A construção de um edifício escolar de duas salas em Mousinho, Lousada, foi incluída no plano de construções escolares de 1945 da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. O terreno para a sua localização foi selecionado durante o ano de 1946 e aprovado em abril de 1947. De acordo com a investigação de Luís Ângelo Fernandes, a obra foi adjudicada em julho do mesmo ano à Sociedade de Construções Arouquense. O edifício terá sido concluído entre 1948 e 1949.

No início de 1962, a Direção-Geral do Ensino Primário propôs à Câmara Municipal de Lousada a ampliação da escola com mais uma sala de aula. A implantação do edifício foi aprovada em junho do mesmo ano mas, dois anos mais tarde, a Câmara ainda não tinha conseguido adquirir a parcela de terreno necessária à ampliação do edifício. Solicitava, nessa altura, a cedência gratuita de 600m2 de terreno nas traseiras do recreio existente, ao pároco da freguesia de Aveleda. Em 1975, o assunto continuava por resolver. Em março desse ano, a Câmara Municipal deliberou ampliar com 2 salas o edifício escolar do Núcleo de Mourinho e alargar o terreno de recreio, não sendo necessária a aquisição de novo terreno.

Dois anos mais tarde, a desadequação do edifício tornava-se evidente. Em outubro de 1977, uma comissão de pais da Escola de Mourinho assinaram uma exposição conjunta, na qual se descreviam as pobres condições da escola existente: “a sala do edifício onde têm funcionado as aulas não tem condições; que não existe casa de banho para alunos e professores; que não existe recinto coberto onde as crianças se possam abrigar; que a parte superior do edifício ameaça ruína; que não dispõe de água; que cerca de 60 crianças são obrigadas a deslocar-se dos pontos mais distantes da freguesia. Referia-se que a promessa de construção de uma nova escola se arrasta há anos e requer-se que o presidente da CML diligencie “o mais rapidamente possível junto das Entidades responsáveis, para que seja dada solução condigna ao assunto, uma vez que lhe atribuímos a maior importância e não desejamos que os nossos filhos, homens de amanhã, não tenham neste momento o mínimo de conforto e segurança durante o tempo que por lei são obrigados a permanecer nessa sala”.

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