Até 1967, a Casa do Povo de Mazarefes encontrava-se instalada em condições desadequadas, descritas, num relatório de inspeção de 1955, como sendo “de uma pobreza desoladora”, onde “não é com grande segurança que se caminha sobre o soalho, pois as tábuas cedem, à passagem por forma pouco tranquilizadora…”. Em janeiro de 1966, a situação mantinha-se, sendo então descrita numa notícia no jornal O Comércio do Porto: “a sala de espera, isto é, a única sala existente, tem o soalho a ruir; o chamado ‘consultório médico’, sem as condições mínimas, tem o telhado em tal estado que chove lá dentro - chove sobre o médico e sobre os doentes!”.

Em 1959, a Casa do Povo adquiriu uma parcela de terreno para a futura construção de um edifício-sede e, cinco anos mais tarde, em abril de 1964, apresentou um projeto à Direção de Urbanização do Distrito de Viana do Castelo. Este não foi imediatamente aprovado, considerando a Direção que o edifício se deveria recuar face à Estrada Nacional e que o edifício projetado não traduzia bem a sua função pública, lembrando um traçado residencial. Só após a apresentação de dois aditamentos ao projeto, foi este aprovado pela Direção de Urbanização, em fevereiro de 1966, tendo já recebido financiamento através do Ministério das Corporações e Previdência Social. Em março do mesmo ano, a Casa do Povo recebeu uma comparticipação de 195.000$00 pelo Ministério das Obras Públicas e, em abril, a obra foi adjudicada a Diamantino Campainha, por 583.000$00.

A 17 de junho de 1967, o edifício da Casa do Povo de Mazarefes foi inaugurado.