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Construção da Casa de Retiros da Diocese de Lamego

Documentação administrativa, relativa ao processo de conceção, financiamento, adjudicação e acompanhamento de obra. Inclui peças escritas e desenhadas do projeto Seis volumes, relativos à obra de “Construção da Casa dos Retiros da Diocese de Lamego”. Um volume de correspondência e 5 volumes de projeto, incluindo projeto de instalação elétrica, pavimentação do recinto e construção de anexos.

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Identification

Start-End Years
1965-1983
Location Mentioned
Initial Reference
Processo n.º 461/MU/65
Other References
Processo provisório n.º 18/299

Analysis

First Date Recorded in File
1965.08
Last Date Recorded in File
1983.10.06
Requester / Benefiter
Diocese de LamegoOrganization
Architectural Design
Alcídio Lusitano Alves Ferreira Engenheiro Civil 1965Organization
Carlos Ferreira Pimentel Engenheiro Civil 1983Person
Construction and Equipment
Manuel Rosa 399.000$00 1970Organization
Manuel Rosa 1.303.500$00 1967Organization
Vasco Marques & Alves da Silva Ldª 1.887.000$00Organization
Intervention / Assessment
Alfredo Fernandes Diretor DGSU/DSMU 1965Person
António José Coelho de Araújo Engenheiro Civil DGSU/DUV 1965Person
Carlos Ferreira Pimentel DGSU/DUV-3ZU 1965Person
Isidro Simões Pereira Engenheito Civil DGSU 1966Person
Francisco Leal de Loureiro Diretor DGSU/DUV 1966Person
José Fernando Ribeiro de Sousa Arquiteto DGSU/DUV 1967Person
Jayme Agnello Neuparth Couvreur Adjunto Técnico Principal DGSU/DSMUPerson
Fernando Maymone Engenheiro Diretor DGSU/DSMUPerson
Political Decision
Eduardo de Arantes e Oliveira Ministro Obras Públicas 1965Person
Reading Note

1965.08 - Memória descritiva e justificativa do projeto de construção de um edifício destinado a Casa de Retiros, assinado pelo engenheiro civil Alcídio Lusitano Alves Ferreira (Lamego). Refere-se que a construção se implanta em terreno plano, adquirido pelo Prelado para o efeito, localizado no lugar da Ortigosa, “zona afastada de todo o bulício da cidade, condição essencial à realização das atividades a que ele se destina”. Funcionalmente, instalam-se no rés-do-chão os cursos, nos 1.º e 2.º andares os quartos, uma sala de estar e corpos sanitários. O orçamento estima-se em 2.559.000$00.

1965.08.13 - Despacho do Ministro das Obras Públicas Arantes e Oliveira, no qual refere que o Prelado de Lamego irá apresentar um projeto para a Casa dos Retiros, com pedido de comparticipação para 1966.

1965.09.17 - Abertura do processo provisório n.º 18/299, com a designação “Construção da Casa dos Retiros, em Lamego”, na Direção dos Serviços de Melhoramentos Urbanos, da Direção-Geral dos Serviços de Urbanização (DGSU/DSMU).

1965.09.24 - Ofício do Bispo de Lamego (João), endereçado ao Ministro das Obras Públicas, com o qual remete o projeto da Casa de Retiros da Diocese de Lamego e solicita comparticipação do Estado. Refere-se que “todas ou quase todas as dioceses do país conseguiram já adquirir ou construir as suas Casas de Retiro”, equipamento considerado de importância igual - ou superior - aos seminários.

1965.10.01 - Informação da DSMU, para consideração superior. Indica-se o orçamento de 2.600.000$00, correspondente a uma comparticipação de 520.000$00 (20%). Considera-se de manter a anotação da obra para consideração oportuna, embora se comunique não se ver “possibilidade de incluir a obra no Plano definitivo de 1966 a não ser por reforço da respetiva dotação”.

1965.10.18 - Abertura do processo definitivo n.º 461/MU/65, com a designação “Construção da Casa de Retiros da Diocese de Lamego.

1965.11.12 - Ofício do engenheiro diretor da DSMU, Alfredo Fernandes, endereçado ao Bispo de Lamego. Comunica-se que o Ministro das Obras Públicas determinou que a percentagem de comparticipação fosse elevada para 35% e que se inscrevesse o obra no próximo Plano.

1961.11.13 - A DSMU comunica ao Comissário do Desemprego a determinação do Ministro, informando que a comparticipação corresponde a 910.000$00, a conceder entre 1966 e 1969.

1965.11.23 - O engenheiro civil António José Coelho de Araújo, da DGSU, visitou o local da obra para recolher os elementos necessários para informar o projeto.

1965.12.13 - Informação, assinada pelo engenheiro chefe da 3.ª Zona de Urbanização da Direção de Urbanização de Viseu (DGSU/DUV-3ZU), Carlos Ferreira Pimentel. Comunica-se que o terreno onde se pretende construir o Retiro se encontra destinado a blocos de habitação de renda económica, com 3 pisos. No entanto, considera-se não haver inconveniente na sua autorização.

1966.01.08 - Proposta de comparticipação, assinada pelo mesmo engenheiro, na qual se aprecia o projeto apresentado. Considera-se que, relativamente ao aspeto funcional, o edifício carece de um estudo meticuloso, com conhecimento sobre o decorrer das reuniões das várias associações religiosas da Diocese que o irão utilizar. Referem-se falhas de pormenor relativas à localização de sanitários e a área de espaços de comunicação. Do ponto de vista estético, considera-se que os alçados, embora de composição modesta e rígida, resultam num conjunto equilibrado. Julga-se o projeto em condições de merecer aprovação superior.

A proposta merece aprovação do Ministro em 1966.05.03.

1966.03.16 - Ofício da DSMU, pelo qual se informa a DGSU de que não foi possível incluir a obra no Plano Ordinário de 1966, mas que esta se encontra considerada no 1.º Plano Adicional.

1966.04.27 - O Bispo de Lamego solicita à DUV que mande abrir a praça da empreitada e autorize o início dos trabalhos, dada a urgência da obra. Informa-se que o projeto se encontra concluído e será apresentado em breve.

1966.05.16 - Informação do engenheiro António José Coelho de Araújo, pela qual se comunica não se ver inconveniente em abrir concurso para empreitada, “embora o início dos trabalhos deva ficar condicionado à apresentação dos cálculos corrigidos e completados”.

1966.06.29 - Nova informação da DGSU. Considera-se que os cálculos de betão armado se encontram em condições de merecer aprovação, após a introdução de ligeiras alterações.

1966.08.01 - Informação da DGSU, assinada pelo engenheiro civil Isidro Simões Pereira. Comunica-se que apenas foi submetida uma proposta a concurso, sendo a mesma superior em 80% à base de licitação. Considera-se de abrir concursos por fases, já que os empreiteiros, “temendo a subida dos preços de materiais e de mão de obra, defendem-se aumentado o quantitativo das propostas”.

1966.11.17 - O engenheiro diretor da DUV, Francisco Leal de Loureiro, remete ao Bispo de Lamego as 3 propostas submetidas a concurso. Aconselha-se a adjudicação à proposta mais baixa, de Manuel Rosa, que é também a única que não inclui uma cláusula tendente à revisão do preço do contrato.

1967.01.03 - Relatório de visita de fiscalização, na qual se verificou que a obra foi iniciada.

1967.04.13 - Apreciação do aditamento ao projeto, assinada pelo engenheiro civil António José Coelho de Araújo e pelo arquiteto José Fernando Ribeiro de Sousa. Verifica-se que foram feitas todas as alterações necessárias. No entanto, refere-se que o aproveitamento do sótão parece “lógico sob o ponto de vista funcional”, mas que, do ponto de vista do aspeto estético, se consideram inconvenientes “as modificações introduzidas nos remates superiores das fachadas para a sua iluminação”. Indica-se que o autor do projeto deve rever a solução de alçado.

1967.04.18 - Auto de medição de trabalhos n.º 1, no valor de 151.137$00, dos quais podem ser pagos 52.690$00.

1967.06.26 - A DUV informa a Repartição de Melhoramentos Urbanos (RMU) de que a 1.ª fase da obra foi posta a concurso, com base de licitação de 1.082.347$00, e adjudicada a Manuel Rosa, por 1.303.500$00.

1967.08.01 - É homologada pelo diretor da DGSU a adjudicação da obra.

1967.08.02 - Auto de medição de trabalhos n.º 2, no valor de 472.865$00, dos quais podem ser pagos 165.503$00.

1967.09.19 - Auto de medição de trabalhos n.º 3, no valor de 244.308$00, dos quais podem ser pagos 85.507$00.

1967.11.24 - Informação interna da DGSU. Comunica-se que a entidade peticionária abriu concurso público para adjudicação da 2.ª fase da empreitada em 1967.10.20, com base de licitação de 1.282.365$00. Todas as propostas recebidas foram de valor muito superior à base, pelo que se sugeriu abrir novo concurso.

1967.11.29 - Informação sobre o segundo concurso, com base de licitação de 1.438..838$00. Volta a verificar-se que as propostas são superiores à base. No entanto, “atendendo ao aumento que tem vindo a verificar-se nos últimos tempos, do custo dos materiais e da mão de obra”, propõe-se a adjudicação à firma Vasco Marques & Alves da Silva Ldª, por 1.887.000$00.

1968.01.18 - Auto de medição de trabalhos n.º 4, no valor de 435.190$00, dos quais podem ser pagos 106.695$00.

1968.01.29 - Orçamento, assinado pelo engenheiro civil da DUV, António José Coelho de Araújo, no valor total de 3.800.000$00, incluindo as duas fases de adjudicação, a instalação elétrica e trabalhos a mais.

1968.02.10 - Informação sobre pedido de reforço da comparticipação. Refere-se que a 1.ª fase da obra se encontra praticamente concluída e que a 2.ª está em vias de ser iniciada. Considera-se que os trabalhos a mais se justificam e explica-se que as duas fases foram adjudicadas com alta de praça. Considera-se que pode ser incluído em Plano o reforço de 336.000$00.

1968.03.08 - O diretor da DSMU, Alfredo Fernandes, informa o Bispo de Lamego de que não é possível conceder o reforço por “congestionamento da respetiva dotação”.

1968.04.23 - Auto de medição de trabalhos n.º 5, no valor de 231.680$00, podendo ser pagos 72.981$00.

1968.09.11 - Auto de medição de trabalhos n.º 6, no valor de 264.988$00, dos quais podem ser pagos 83.416$00.

1969.01.15 - Relatório de vistoria, no qual se indica que a obra está praticamente concluída.

1969.01.28 - Auto de medição de trabalhos n.º 7, no valor de 64.603$00, podendo ser pagos 209.350$00.

1969.03.25 - A DSMU informa o Bispo de Lamego que o Subsecretário de Estado das Obras Públicas autorizou o reforço à comparticipação, no valor de 450.000$00.

1969.04.09 - Auto de medição de trabalhos n.º 8, no valor de 118.474$00, dos quais podem ser pagos 42.650$00.

1969.04.28 - Carta do Bispo de Lamego ao Ministro das Obras Públicas, pela qual solicita que estenda a comparticipação de 40% já concedida também às obras de conclusão da garagem, lavandaria e anexos.

1969.05.13 - Informação sobre pedidos de reforço de comparticipação para trabalhos imprevistos e equipamento. Julga-se de anotar um reforço de 300.000$00 a inscrever em futuro plano de Melhoramentos Urbanos, relativo à montagem de equipamento para aquecimento de água, cozinha, abastecimento de gás e de energia elétrica.

1969.08.28 - Informação sobre pedido de comparticipação para a construção de garagem e lavandaria, que se julga de conceder.

1969.09.13 - A DSMU informa o Bispo de Lamego de que o Subsecretário de Estado das Obras Públicas determinou que se anotasse um novo reforço de 90.000$00 para inclusão em futuro Plano de Melhoramentos Urbanos.

1969.10.17 - O engenheiro diretor da DUV informa a DSMU de que as duas fases da obra, assim como a instalação elétrica, se encontram concluídas.

1970.02.02 - Auto de receção definitiva.

1970.03.31 - Auto de medição de trabalhos n.º 1, com o valor de 749.998$00, dos quais podem ser pagos 270.000$00.

1970.04.22 - Proposta de comparticipação, elaborada na DUV. Explica-se que a entidade peticionária remeteu um projeto para um pavilhão anexo ao edifício da Casa dos Retiros, “para nele serem instalados os serviços de lavandaria, engomados, costura, armazém, garagem e um pequeno dormitório e instalações sanitárias para o pessoal que presta serviço naquela casa”. Considera-se que o programa está bem distribuída e que a solução se integra convenientemente no conjunto existente. Considera-se o projeto suscetível de aprovação. O orçamento estima-se em 288.392$00, ao qual corresponderia uma comparticipação de 90.000$00.

1970.05.19 - Auto de medição n.º 2, no valor de 125.000$00, dos quais podem ser pagos 50.000$00.

1970.06.17 - Auto de medição n.º 3, no valor de 75.000$00, dos quais podem ser pagos 30.000$00.

1970.06.17 - Auto de medição n.º 4, no valor de 97.500$00, dos quais podem ser pagos 39.000$00.

1970.09.25 - Auto de medição n.º 5, no valor de 681.750$00, dos quais podem ser pagos 302.700$00.

1970.10.20 - A DUV informa a DSMU de que a entidade comparticipada promoveu a abertura de dois concursos públicos, aos quais concorreu apenas um concorrente, com propostas bastante acima das bases de licitação. Promoveu-e a consulta a empreiteiros, tendo-se recebido duas propostas. Julga-se de adjudicar a obra a Manuel Rosa - com o valor mais baixo, embora 30% acima da primeira base de licitação.

1970.10.27 - A DGSU homologa a adjudicação da obra a Manuel Rosa, por 399.000$00.

1970.11.23 - Auto de medição n.º 8, no valor de 130.000$00, dos quais podem ser pagos 39.000$00.

1970.12.31 - Parecer favorável sobre novo pedido de reforço, no valor de 52.000$00, para pavimentação e arranjo da área envolvente ao edifício.

1971.03.01 - Proposta de comparticipação, elaborada na DUV. Refere-se que a obra dos anexos à Casa dos Retiros foi adjudicada por 399.000$00, estando em fase adiantada de construção. A entidade comparticipada pretende introduzir algumas alterações nos trabalhos projetados e substituir alguns materiais por outros de melhor qualidade - nomeadamente a substituição de madeiras de pinho por “madeiras exóticas iguais às do edifício já feito”, a abertura de vãos para iluminação e ventilação, a aplicação de estores e a criação de mais 3 instalações sanitárias. O orçamento total da obra é de 570.000$00, ao qual corresponde a comparticipação de 171.000$00, tendo já sido comparticipados 90.000$00.

1971.04.28 - Memória descritiva e justificativa do projeto de arranjo e pavimentação do recinto envolvente da Casa de Retiros, assinada por Alcídio Ferreira. Refere-se que a zona se encontra em terra batida, pretendendo a Diocese proceder à sua pavimentação, de forma a possibilitar também o estacionamento de “automóveis que em grande número acorre a esta Casa quando dos retiros que nela se fazem”. O orçamento estima-se em 134.940$00.

1971.07.08 - Proposta de reforço de comparticipação, assinada por Jayme Couvreur, que inclui os 171.000$00 anteriormente propostos e outros 52.000$00 para arranjos exteriores. Indica-se que o orçamento dos trabalhos atinge o valor total de 700.000$00.

1972.06.16 - Auto de medição de trabalhos n.º 10, no valor de 197.572$00, dos quais podem ser pagos 72.200$00.

1972.08.30 - Ofício do Governador da Diocese, Monsenhor José Morais e Costa, endereçado ao Ministro das Obras Públicas. Explica-se que a Diocese tem necessidade de construir, junto da Casa de Retiros, uma garagem destinada a recolher o seu carro e os dos utentes da Casa de Retiros. Refere-se que o Ministério das Obras Públicas já concedeu comparticipação para os anexos, mas que houve necessidade de utilizar o espaço destinado a garagem como despensa. Solicita-se uma comparticipação para a construção da garagem, pedindo-se autorização para dar início às obras para as realizar antes da chegada do Inverno.

1973.01.15 - Fernado Maymone, engenheiro diretor da DSMU, informa a Diocese de que o Secretário de Estado do Urbanismo e Habitação (SEUH) concordou com a anotação da obra para inclusão no plano de 1973, podendo a obra ser iniciada e os trabalhos realizados por administração direta, assim que o projeto seja aprovado.

1973.03.01 - Apreciação do projeto, pelo arquiteto José Fernando Ribeiro de Sousa e o adjunto técnico Carlos Alberto de Lemos Esteves, da DUV. Considera-se a localização da garagem aceitável e o projeto funcional e esteticamente em harmonia com o conjunto.

1973.03.14 - Auto de medição de trabalhos n.º 1, no valor de 78.400$00, dos quais podem ser pagos 31.300$00.

1983.07.04 - Memória descritiva e justificativa do projeto de ampliação da Casa de Retiros, assinada pelo engenheiro civil Carlos José Ferreira Pimentel. Explica-se que o projeto consiste na melhoria e modificação dos anexos, edificações de dois pisos sobre o existente e construção de um corpo de ligação ao edifício principal. No corpo principal, construído sobre os anexos, instalam-se hall, despensa, lavandaria, rouparia, dormitórios, vestíbulo, quartos, oratório, sala de convívio, quartos de banho. O orçamento estima-se em 28.000.000$00.

1983.10.06 - Ofício do Bispo de Lamego (António), endereçado ao Secretário de Estado das Obras Públicas. Refere-se que a Diocese de Lamego submeteu um projeto de ampliação da Casa dos Retiros à Direção-Geral de Equipamento Regional e Urbano (DGERU), para aprovação e subsequente pedido de comparticipação. A ampliação é necessária para dotar a Casa de mais 14 quartos, “reservados e devidamente adaptados a sacerdotes idosos e doentes”, não sendo possível a Diocese financiá-la por falta de recursos: “cem por cento rural, montanhosa e muito empobrecida por forte emigração”. Solicita-se autorização para dar início às obras logo após a aprovação do projeto e para que estas sejam realizadas em regime de administração direta.

To quote this work:

Catarina Ruivo for Arquitectura Aqui (2025) Construção da Casa de Retiros da Diocese de Lamego. Accessed on 03/09/2025, in https://arquitecturaaqui.eu/en/documentation/files/64296/construcao-da-casa-de-retiros-da-diocese-de-lamego

This work has received funding from the European Research Council (ERC) under the European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement No. 949686 - ReARQ.IB) and from Portuguese national funds through FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., in the cadre of the research project ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).