A ideia de construção de um novo mercado em Alhos Vedros remonta a 1970, altura em que a Câmara Municipal da Moita decidiu, em reunião, incumbir o seu arquiteto João Alves de Sousa de estudar esse equipamento para o largo da igreja, compreendendo terrenos municipais. Até então, o mercado realizava-se nessa zona, ao ar livre, não reunindo condições e não dando resposta às necessidades da população. Tratava-se, pois, de substituir o existente.

O primeiro estudo arquitetónico foi apresentado por João Alves de Sousa em 1971. Preconizava o uso de uma estrutura modular, que permitiria a construção por fases e previa futuras ampliações, conforme o crescimento populacional. Foi aprovado pela câmara municipal, que submeteu um pedido ao Ministério das Obras Públicas de comparticipação financeira para execução da obra, considerando a indisponibilidade financeira que atravessava devido a vários compromissos de realização de obras e melhoramentos no concelho. A Direção-Geral dos Serviços de Urbanização aprovou o projeto em março de 1974.

Embora as entidades responsáveis pela aprovação do projeto viessem a concordar com a localização proposta, que não se coadunava com o prescrito pelo Plano Sub-regional Barreiro-Moita (1969), a população, no rescaldo da mudança de regime político, em 1976, exigiu que se estudasse uma outra localização. Assim, o novo mercado veio a ser implantado mais a oeste no aglomerado urbano, junto do depósito de água, prevendo-se um parque infantil nas proximidades, que não chegou a ser executado.

Após anulação do primeiro concurso para adjudicação da empreitada, a construção foi acometida à empresa a UNIURBA - União Cooperativa de Construção Civil e Especialidades Afins, SCARL, em 1977, tendo os trabalhos sido iniciados em junho desse ano. A obra foi comparticipada com verbas do Orçamento Geral do Estado, através do Gabinete de Gestão do Fundo de Desemprego. A construção dos acessos ficou a cargo da câmara municipal. A obra estava concluída em 1980, altura em que o mercado iniciou o funcionamento; a obra foi definitivamente recebida no ano seguinte. Nessa altura, há informação de que o mercado tinha, para além dos vendedores permanentes, espaços para vendedores ambulantes e vendedores do campo.

O mercado sofreu obras de reabilitação no âmbito do Programa Municipal de Reabilitação Urbana – PMRU Moita 2025, concluídas em 2018, que o reconverteram como Espaço FAVO – Fábrica de Artes e Ofícios da Moita. O mercado encontrava-se, então, desativado. O objetivo das obras foi acolher o movimento associativo e acolher residências artísticas e eventos de artes e ofícios.

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