O concelho de Salvaterra de Magos localiza-se no distrito de Santarém, sendo pautado por numa paisagem de planície e baixa altitude e pela proximidade ao Tejo, situando-se na margem esquerda do rio. Abarca zonas de lezíria e charneca. O concelho faz fronteira com Cartaxo e Azambuja a noroeste, com Benavente a sudoeste, com Coruche a este e sul e com Almeirim a nordeste. É composto por quatro freguesias: União de Freguesias de Salvaterra de Magos e Foros de Salvaterra, União de Freguesias de Glória do Ribatejo e Granho, Marinhais e Muge. O município ocupa uma área de c. 244 km2.

Verificou-se um crescimento populacional gradual durante o século XX: em 1940, o concelho tinha 13.562 habitantes, e em 1980 aumentara para 18.979 habitantes (dados do INE). Os dados de 2023 mostram que residiam então no concelho 23.337 habitantes, denotando-se uma tendência de envelhecimento demográfico. Segundo um diagnóstico publicado pela Câmara Municipal de Salvaterra de Magos em 2024, verificaram-se perdas populacionais em todas as freguesias entre 2001 e 2021. Assinalem-se também as assimetrias no que respeita à densidade populacional, com maior concentração nas freguesias de Marinhais e União de Freguesias de Salvaterra de Magos e Foros de Salvaterra.

Os solos férteis da região contribuíram para que a base económica se tenha mantido ligada à agricultura, particularmente à cultura do arroz, mas também à vitivinicultura e a cerealicultura. No entanto, nas últimas décadas, o setor terciário ganhou predominância, a par das atividades do setor secundário (indústria transformadora, construção civil).

A primeira metade do século XX em Salvaterra de Magos foi definida por elevada pobreza, agravada pelas catástrofes naturais que assolaram a região, como o terramoto de 1909, o ciclone de 1941 e as constantes cheias. As precárias condições de habitação levaram ao impulso de construção dos Bairros de S. Paulo e de S. José, iniciativa do padre José Diogo, que também esteve na origem do Centro Paroquial de Bem Estar Social de Salvaterra de Magos. Na proximidade dos bairros, foi construído no final da década de 1970 um bairro de casas pré-fabricadas para responder à falta de habitação. Já nos anos 80, destaca-se o apoio social através da construção do Lar e Centro de Dia da Santa Casa da Misericórdia. As casas do povo de Salvaterra de Magos e de Muge contribuíram para o apoio aos trabalhadores, com gabinetes médicos, e tiveram um papel relevante na promoção cultural e desportiva. A descentralização dos serviços de saúde notou-se com a construção de centros de saúde como os de Granho e de Glória do Ribatejo.