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Portugal and Spain 1939-1985

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Centro de Formação Social Rural, Lamego

A escola do Centro de Promoção Social Rural recebeu autorização de funcionamento do Ministério da Educação Nacional em Outubro de 1961 e Alvará em julho de 1964, e tinha como objetivo “preparar as futuras agentes de educação familiar rural”, que seriam estudantes entre os 17 e os 35 anos. A escola entrou em funcionamento em 1964, tendo recebido apoio das Junta da Ação Social, Junta de Colonização Interna, do Instituto de Assistência à Família, do Governo Civil, da Cáritas Portuguesa e da Fundação Calouste Gulbenkian. No entanto, no início de 1967, o Centro funcionava numa quinta arrendada, que iria então ser vendida para a construção de um Hospital Regional.

Assim, em março de 1967, a direção do Centro de Promoção Social Rural solicitou, ao Ministério das Obras Públicas, um subsídio para a construção de um edifício próprio, para o que contava já com o apoio da Diocese, do Governo Civil de Viseu e da Câmara Municipal de Lamego.

A direção do Centro só conseguiu adquirir terreno para a construção do seu novo edifício dois anos mais tarde, em fevereiro de 1969. No final do mesmo ano, a Junta de Colonização Interna encontrava-se a prestar assistência para a elaboração do projeto que foi submetido à apreciação da Direção-Geral dos Serviços de Urbanização em março de 1970.

Na mesma altura, a direção justificava a importância da sua obra, que considerava consistir num “admirável ponto de irradiação para uma zona rural a cem por cento, abrangendo (…) cerca de 20 freguesias populosas dos concelhos de Lamego e Tarouca, bem servidas por estradas, permitindo, no futuro, a organização de uma zona-piloto, em ordem à promoção cultural, profissional e social das populações rurais”. Num relatório sobre a “vida e atividades da Escola nos sete anos do seu funcionamento”, indicava-se que, desde a abertura da escola, haviam concluído o curso 33 alunos, que exerciam agora a sua atividade profissional em vários setores de promoção, tais como a Federação das Casas do Povo, o Plano da Junta Rural de Coimbra, a Obra do AFRIS em Angola, a Obra de Proteção à Rapariga e a Obra do Bem Estar Rural de Baião, para além do próprio Centro.

Passado um ano, em fevereiro de 1971, a Direção-Geral dos Serviços de Urbanização informou a direção do Centro de que considerava o projeto apresentado demasiado oneroso, devendo ser revisto para se adequar melhor às possibilidades da instituição. Em resposta, a direção propôs-se a construir apenas dois dos pavilhões inicialmente previstos para o Centro: os referentes ao edifício escolar e ao internato das alunas.

O projeto foi aprovado no primeiro semestre de 1972 e os trabalhos da primeira fase da obra foram iniciados em novembro do mesmo ano.

A obra foi construída em seis fases, que se prolongaram entre 1972 e 1988. Ao longo deste período, a instituição foi funcionando nas partes do conjunto a edificar que já se encontravam concluídas e a sua ação foi-se adaptando aos diferentes momentos de um período de rápida transformação social. Tal foi-se refletindo nos sucessivos pedidos de comparticipação enviados a diferentes entidades. Em maio de 1975, numa exposição ao Ministro da Agricultura, a direção do Centro enfatizava a sua importância numa zona que havia recentemente sido declarada Zona Prioritário de Sensibilização Rural pela Secretaria de Estado da Agricultura. Em janeiro de 1976, numa comunicação ao Ministro das Obras Públicas, salientava a “necessidade urgente de criar postos de trabalho que possam permitir aos retornados ganharem o pão de cada dia”. Em dezembro de 1977, a direção explicava de que forma se vinha a ampliar a ação da instituição, prevendo então como objetivos a preparação de agentes de educação familiar e promoção comunitária, de promoção agrícola, a realização de cursos para educadoras de infância e implantação de centros de bem estar infantil e a alfabetização dos ambientes mais desprotegidos, através de cursos de cultura popular e criação de escolas comunitárias.

Em novembro de 1988, a obra encontrava-se totalmente concluída, tendo sido oficialmente inaugurada a 19 de maio de 1989.

   

Para mais detalhes, consultar a secção Momentos-chave, abaixo.

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Analysis

Conclusion Date
1988

Key moments (click below for details)

Activities

Location

Community
Location
Address

Estrada Nacional 226, 5100-196 Lamego

Former Distrito (PT)
ViseuFormer Distrito (PT)
Context
InteriorContext
PeriurbanoContext

Status & Uses

Status
ConstruídoStatus of Work

A informação constante desta página foi redigida por Catarina Ruivo, em agosto de 2025, com base em diferentes fontes documentais e bibliográficas.

To quote this work:

Catarina Ruivo for Arquitectura Aqui (2025) Centro de Formação Social Rural, Lamego. Accessed on 05/09/2025, in https://arquitecturaaqui.eu/en/buildings-ensembles/63877/centro-de-formacao-social-rural-lamego

This work has received funding from the European Research Council (ERC) under the European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement No. 949686 - ReARQ.IB) and from Portuguese national funds through FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., in the cadre of the research project ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).