A perceção pela Câmara Municipal de Abrantes de ser necessária a construção de um novo edifício para o Quartel da Guarda Nacional Republicana (GNR) data de, pelo menos, 1970. No mesmo ano, o Comando Geral da GNR “confirmou a deficiência das atuais instalações (…) e solicitou que com urgência fosse levada a efeito a construção do novo Quartel” e, em abril de 1971, foi escolhido um terreno para a nova construção. Entre 1971 e 1972, a Câmara Municipal de Abrantes procurou, junto da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais e do Ministério das Obras Públicas, que fosse elaborado um projeto para o Quartel. No entanto, constituindo “encargo dos municípios a elaboração dos projetos de edifícios destinados a Postos e Quartéis de Secção da Guarda Nacional Republicana”, o projeto foi protelado.

Mais de uma década passada, em novembro de 1984, a Câmara Municipal de Abrantes procedeu à adjudicação de uma primeira fase da obra. A obra consistia na construção de um edifício destinado a quartel, tendo sida abandonada a pretensão de construir quatro blocos de habitação para a GNR, a favor da aquisição de fogos no conjunto habitacional em tão em construção pela Construtora Abrantina.

No mesmo ano, foram transferidas para a Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais diversas dotações correspondentes a compromissos assumidos pelo Ministério da Administração Interna referentes a obras que as autarquias realizam para as instalações das forças de segurança (Decreto-Lei n.º 381/84), que levaria a um desenvolvimento lento da obra ao longo dos anos seguintes. Em agosto de 1986, o Comendo-Geral da GNR informou a Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais de que a obra se encontrava paralisada há cerca de um ano e meio, “estando construídas as paredes em tosco e o telhado colocado”, e reforçou a importância da Secção de Abrantes da GNR, sede de comando de uma área territorial extensa, “porque a sua implantação geográfica, o volume populacional que cobre e o cariz económico-social dessas populações constituem fatores importantes a ponderar”. Ao longo de 1987, a correspondência entre o Ministério da Administração Interna e a Direção-Geral competente permite perceber que a Câmara Municipal fazia depender a retoma dos trabalhos da compra dos terrenos onde o Quartel se encontrava implantado, proposta à qual o Comando-Geral da GNR se opunha por considerar insuficientes os trabalhos realizados pela Câmara Municipal no local. No entanto, em 1988, o Comando-Geral concordou com a aquisição dos terrenos e, em 1989, a Câmara Municipal aceitou a venda.

O novo edifício do Quartel da GNR de Abrantes foi entregue pela Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais ao Comando-Geral da GNR em setembro de 1990.

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