O Centro de Assistência Social de Salvaterra de Magos solicitou um subsídio à FCG em Outubro de 1957 para auxílio na construção de um conjunto de 30 casas para pobres. Numa correspondência de Maio de 1962 o Centro reforça o pedido e refere que "só agora foi aprovado" o plano de localização das casas. Em Março de 1963 a FCG concede um subsídio de 60.000$00, "a fim de lhe permitir edificar e mobilar duas casas para pobres, a integrar num bairro que virá a ser constituído por trinta casas". Numa correspondência de Julho de 1968 o Centro refere que estavam construídas 12 casas e que tinham planeado construir mais 77, pedindo ajuda à FCG para alcançar esse objetivo. Em Outubro de 1968 a FCG concede novo subsídio, agora no valor de 250.000$00, "destinado a comparticipar nas despesas com o prosseguimento da construção de casas do Bairro do Património dos Pobres".

1968.07.18: Recorte do jornal Diário de Notícias: “Experiência Admirável em Salvaterra de Magos. Milagre da Juventude. Estudantes Universitários Portugueses e Estrangeiros Constroem Casas para Pobres”, por João Salvado. O grupo de estudantes, maioritariamente universitários, designado Companheiros Construtores e formado no pós-II Guerra Mundial como movimento de ajuda internacional fraterna perante a urgente necessidade de reconstrução, atua pela primeira vez em Portugal. Os Compagnons Batisseurs têm sede na Bélgica, tendo por objetivo “construir habitações para as classes desprovidas de meios económicos e que vivem em habitações humildes, sem quaisquer comodidades e condições higiénicas”. Colaboram na construção de casas para pobres em Salvaterra de Magos, por iniciativa do pároco José Rodrigues Diogo. Foi doado um terreno para o efeito por uma empresa particular, para substituir 107 barracas.

O Bairro do Património dos Pobres surge de uma iniciativa do Centro de Assistência Social de Salvaterra de Magos com o objetivo de conceder habitação a famílias pobres. Um recorte do Diário de Notícias de 18 de Julho de 1968 dá conta da construção do bairro por parte de estudantes universitários que se voluntariaram para ajudar na construção. No processo não são descritos elementos construtivos ou projectuais.