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Casa do Povo de Glória do Ribatejo

Processo composto por quatro capas, contendo documentação textual e gráfica referente à Casa do Povo de Glória do Ribatejo:

- Capa de papel do Arquivo da Junta Central das Casas do Povo, com referência à caixa n.º 536 e ao processo n.º 536/I.

- Capa, de papel bege, do Arquivo do Instituto Nacional do Trabalho e Previdência do Ministério das Corporações e Previdência Social.

- Duas capas de papel castanho da Junta Central das Casas do Povo, processo n.º 536.

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Identification

Archive / Library
Start-End Years
1942-1972
Other References
PT/ADSTR/AC/JCCP/00036, cx. 19

Analysis

First Date Recorded in File
1942.08.10
Last Date Recorded in File
1972.06.08
Reading Note

1942.08.10: Requerimento para criação de uma Casa do Povo em Glória, enviada em representação dos produtores agrícolas e trabalhadores da aldeia, que possui c. 2.000 habitantes. Estão até então integrados na Casa do Povo de Muge, que dista 15 km de Glória, o que impede a assistência médica considerada indispensável consoante as necessidades. É frisada a importância de um médico privativo e a possibilidade de manter a independência, “adentro do espírito do Estado Novo”, e “poder realizar todos os benefícios que uma CASA DO POVO pode proporcionar, tais como uma farmácia, assistência e previdência social, contrato colectivo de trabalho, etc. etc.”.

1942.08.11: A Casa do Povo de Muge reconhece a necessidade da criação de uma Casa do Povo na povoação de Glória, à qual até então tem prestado assistência médica.

1942.08.25: O delegado de Santarém do Instituto Nacional do Trabalho e Previdência (INTP) considera de aceder ao pedido de criação da Casa do Povo de Glória, que virá a abranger 400 trabalhadores e 350 produtores agrícolas.

1943.07.30: Data de constituição da Casa do Povo de Glória do Ribatejo.

1947.09.17: Ofício do delegado de Santarém do INTP dirigido ao diretor-geral desse organismo, dando conta de uma exposição da Casa do Povo de Glória sobre a construção de uma sede: considerando a comparticipação estatal de 65% para melhoramentos, poderá “construir um modesto edifício em benefício dos seus sócios onde possa instalar sala de sessões, consultório, enfermaria e mais divisões”, cujo orçamento é de 70.000$00. Poderá contar também com auxílios particulares e verbas da própria Casa do Povo. Há um esboço de uma planta em anexo.

1952.05.29: Relatório de inspeção à Casa do Povo, no qual se refere que funciona numa pequena casa de um só pavimento, ocupando duas divisões: uma para o posto clínico, e outra para a secretaria, arquivo e sala de reuniões. Não se pôde aproveitar a oferta de energia elétrica das instalações da RARET devido ao estado da madeira dos tetos. Conclui que a sede não tem condições para abertura à frequência dos sócios.

1957.06.01: O delegado de Santarém do INTP informa que, tendo em conta a má instalação da Casa do Povo, se pretende construir uma sede própria conforme o projeto oficial tipo A. “Espera-se que o terreno seja oferecido pela R.A.R.E.T.”. Conta com 100.000$00 do Fundo de Desemprego, igual quantia do Fundo Comum da JCCP e 50.000$00 de verba própria, bem como auxílios locais (sobretudo mão de obra).

1959.04.22: O delegado, António Amaral, solicita o anteprojeto da sede da Casa do Povo de S. Facundo como exemplo para a sede a construir em Glória.

1960.04.04: A RARET propõe a cedência de um terreno de 5.000 m2 na modalidade de arrendamento a longo prazo (por 99 anos), para construção da Casa do Povo e de um parque de jogos, um parque infantil e uma creche ou infantário. Segundo o INTP, estas condições não podem ser aceites, devendo o terreno ser obtido por cedência gratuita.

1960.07.19: Formulário de proposta de inclusão da construção da sede da Casa do Povo de Glória do Ribatejo, em terreno a doar, no Plano de Melhoramentos Urbanos de 1960. O pedido foi apresentado pela primeira vez em 1947. A sede está “mal instalada e não tem possibilidade de arrendar outro edifício em melhores condições”.

1964.11.12: A Câmara Municipal de Salvaterra de Magos cedeu à Casa do Povo de Glória o antigo edifício escolar e uma área de terreno anexo. Um técnico que se deslocou ao local considera de autorizar a aceitação, embora o edifício de piso único se encontre em mau estado de conservação e necessite de obras de reparação e adaptação para instalação da sede. Vem a ser autorizado superiormente. No entanto, a cedência não se concretiza por se tratar de um edifício na posse da Direção-Geral da Fazenda Pública. A resposta só chegará volvidos 6 anos, pensando-se nessa altura na possibilidade de transformar o edifício em creche.

1968.05.20: Vistoria positiva de um terreno com 3980 m2 que a RARET pretende doar à Casa do Povo, onde é possível implantar a sede e um pavilhão gimnodesportivo. Vem a ser autorizada a aceitação.

1968.11.25: A Casa do Povo de Glória passa a denominar-se Casa do Povo de Glória do Ribatejo, em virtude da criação da respetiva freguesia em 1966.

1969.04.04: Pedido de subsídio para aquisição de mobiliário para a inauguração do edifício em maio próximo.

1971.12.29: A Casa do povo pretende usar o antigo edifício escolar de Glória para as suas futuras instalações. Uma nota manuscrita de janeiro de 1972 indica que a sede foi recentemente inaugurada.

1972.07.20: O presidente da Federação das Casas do Povo do Distrito de Santarém informa o vice-presidente da JCCP que apesar da construção da sede da Casa do Povo de Glória do Ribatejo ter beneficiado do auxílio do Plano de Construções da federação, o organismo ficou com dívidas superiores a 50.000$00. Assim, solicita subsídio de 25.000$00 para a Casa do Povo, vindo a ser concedido um subsídio de 20.000$00.

1972.06.08: Foi firmado um acordo de cooperação entre as Casas do Povo e as Caixas de Previdência e Abono de Família. A Casa do Povo de Glória do Ribatejo prestará assistência médica aos beneficiários da previdência residentes na freguesia.

To quote this work:

Arquitectura Aqui (2025) Casa do Povo de Glória do Ribatejo. Accessed on 18/01/2025, in https://arquitecturaaqui.eu/en/documentation/files/55406/casa-do-povo-de-gloria-do-ribatejo

This work has received funding from the European Research Council (ERC) under the European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement No. 949686 - ReARQ.IB) and from Portuguese national funds through FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., in the cadre of the research project ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).