A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Portimão (AHBVP) é uma instituição fundada em 1926, após um trágico acidente ocorrido na cidade, na sequência do qual um grupo de populares empreende a nobre iniciativa de criar uma associação capaz de acorrer às necessidades dos portimonenses. Teve como missão manter um corpo de bombeiros destinado a suprimir as carências do concelho (chegando a incluir o concelho vizinho de Lagoa) no referente ao combate a incêndios, ao auxílio aos mais necessitados e à proteção de pessoas e bens em geral, para além de ter procurado manter, ao longo dos seus quase 100 anos de existência, um papel ativo no contacto com a população e com os seus associados através de atividades recreativas, culturais e/ou desportivas. 

Como qualquer associação que nasce do querer, mais do que das possibilidades dos homens, a AHBVP teve um início difícil mas apoiado, quer por populares quer pela edilidade que disponibiliza as primeiras instalações que a Corporação veio a ter, num rés-do-chão na Rua 5 de Outubro, onde permanece por vários anos. 

Contudo, a história das instalações da AHBVP não acompanha o desenvolvimento do núcleo urbano e as necessidades de uma população em crescimento acelerado, consequência do desenvolvimento turístico da região que para agravar a situação já de si precária vê, em 1942, o seu espaço reduzido para um terço da área que teve inicialmente. Daqui nasce o desejo de construir um quartel e sede próprios e criam-se os primeiros contatos com as entidades locais, regionais e centrais com vista a recolher apoios e condições que permitam a concretização desta aspiração local. O processo será, no entanto, bastante demorado mesmo contando com o apoio municipal que por mais de uma vez oferece terrenos públicos para a construção do equipamento. Os sucessivos entraves colocados pelos serviços centrais fazem arrastar por mais de três décadas um processo que teve início em 1947/48.

Em 1976 o processo para a construção do quartel - desta feita numa parcela de terreno na Quinta do Morais, oferecida pelos proprietários - recomeça uma vez mais e, em 1981, passa por fim à fase de execução. Com alguns percalços no arranque dos trabalhos e dois abandonos de obras por parte dos respetivos empreiteiros as obras são finalmente concluídas no início da década seguinte.