1941.11.07 - A Comissão da Secção de Melhoramentos Urbanos  emitiu informação acerca do projeto de "obras de conservação e melhoramentos, bem como da reconstrução de duas galerias que se encontram em péssimas condições de conservação", a realizar no Hospital da Santa Casa da Misericórdia da Covilhã. De acordo com os membros da Comissão "A organização e a concepção deste projeto parecem-nos em condições aceitáveis", ainda que "na elaboração do mapa de medições e do orçamento notem-se vários lapsos e omissões". O orçamento e a memória anexas, assinados pelo arquiteto Bernardino Luiz Coelho, detalham os trabalhos a executar, que passam pela "demolição e reconstrução da galeria"  e a "construção completa do edifício destinado a instalação de Raio X e Sala de Operações".

1942.03.17 - O Conselho Superior de Obras Públicas emitiu parecer sobre o projeto das "obras de conservação e reparação a realizar no edifício do Hospital da Covilhã", apoiado em pareceres da Comissão Revisora e do Conselho Superior de Higiene, além do "expediente relativo ao pedido de comparticipação pelo Fundo do Desemprego", no qual se lê que "O edifício onde se encontra instalado o Hospital da SCMC necessita de obras de conservação e reparação indispensáveis para o funcionamento do hospital, obras projetadas nos pavilhões dos serviços administrativos e alimentares, salas de raio X e de operações, enfermarias, maternidade e galerias de ligação dos diversos corpos do edifício." De acordo com a Justificação do projeto, já em 1938, a SCMC informava "que as galerias estão em ruínas por terem sido construídas de taipa, não aguentando outro inverno" e que os "tetos das enfermarias necessitam uma grande reparação e os soalhos tem de ser renovados, pois encontram-se todos podres com grave perigo para os doentes." As obras projetadas estavam orçadas em 494.630$00. De acordo com o relator, que visitou o edifício "para melhor apreciar o projeto (...) O mau estado de conservação em que se encontra o edifício, é devido especialmente a deficiências da sua construção, por não terem sido adotadas as prescrições técnicas aconselhadas, tendo em atenção quer a sua finalidade - hospital -, quer a sua situação e o clima da região."