Search for

Object

Agents

Activities

Documentation

Hospital Infantil de São João de Deus

If you have any recollection or information related to this record, please send us your contribution.

Identification

Type of File
Title of File
Hospital Infantil de São João de Deus
Start-End Years
1956-2001
Initial Reference
D1/913
Other References
PT FCG FCG:SPS-P0086

Analysis

First Date Recorded in File
1956.12.18
Last Date Recorded in File
1999.09.14
Reading Note

Em abril de 1957 a Fundação Calouste Gulbenkian procede a um inquérito direto para avaliar as necessidades do Hospital Infantil de São João de Deus em Montemor-o-Novo de modo a “conceder-lhe, para o efeito, o subsídio que for julgado indispensável, até ao limite de Esc. 2.000.000$00”. A Fundação já tinha, em dezembro de 1956, concedido aquela instituição um subsídio de Natal de Esc.10.000$00. Em outubro de 1957 realizou-se uma reunião com a direção do Hospital, em que o Presidente da FCG acentuou que haveria conveniência em construir-se um novo edifício destinado a hospital, separado da Congregação. Sugeriu ainda que a primeira fase de trabalhos não deveria exceder 1.500 contos e informou que o subsídio não deveria exceder 2.000 contos. Em dezembro de 1957 a Fundação Calouste Gulbenkian adianta a quantia de Esc.200.000$00 "por conta do subsídio concedido a essa instituição".

A 8 de março de 1958 decorreu o lançamento da primeira pedra para as obras de ampliação, sendo o momento seguido de um "Almoço de Homenagem à Fundação Gulbenkian". Em junho de 1958 a Fundação Calouste Gulbenkian recebe o ante-projecto de ampliação do Hospital que é reencaminhado para apreciação do Serviço de Projectos e Obras. Segundo o resumo de novembro de 1960, "em julho de 1957, a direção do Hospital [tinha já apresentado] uma exposição pormenorizada das necessidades mais instantes”, acompanhada de um esquema orgânico das várias instalações a prever. O custo da sua execução foi estimado em Esc.4.550.000$00. Em dezembro de 1960 o Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian aprova a proposta de aumento do subsídio para 6.500.000$00, “incluindo nessa quantia a verba já gasta do primeiro subsídio de 2.000 contos”.

Em dezembro de 1961 numa acta da Comissão Delegada referem que, “entretanto, o projeto inicial de remodelação das instalações do Hospital existente e em funcionamento na vila de Montemor-o-Novo sofria uma evolução, desdobrando-se em dois projetos, um para a construção de uma nova unidade hospitalar, a erigir de raiz, de preferência perto de Lisboa, e outro de simples remodelação do Hospital já existente naquela vila”. Na acta n.º 248 é ainda referido “tudo ponderado, aconselhei os dirigentes da Congregação e do hospital que hoje me visitaram a que alterassem radicalmente o seu projeto e que elaborassem outro, obedecendo às seguintes bases: Aproveitamento, em tanto quanto possível, das instalações atualmente existentes em Montemor-o-Novo; Modernização das mesas, em ordem a o hospital poder receber e tratar, em regime de internamento, pelo menos, sessenta doentes; Prestar especial atenção ao bloco cirúrgico e às oficinas anexas ao hospital em que se faz a recuperação profissional dos doentes, após a conclusão do seu tratamento médico-cirúrgico. Nas obras de alargamento e remodelação do hospital, não deverão ser despendidos mais de 3.500 contos e, no equipamento, deverão gastar-se de 1.000 a 1.500 contos”. A congregação decidiu, no entanto, manter a ideia de construir um novo edifício em Montemor-o-Novo, remodelando, ainda assim, o edifício existente.

Em novembro de 1962 a empreitada foi adjudicada ao construtor Júlio Cismeiro pela importância de Esc.5.133.959$40, “a qual deverá ser executada no prazo de 14 meses”. Em dezembro de 1963 após o falecimento do empreiteiro Júlio Cismeiro o Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian deu o seu acordo à abertura do concurso para adjudicação da empreitada. Em fevereiro de 1964 a Fundação Calouste Gulbenkian adjudicou à firma “Ferreira & Cunha, Ltda.”, pela importância de Esc.4.887.318$00 a empreitada de conclusão dos trabalhos de ampliação e alteração daquele hospital. Em fevereiro de 1966 a acta n.º 693 define que “o subsídio ficará definitivamente fixado na quantia de Esc.8.565.815$90. Em junho de 1966 com o objetivo de construir novas oficinas ortopédicas e de um serviço de hidroterapia o Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian decide autorizar a concessão de um novo subsídio no valor de Esc.1.742.675$00. A 14 de junho de 1966 foram inauguradas as instalações referentes à ampliação e remodelação, tendo sido anunciado o novo subsídio para a construção das oficinas ortopédicas e do serviço de hidroterapia.

Observations

Segundo o resumo de novembro de 1960 "o projecto (...) corresponde a um novo corpo de edifício, dispondo de 50 camas para internamento e restantes instalações de consulta, de cirurgia, de terapêutica, de recuperação e de oficinas". No apontamento n.º 646/PO/62 de maio de 1962 é referido que: "prevê-se o aproveitamento do corpo existente - Pavilhão A - para a instalação dos serviços complementares e sociais na cave, dos serviços de consulta e de lazareto no rés-do-chão e dos alojamento dos Religiosos no 1.º andar, de modo a sistematizar com clareza a sua ocupação funcional. No novo corpo a construir - Pavilhão B - manter-se-á o programa inicial, transferindo a localização das oficinas para o Pavilhão E - que já existe e seria utilizado para o efeito - e acrescentando no rés-do-chão a instalação da enfermaria destinada aos doentes do sexo feminino. Muito embora no projecto inicial não se verificasse inconveniente de maior na localização das oficinas ortopédicas no rés-do-chão, debaixo da enfermaria, é evidente que é preferível a sua transferência para local fora do serviço hospitalar. Por sugestão do autor do projecto a oficina seria localizada em novo corpo a construir ocupando o rés-do-chão do bloco operatório. Esta solução não parece aceitável (...) razão pela qual se propõe a sua localização no Pavilhão E". Nesse apontamento é ainda feita uma referência à estimativa do "valor global dos trabalhos" em 6.183.530$00 escudos.

A informação nesta entrada foi redigida por Rita Fernandes em 2022.

To quote this work:

Arquitectura Aqui (2024) Hospital Infantil de São João de Deus. Accessed on 22/11/2024, in https://arquitecturaaqui.eu/en/documentation/files/18608/hospital-infantil-de-sao-joao-de-deus

This work has received funding from the European Research Council (ERC) under the European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement No. 949686 - ReARQ.IB) and from Portuguese national funds through FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., in the cadre of the research project ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).