecturaaqui.eu/en/buildings-ensembles/22569/terminal-rodoviario-beja

This work has received funding from the European Research Council (ERC) under the European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement No. 949686 - ReARQ.IB) and from Portuguese national funds through FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., in the cadre of the research project ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).