1945.10.30: Relatório de inspeção à Casa do Povo de Alcains, realizada entre 25 e 26 de setembro de 1945, assinado pelo Subinspetor José Augusto dos Santos Silva. A Casa do Povo abrange a área da freguesia com c. 5.000 habitantes. Encontra-se inativa há um ano, após nove aos de existência, devido à dispersão da direção e a ausência de um médico para prestar assistência. A sede não reunia condições para manutenção dos serviços, “estando muito longe de poder constituir o lar dos trabalhadores rurais” (p. 11). “A casa tem o aspecto de armazém. No rez do chão está uma estrebaria. No sótão está a Casa do Povo com uma grande sala desconfortável, um gabinete interior, servindo de secretaria e uma divisão onde funciona o posto médico, acanhadíssima, suja, separada do corredor, onde os doentes aguardam a consulta, por uma divisória de lona” (p. 2). O organismo vendeu um terreno que tinha adquirido para construir a sua sede.

1955.11.22: Relatório de inspeção à Casa do Povo de Alcains, realizada entre 29 e 31 de outubro e 11 e 11 de novembro de 1954, assinado pelo Subinspetor António dos Santos. A anterior inspeção, realizada em 1945, causara impressão desfavorável relativamente à sede e aos serviços administrativos. Nessa altura, estava numa outra sede que também não satisfazia as necessidades: “o problema da sede melhorou, visto que o organismo se encontra instalado num prédio alugado, ocupando o rés-do-chão e 1.º andar, e pelo qual paga a renda mensal de 175$00. No rés-do-chão encontram-se instalados os serviços de secretaria, e no 1.º andar o consultório médico, sala de espera, sala de reuniões, bastante pequenas, e uma sala presentemente destinada a gabinete dentário” (p. 1). Houve promessas da Câmara Municipal de Castelo Branco para doação de um terreno para construção de sede própria, que não se concretizou, embora tivesse autorização ministerial e os dirigentes tivessem obtido ofertas de material, dinheiro e mão de obra.