Piscina Municipal, Covilhã
Processo composto de dois volumes.
O primeiro volume reúne o projeto da Piscina Municipal, Memória Descritiva e Justificativa do projeto de arquitetura e de Instalação de Águas, além do Processo n.º 8406 da Direção dos Serviços de Espetáculos do Secretariado Nacional da Informação.
O segundo volume compõe-se de um Orçamento do adjudicatário da empreitada de construção referente aos trabalhos extraordinários a realizar na Piscina do "Bairro dos Penedos Altos ", acompanhada de algumas das folhas do projeto de execução (Plantas gerais e pormenores do bar e da entrada).
Identification
Analysis
1965.12 - O arquiteto António Gomez Egea apresentou a Memória Descritiva e justificativa do projeto da Piscina Municipal da Covilhã para "superior apreciação". Nele, lê-se que a "localização (do terreno), limitada a Norte por uma encosta de acentuado declive, a Nascente pela faixa de terreno onde se encontra o Rink de Patinagem e um pequeno Pavilhão, a Poente por outra faixa de terreno onde situámos a praceta de acesso ao conjunto da Piscina e a Sul por um muro de suporte já existente, obrigou-nos ao aproveitamento da parcela de terreno disponível, que de certo modo nos impediu a constituição de um conjunto que de futuro nos permitisse a criação de novas zonas de expansão." Sobre o Programa e Aspecto Funcional, o arquiteto esclarece que "Para a elaboração do projeto em referência foi-nos fornecido um anteprojeto que fora elaborado pelos Serviços Técnicos da Câmara Municipal" ainda que tenham verificado durante a execução do trabalho que "o programa que havia servido de base à execução do referido anteprojeto, era insuficiente para atingir a finalidade pretendida."
O partido é justificado pelo arquiteto como sendo uma consequência dos condicionamentos do terreno: "As diversas instalações que se destinam aos banhistas estão contidas num edifício cuja forma foi consequência de um melhor aproveitamento de espaço do que se podia dispor. O corpo do edifício ao nível da praceta, de menores dimensões, constitui a zona de acesso principal, contendo o hall de entrada de proporções adequadas para desempenhar convenientemente a sua função e as dependências destinadas a bilheterias, entrega de cabides e um gabinete para a fiscalização. O piso imediatamente inferior destina-se aos banhistas de ambos os sexos e ainda às crianças e suas famílias que as pretendam acompanhar, contendo ainda um bar com cozinha anexa e o gabinete do médico ou posto de socorros." O aquecimento das águas estava previsto "numa segunda fase". A natureza principalmente recreativa do empreendimento fica clara na observação que fez o arquiteto, relacionada à difícil separação do público: "Na impossibilidade de estabelecer duas zonas distintas no recinto das cuvas, como seria o ideal, uma destinada aos que pretendem banhar-se e outra para os que apenas desejam usufruir banhos de sol, optou-se pela solução de colocar, junto a cada uma das saídas dos vestiários, os indispensáveis cuvas lava-pés. A colocação de um murete com grade estabelecendo a separação daquelas duas zonas, estrangularia demasiadamente a área do recinto das cuvas cujo desafogo já não será o ideal." Sobre a relação entre os banhistas e o público em geral, o arquiteto acrescenta ainda que "Na impossibilidade de criar qualquer espaço ou bancadas destinadas ao público ou espectadores, resolvemos facilitar o acesso ao terraço de cobertura do corpo do edifício dos balneários a fim de permitir que os familiares dos banhistas ou público possam acompanhar os que se encontram nas piscinas."
1967.02.08 - José Augusto Bom Jesus, adjudicatário da empreitada de construção da Piscina Municipal da Covilhã, apresentou orçamento para os trabalhos extraordinários a fazer, totalizando 205.720$00.
Juntamente com o orçamento acima referido, encontramos um conjunto de peças desenhadas não datadas e não assinadas (plantas gerais e de redes de distribuição de águas, pormenores da Entrada, Bar e Cozinha).
1969.01.30 - O Conselho Técnico da Direção dos Serviços de Espetáculos do Secretariado Nacional da Informação aprovou o projeto da Piscina municipal da Covilhã durante sessão realizada nesta mesma data, em processo registado sob o n.º 8.406, na qual poderiam ser realizadas provas de natação.
To quote this work:
Arquitectura Aqui (2024) Piscina Municipal, Covilhã. Accessed on 21/11/2024, in https://arquitecturaaqui.eu/en/documentation/files/11472/piscina-municipal-covilha