O processo de construção do Campo de Jogos da Covilhã, mais tarde rebatizado de Estádio Municipal Santos Pinto, teve início em 1933, com a concessão de uma comparticipação do Estado, pelo Fundo de Desemprego, para a terraplenagem do terreno, de perfil bastante íngreme, destinado a acolher o campo. Em 1935, ao solicitar o reforço da comparticipação para a obra, o Presidente da Câmara Municipal da Covilhã (CMC) justificou a necessidade desta: "Dar à mocidade de todas as classes sociais, e em especial da operária, as condições de fazerem a sua cultura física e revigoramento das suas forças consumidas em dias sucessivos de permanência em oficinas anti-higiénicas e insalubres, proporcionando-lhe passatempos sadios, em que se acostumem a entreter as suas horas e dias livres – o que as desviará de perigosas ociosidades ou de buscarem, no ambiente revolucionário das suas reuniões nas tabernas, ou pelos sítios clandestinos, uma ocupação para o seu espírito que assim os conserve afastados dos princípios políticos que com tanta fé defendemos." (Carta do Presidente da CMC ao Ministro das Obras Públicas e Comunicações, 1935.07.11)

O início efetivo da obra só teve lugar no princípio dos 1940, de acordo com um projeto modificado, cuja autoria não foi possível identificar. No final desta década, em 1949.09.05, o Engenheiro Delfim dos Anjos Lopes da Repartição Técnica da CMC apresentou um projeto para arranjos e obras complementares, que incluíam a execução de bancadas e sua cobertura parcial. As obras justificavam-se pelo "grande desenvolvimento que o desporto local atingiu, com a entrada de um dos Clubs da Covilhã na 1ª Divisão do Campeonato Nacional de Futebol" (Carta do Presidente da CMC para o Engenheiro Diretor-Geral dos Serviços de Urbanização, 1950.06.27). Inicialmente previsto para 8.000 expectadores, o estádio foi inaugurado em novembro de 1950, com capacidade para 3.000.