Em outubro de 1962 a Santa Casa da Misericórdia de Alcácer do Sal solicitou um subsídio à Fundação Calouste Gulbenkian destinado à construção de um asilo. Em outubro de 1965 a Fundação Calouste Gulbenkian autoriza a concessão de um subsídio de Esc. 312.150$00, pago posteriormente em duas prestações, correspondendo a 25% da despesa total (1.248.600$00). A Direcção-Geral da Assistência contribuiu com 50% e a Misericórdia com os restantes 25%. O processo para a construção do asilo inicia com o pedido de subsídio em 1962 e termina com uma correspondência de 1978, onde a Fundação Calouste Gulbenkian envia uma certidão do subsídio concedido. Não é descrito em nenhum momento a data inicial e final da construção ou data de inauguração, embora se possa considerar o ano de 1968 como a data inicial tendo em conta uma correspondência a reportar a adjudicação da obra a uma empresa de Grândola. A última tranche do subsídio foi paga em outubro de 1970, o que leva a supor que a obra se encontrasse perto da conclusão nessa data.

O projeto do Asilo José Godinho Jacob em Alcácer do Sal, apresenta um programa de apoio a idosos distribuído ao longo de dois pisos (rés-do-chão e 1º andar). No rés-do-chão encontra-se a zona de serviços e a zona dos homens, no 1º andar encontra-se a zona das mulheres. Em termos construtivos, as fundações, paredes mestras e estruturas de pavimento são em betão armado. As paredes divisórias são em alvenaria de tijolo furado, rebocadas, esboçadas e estucadas com excepção da cozinha, copa, instalações sanitárias e refeitórios onde o revestimento é feito através de azulejos em lambris. O revestimento exterior do asilo é rebocado, esboçado e caiado com envasamento de cantaria rústica. A cobertura do edifício é em telha sobre estrutura de madeira de pinho, em sistema triangulado.