Desde 5 de Agosto de 1960, data do primeiro ofício que integra o processo de construção da "Escola n.º2" conservado no Arquivo da Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos, faz-se referência a um "projeto especial" para a construção de um edifício de 4 salas e cantina para 8 salas, projetada para atender também a escola masculina construída nas proximidades no final dos anos 1930. Este ofício da Delegação para as Obras de Construção de Escolas Primárias da Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, salienta que apesar do projeto ser especial, receberia o mesmo subsídio destinado aos edifícios escolares construídos de acordo com o projeto tipo. Em outro ofício, destinado ao Presidente da Câmara Municipal, a Delegação esclarece que "nada tem a opor a que o edifício a construir na sede desse Concelho obedeça a um programa mais lato do que o mínimo estabelecido para os projetos tipo". O Anteprojeto, elaborado pelo arquiteto António Serra e Moura e aprovado pela CMFV, foi enviado para aprovação superior em 16 de Fevereiro de 1962. De acordo com o Parecer da Comissão de Revisão, homologado pelo Ministro das Obras Públicas em 9 de Janeiro de 1963, o projeto incluía "algumas dependências além do normal (Biblioteca e Delegação escolar)"  mas, apesar disto e de outros pormenores a rever, estava "em condições de servir de base" ao desenvolvimento do projeto definitivo. Os atrasos no desenvolvimento do projeto, reconhecidos pelo próprio arquiteto, deram ensejo a uma série de ultimatos e ameaças de entregar o trabalho a outro profissional. Uma vez entregue o projeto completo, a Comissão de Revisão da Direção dos Serviços de Construção da DGEMN elaborou parecer recomendando a aprovação superior do projeto em 16 de Janeiro de 1964. No dia 7 de Agosto de 1964, a empreitada é colocada a concurso, vencido pela ANFA-Construções LTDA, com sede em Tomar, pelo valor de 744.890$00. Em Março de 1966, a obra encontrava-se em "adiantado estado de construção" e previa-se que seria inaugurada em 1º de Outubro de 1966, durante as comemorações do "40° ano da Revolução Nacional", o que acabou por não acontecer em função dos atrasos e dificuldades observados no decurso dos trabalhos. Depois de meses de atrasos acumulados, as obras estavam concluídas em 21 de Dezembro de 1967, de acordo com ofício do Presidente da CMFV a solicitar a entrega do mobiliário encomendado à empresa de Benjamim da Silva Queiroz. O Auto de Recepção provisória das Obras foi lavrado no dia 6 de Junho de 1968. No entanto, faltavam ainda as instalações elétricas e o equipamento da cantina, o que foi providenciado ao longo do ano de 1970.