1964.12.03

A Junta Central das Casas do Povo informa que os terrenos sugeridos pela câmara não se adequam aos fins de construção de um bairro de casas económicas para os associados, também pela proximidade do cemitério, encontrando-se os trabalhos suspensos. 

1965.01.21

A Direção de Urbanização de Santarém (DUS) informa que o plano de urbanização do Pinhal da Vila não está aprovado e que apenas as seis moradias requeridas pela Casa do Povo podem obter licença de construção. Porém, a sua aprovação final fica sujeita “à qualidade arquitectónica dos conjuntos habitacionais, cujos projectos seriam também e a seu tempo objecto de informação” da DUS.

1965.05.26

A Casa Cadaval pretende urbanizar uma área em Muge destinada a um bairro para trabalhadores, a construir por eles e a quem o terreno será doado. Dado que a Câmara não tem disponibilidade financeira para construir arruamentos, eletrificar, abastecer água, etc., deliberou-se consultar a Direção de Urbanização.

1965.10.14

A Direção-Geral dos Serviços de Urbanização considera que a Casa Cadaval deve apresentar novos estudos com melhor solução para o bairro em Muge, a realizar por um técnico familiarizado com esse tipo de trabalho. Não compete qualquer encargo à Câmara Municipal.

1965.11.04

Esclarecimento da Casa Cadaval, que não pretende construir um bairro, mas apenas ceder terrenos para que trabalhadores possam construir as suas casas em Muge. Até à data, cedera terrenos compreendidos entre as ruas Armindo de Jesus, Santo André, Estrada Nacional, da Faia e Travessa das Malhadas. Cedeu também os terrenos onde se construiu a Casa do Povo e o seu campo de jogos. Para eliminar barracas, decidiram doar à Casa do Povo também 131 lotes, cada um com 600 m2, para distribuição pelos sócios efetivos (o que sucedeu aquando da visita do Ministro das Corporações para a inauguração da sede). A Casa do Povo solicitou às Habitações Económicas que elaborassem um projeto de urbanização do local e dos tipos de casas a construir, ideia de que se desistiu pela incapacidade financeira dos trabalhadores rurais de construir esse tipo de habitação. O projeto de urbanização e das primeiras casas construídas foi aprovado sob mandato do presidente da Câmara José Luís Roquette. Questionam as dificuldades que a Câmara tem colocado aos trabalhadores, e não compreendem por que razão deve ser a Casa Cadaval a tratar das infraestruturas uma vez que doou os terrenos.

1966.09.22

A Câmara negociou para adquirir terreno para a construção da escola de Marinhais.