Conversa com una moradora de Meimoa, conhecedora da escola primária de Meimoa. Conversa informal mantida com as investigadoras Ivonne Herrera Pineda e Ana Mehnert Pascoal.

Seguem-se algumas das informações fornecidas.

Escola primária de Meimoa

A escola já não está a funcionar como tal. Fechou há cerca de 20 anos. Segundo esta pessoa, a escola era composta por duas salas diferentes que não tinham contacto uma com a outra porque havia duas entradas e uma parede a separá-las. Na escola havia 4 turmas de alunos no tempo da barragem. Havia 4 professores, 2 em cada sala de aula.

Agora são apenas quatro crianças de Meimoa que vão para a escola em Penamacor. Existe uma carrinha que as transporta.

Externato Nossa Senhora do Incenso

De acordo com o seu testemunho, só as pessoas mais abastadas tinham a possibilidade de estudar para além da quarta classe. Ir para o externato era apenas para as pessoas que podiam pagar, porque esse já era um nível educativo que nem todas as famílias podiam pagar.

Nessa altura havia uma carrinha que transportava as crianças de Meimoa para o externato em Penamacor.

Segundo uma amiga dela [com quem também falámos], o externato tem fechado cerca de 36 anos. O edifício anexo atrás do centro foi utilizado para ginástica.

Outras questões

O infantário de Meimoa ficava ao pé da igreja.

O edifício que está perto da Junta de Freguesia de Meimoa era uma escola.

Ela fala das dificuldades de transporte na zona de Penamacor: não há comboio em Penamacor, só em Covilhã e Guarda.

Comenta que é necessária uma fábrica na região, para gerar oportunidades de emprego. “A Beira Interior está morta”. A Universidade da Beira Interior (UBI) permite estudar… “mas eles não voltam” [os jovens, que acabam por morar em Lisboa ou outras cidades].