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Construção do Centro de Assistência Social de Areosa

Processo em pasta original da Direção-Geral dos Serviços de Urbanização, em cuja capa se registou o número do processo 26/MU/64, a localização na freguesia de Areosa, no concelho e distrito de Viana do Castelo e a designação da obra “Construção do Centro de Assistência Social de Areosa”.

Contém correspondência administrativa relativa ao pedido de comparticipação dos trabalhos de carpintaria do Centro de Assistência Social de Areosa, assim como algumas peças escritas e desenhadas do projeto.

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Identification

Type of File
Title of File
Construção do Centro de Assistência Social de Areosa
Start-End Years
1963-1974
Location Mentioned
Viana do CasteloFormer Distrito (PT)
Initial Reference
Processo n.º 26/MU/64
Other References
Processo provisório n.º 16/159

Analysis

First Date Recorded in File
1963.09.05
Last Date Recorded in File
1974.06.06
Requester / Benefiter
Intervention / Assessment
João José Lourenço de Azevedo Engenheiro Chefe DGSU/RMU 1963Person
Alfredo Fernandes Diretor DGSU/DSMU 1963Person
José Manuel Oliveira Valença Engenheiro Diretor DGSU/DUDVC 1963Person
José do Lago Arrais Torres de Magalhães Engenheiro Civil DGSU/DUDVC 1964Person
Reading Note

1963.09.05 - Pedido de subsídio para a construção de um edifício em Areosa, pelo Prior de Areosa, Padre Manuel Correia Quintas, ao Ministro das Obras Públicas, tendo-se já elaborado o projeto e obtido licença camarária para iniciar as obras, que decorrem há 6 meses. Refere-se que isto foi possível “pois os habitantes da localidade, na sua maioria operários, estão a contribuir na medida das suas possibilidades para esta realização”.

Descreve-se o edifício projetado, que inclui, no rés-do-chão, “uma cozinha para dar sopa (…) às crianças pobres da freguesia; uma sala espaçosa [que] será a Sede da Sociedade Columbófila Areosense (…); diversas salas mais pequenas [onde] será ministrada uma hora semanal de catequese ao domingo (…); outras dependências [que] servirão para despensa, sala geral de reuniões, consultório médico e posto de primeiros socorros”. No primeiro andar, existirá “uma sala para a instalação da Biblioteca Fixa n.º 36 da Fundação Gulbenkian, provisoriamente instalada numa exígua sala da residência paroquial, e de um salão espaçoso que servirá para cinema, teatro e sala de sessões”. Indica-se ainda a vontade de realizar “cursos de instrução popular e conferências aos operários, aos metalúrgicos, aos lavradores”, ou também “cursos de costura, de culinária, de bordados”, e de instalar um posto de socorros onde se desses injeções, “pois infelizmente, nem isso há na localidade”.

Refere-se que, para terminar as obras, é necessário guarnecer o edifício de portas e janelas, ficando os acabamentos interiores e exteriores “a cargo de profissionais desta freguesia, que realizarão o trabalho nas horas vagas”.

1963.09.17 - Abertura do processo n.º PV 16/159, com a designação “Construção do Centro de Assistência Social da Areosa”, conforme ofício do engenheiro chefe da Repartição de Melhoramentos Urbanos (DGSU/RMU), João José Lourenço d’Azevedo.

1963.10.01 - Informação da Direção dos Serviços de Melhoramentos Urbanos da Direção-Geral dos Serviços de Urbanização (DGSU/DSMU), onde se refere um orçamento de 80.000$00, correspondente a 32.000$00 de comparticipação (40%), considerando-se a mesma necessária. A informação indica que a freguesia tem 4.500 habitantes.

1963.10.09 - O diretor da DSMU, Alfredo Fernandes, solicita ao reverendo pároco da freguesia de Areosa que remeta o estudo e estimativa para se poder anotar a obra para inclusão em futuro Plano de Melhoramentos Urbanos.

1963.10.31 - A DSMU solicita ao reverendo pároco de Areosa que envie um orçamentos dos trabalhos, dividido em fases de acordo com ordem de prioridade.

1963.11.25 - Comunicação do presidente da Corporação Fabriqueira da Freguesia de Areosa à Direção de Urbanização do Distrito de Viana do Castelo (DGSU/DUDVC), com a qual se remete um orçamento de 82.917$20, se explica não poder dividir a obra em fases, “por se tratar de portas exteriores e interiores e janelas para fechar o edifício” e se solicita que o subsídio seja concedido “antes do rigoroso inverno que se aproxima e ao qual esta obra está sujeita, por se tratar de uma zona muito ventosa”.

1963.12.03 - O engenheiro diretor da DUDVC, José Manuel Oliveira Valença, indica à DGSU/DSMU acreditar que “será conveniente realizar aqueles trabalhos de carpintaria numa só fase, porquanto a sua execução permitiria a utilização imediata das instalações”.

1963.12.12 - Resposta da RMU, indicando que o apresentado não corresponde ao solicitado.

1964.02.05 - O presidente da Corporação Fabriqueira remete o projeto do edifício à DUDVC.

A memória descritiva do projeto, com assinatura ilegível, começa por justificar a necessidade da obra. Explica-se que “a catequese está a ser ensinada na Igreja e nos baixos da residência Paroquial”, não sendo possível o seu bom funcionamento, dado o reduzido espaço para as mais de 600 crianças que a frequentam. Refere-se que os alçados têm linhas simples e modernas e que a organização funcional obedeceu a um programa prévio. Indica-se que as paredes exteriores assentarão em fundações de alvenaria hidráulica de granito, as paredes exteriores serão em alvenaria de granito e as interiores em tijolo vasado. As portas interiores serão pré-fabricadas, as exteriores em madeira de mucibe.

O orçamento dos trabalhos em falta é de 326.519$00.

1964.02.26 - Abertura do processo definitivo 26/MU/64.

1964.03.02 - A DUDVC solicita à Corporação Fabriqueira que apresente o complemento do projeto da obra.

1964.06.23 - A Corporação Fabriqueira remete o complemento do projeto, composto dos cálculos de betão armado.

1964.06.30 - Apreciação favorável do projeto, pelo engenheiro civil José do Lago Arrais Torres de Magalhães, da DUDVC. Começa por se indicar que as obras de pedreiro e cobertura já se encontram concluídas desde 1963.08, estando os trabalhos paralisados desde então por falta de recursos financeiros. Considera-se o edifício bem localizado, próximo da Igreja e da residência paroquial. Sobre o aspeto funcional, julga-se que a área destinada a assistência médica e tratamentos é exagerada e nota-se a falta de uma dependência destinada a refeições. Sobre o aspeto construtivo, menciona-se que a estrutura resistente do edifício já se encontra executada e que se consideram os cálculos de betão armado merecedores de aprovação. Considera-se o orçamento adequado, propondo-se a divisão dos trabalhos em fase, sendo a 1ª “constituída pelo tapamento dos vãos de portas e janelas, canalizações e instalações sanitárias, orçamentadas em Esc 120 000$00”.

1964.07.28 - A DUDVC informa a Corporação Fabriqueira de que a 1ª fase dos trabalhos ficou anotada para inclusão em Plano.

1965.03.25 - A Corporação Fabriqueira questiona a DUDVC sobre a data estimada para a comparticipação da obra.

1965.04.02 - A DUDVC explica que a obra “aguarda oportunidade de ser incluída em futuro Plano de Melhoramentos Urbanos, de acordo com a ordem de prioridade estabelecida pela Diocese”.

1965.08.02 - A DSMU informa a Corporação Fabriqueira que “dada a posição da lista de prioridade da Diocese (46º lugar) não parece que a respectiva comparticipação possa ser inscrita em Plano de Melhoramentos Urbanos com a brevidade desejada”.

A mesma informação volta a ser dada em 1966.03.11.

1974.06.06 - O processo é arquivado.

To quote this work:

Arquitectura Aqui (2024) Construção do Centro de Assistência Social de Areosa. Accessed on 19/09/2024, in https://arquitecturaaqui.eu/en/documentation/files/37514/construcao-do-centro-de-assistencia-social-de-areosa

This work has received funding from the European Research Council (ERC) under the European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement No. 949686 - ReARQ.IB) and from Portuguese national funds through FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., in the cadre of the research project ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).