O Centro Cultural e Assistencial de Nossa Senhora das Graças encontrava-se projetado no início de 1971, sendo considerado, pela Comissão Executiva da Igreja de Nossa Senhora Medianeira das Graças - entidade promotora - essencial “num meio pobre, operário e rural”, onde Chainça aparecia como uma “comunidade de 800 fogos com mais de 200 crianças na escola as mais pobres das quais poderiam beneficiar da Cantina do Centro”. O projeto incluía espaço para um infantário, que funcionaria todos os dias úteis, e uma Casa de Formação, que funcionaria “aos sábados e em dias alternados, aproveitando os tempos livres das raparigas, no fim dos seus trabalhos profissionais”. A visita ao local de um técnico da Secretaria de Estado da Saúde e Assistência levou à introdução de alterações ao projeto, tendo-se assumido o “ideia central e de carácter permanente e a Formação das Raparigas como Obra secundária”.

Em maio de 1971, a entidade promotora aguardava apenas a concessão de um subsídio pela Direção-Geral de Assistência para iniciar os trabalhos - que foi reservado para a obra pelo Subsecretário de Estado da Saúde e Assistência ainda no mesmo mês. No entanto, entre dezembro de 1971 e abril de 1973, encontram-se documentos da Direção-Geral da Assistência Social que relatam uma difícil comunicação com a Comissão promotora, desconhecendo-se as datas de início e conclusão da obra.

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