Pavilhão Gimnodesportivo em Castelo de Vide
Processo de pedido e concessão de financiamento da construção.
2 volumes: um volume de processo administrativo, em capa não original com títulos manuscritos que indicam indexação recente (CCDR Alentejo), com correspondência razoavelmente completa; e um volume do projeto de execução, com projeto de arquitetura (memória descritiva, orçamento e peças desenhadas), projeto de estruturas (peças escritas e desenhadas), projeto de estabilidade (peças escritas e desenhadas) e projeto de instalações elétricas (peças escritas e desenhadas).
Identification
Analysis
1973.08 – Data da Memória Descritiva do projeto do Pavilhão Gimnodesportivo de Castelo de Vide. Esta refere que “dadas as características da construção, todo o seu programa se desenvolveu num piso único”, compreendendo recintos para jogos e público, e instalações sanitárias para ambos os sexos e árbitros. Na zona de jogos adota-se um pé-direito de 7 metros. Os alçados tiveram em vista a economia construtiva geral e de forma a traduzirem “uma desejada harmonia, movimentando os planos dos paramentos dentro do possível, para criar um jogo de claro-escuro valorizador de todo o conjunto”. A entrada tem um volume volumetricamente diferenciado. O sistema construtivo prevê uma estrutura de betão armado e a cobertura uma de asnas metálicas. O pavimento será em massame de betão e a zona dos jogos com tacos de madeira. Por fim, refere que as instalações sanitárias terão pavimento em mosaico hidráulico e um revestimento de paredes impermeável e lavável.
Acompanha um resumo de orçamento, datado de 1973.07.30, no valor de 2.173.000$00, as peças desenhadas do projeto (planta de localização, planta, alçados e cortes), bem como os posteriores projetos de instalações elétricas, estruturas e estabilidade.
1973.10.11 – Informação n.º 222/73 da Direção de Urbanização de Portalegre (DUPg) relativa à construção de um pavilhão gimnodesportivo em Castelo de Vide, “destinado à prática de ginástica e desporto”, por não existir edifício com semelhante finalidade. Refere-se que, caso a obra seja comparticipada, a entidade dispõe de recursos suficientes. Orçamento é estimado em 2.173.000$00 e propõe-se uma comparticipação no valor de 325.950$00. Reconhece-se a vantagem da prática desportiva, sobretudo na população jovem, o que justifica o interesse da obra. Informada favoravelmente, a informação é aprovada por despacho ministerial a 1973.11.28.
Na mesma data é comunicada a abertura do processo definitivo com o título “Pavilhão Gimnodesportivo em Castelo de Vide” e o nº 550/EU/73.
1973.10.23 – Ofício da Câmara Municipal de Castelo de Vide (CMCV) dirigido ao Ministério das Obras Públicas e Comunicações (MOPC) a solicitar a comparticipação do Estado para a obra, bem como a aprovação do projeto.
1974.07.22 – Informação n.º 149/74 da DUPg relativo ao parecer da comissão de revisão. É referida a apresentação do projeto e o pedido de antecipação da comparticipação “para aquisição do terreno”, tendo essa sido concedida através do processo n.º 6/MU/73 relativo à construção da piscina municipal. Refere as componentes que integram o projeto (peças escritas e desenhadas) e justifica a execução da obra “por constituir um elemento de fomento desportivo, especialmente entre a população jovem de Castelo de Vide, motivo aliás porque se escolheu a sua localização nas proximidades da Escola Preparatória e duma Escola do Ensino Primário”. Acrescenta que o pavilhão será construído num terreno anexo ao da piscina municipal e que o seu programa prevê “recintos para jogo e para o público e instalações sanitárias para ambos os sexos e árbitros”. No que toca à localização, enquadramento estético e funcionalidade do edifício, nada têm a objetar e referem merecer aprovação; relativamente à solução construtiva (estrutura de betão armado, com paredes de tijolo; cobertura em chapa de fibrocimento e placas de betão pré-esforçado; pavimento em tacos de pinho, mosaico hidráulico e betonilha) consideram-na de rápida execução, económica e, por isso, de aprovar; quanto à solução económica e orçamento é apresentado um valor total de 2.400.000$00, a que corresponde uma comparticipação de 1.200.000$00, dos quais 1.087.000$00 estão já aprovados. Por fim, refere-se a necessidade de completar o projeto para a abertura do concurso de adjudicação da empreitada. Informada favoravelmente, é autorizada por despacho a 1974.12.03, com a nota de que este equipamento deveria correr por outros ministérios de forma a fazer a listagem das verbas comprometidas.
1974.08.09 – Uma informação manuscrita dava conta de que, antes de submeter o projeto a aprovação superior, seria necessário o parecer do Fundo de Fomento do Desporto (FFD).
1974.10.18 – Ofício da Direção-Geral da Educação Física e Desportos (DGEFD), dirigido à Direção-Geral dos Serviços de Urbanização (DGSU), dá conta do seu parecer relativamente ao projeto, deixando a nota de que se recomenda “para a porta de entrada do posto médico, a dimensão necessária que permita a entrada de uma maca”.
1974.10.29 – Informação manuscrita refere que, atendendo ao parecer da DGEFD, o projeto pode ser submetido a aprovação superior.
1974.11.18 – Proposta de comparticipação n.º 211/74 da DGSU, no valor de 105.000$00, relativa ao custo dos honorários do projeto. Aprovada.
1974.12.07 – Portaria n.º 946 do Ministério do Equipamento Social e Urbanismo (MESA) concede à CMCV uma comparticipação de 105.000$00 para a execução dos trabalhos do pavilhão gimnodesportivo, orçados em 210.000$00. Fixa o prazo da obra até 1974.12.31.
1975.01.03 – Auto de medição de trabalhos n.º 1 (valor dos trabalhos executados 210.000$00, a comparticipar em 105.000$00); 1977.11.05 – Auto de medição de trabalhos n.º 2 (valor dos trabalhos executados 2.631.578$99, a comparticipar em 2.500.000$00).
1975.01.20 – Informação n.º 19/75, da Direção dos Serviços de Equipamento (DSE), relativa ao despacho do Secretário de Estado, de 1974.12.03, sobre o Plano de 1975.
1975.03.26 – CMCV remete ao MESA o projeto da instalação elétrica, para aprovação.
1975.04.09 – Informação n.º 89/75, da Divisão de Equipamento Urbano (DEU), relativa à apreciação do projeto da instalação elétrica. Considera-se de aprovar e propõe-se uma comparticipação de 130.000$00 de um orçamento total de 260.000$00. Informada favoravelmente, é autorizada por despacho a 1975.04.17.
1977.04.05 – Informação n.º 35/77, da DUPg, relativo à atualização do orçamento, previamente à abertura do concurso de adjudicação da empreitada. A obra é assim orçada em 4.800.000$00, para a qual é proposta uma comparticipação no valor de 4.560.000$00, dos quais, 105.000$00 foram já concedidos. O orçamento atualizado e detalhado é anexo à presente informação. Informada favoravelmente, é aprovada por despacho em 1977.05.16.
1977.05.31 – Proposta de comparticipação n.º 105/77 no valor de 4.445.000$00. Informada favoravelmente, é autorizada por despacho em 1977.09.09. O prazo é fixado até 1979.12.31.
1977.11.24 – Informação n.º 306/77 da DUPg relativa à apreciação das propostas a concurso. Refere-se que os primeiros dois concursos, com base de licitação, ficaram desertos, sendo que neste terceiro, sem base de licitação, apenas o empreiteiro Júlio Henriques Jorge apresentou uma proposta, no valor de 6.324.273$80. Atendendo à dificuldade de encontrar empreiteiros interessados e à urgência de executar a obra, propõe-se a adjudicação da empreitada ao único interessado, anotando-se a comparticipação adicional de 1.185.000$00 no Plano de 1979, que totaliza uma comparticipação no valor de 6.365.000$00. Informada favoravelmente, é homologada à 1977.12.14.
1978.06.28 – Início dos trabalhos.
To quote this work:
Arquitectura Aqui (2024) Pavilhão Gimnodesportivo em Castelo de Vide. Accessed on 22/11/2024, in https://arquitecturaaqui.eu/en/documentation/files/19059/pavilhao-gimnodesportivo-em-castelo-de-vide