1956.11 - Memória descritiva referente à construção da sede do Sindicato Nacional dos Técnicos e Operários Metalúrgicos do Distrito de Santarém (SNTOMDS). A memória descreve o projeto de um edifício térreo, onde se organizam serviços de secretaria (incluindo hall de entrada, secretaria, gabinete da direção com antecâmara, arquivo e instalações sanitárias para o pessoal) e serviços do público (constituídos por biblioteca, sala de jogos, balneário com instalações sanitárias). Os dois serviços são independentes, “ligados apenas pelo amplo vestíbulo de entrada, que serve também para sala de público e de espera”. Refere-se a possibilidade de ampliação futura, que se sugere que seja feita a sul, através do prolongamento da sala de jogos. Descreve-se ainda que o logradouro lateral, de 5 metros, e o frontal, de 6 metros, resultam da indicação da Direção-Geral dos Serviços de Urbanização (DGSU).

Em termos de construção, indica-se que as fundações serão em “alvenaria de pedra rija, ligada com argamassa de cal hidráulica e areia”, que as paredes exteriores serão em alvenaria de granito da região, com lintel de betão armado, que as paredes interiores serão em tijolo maciço, “levando um lintel de betão ligeiramente armado à altura das vergas das portas”, que os pavimentos serão revestidos a tacos ou mosaico.

1956.11.11 - Termo de responsabilidade pela construção do edifício, pelo arquiteto João Luzane Pereira Leite.

1956.12.11 - Pedido de licença camarária para a construção da Sede do (SNTOMDS), em Tramagal, junto à estrada nacional 118. O pedido é dirigido ao presidente da Câmara Municipal de Abrantes (CMA) e assinado pelo presidente da direção do SNTOMDS, José Pedro de Jesus. Refere-se que o prazo a considerar para a licença deve ser de 6 meses.

1956.12.17 - O SNTOMDS solicita à CNA isenção da taxa de licença para a construção da sua Sede. No ofício, informa-se que a direção do Sindicato “vai dar início, sob Administração directa, à construção da sede deste organismo, nesta localidade, com a comparticipação do Estado, pelo Fundo do Desemprego”. Refere-se também que, por se tratar “de uma obra respeitante a um Organismo Corporativo que dispõe de Fundo muito limitado” foi concedida autorização para Administração direta.