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Portimão

O concelho de Portimão localiza-se no litoral do barlavento algarvio, tem uma área de 182,06 km2 e confina com vários concelhos – Lagos, Monchique, Silves e Lagoa –, separado deste último pelo Rio Arade, o mais importante da parte ocidental da região. Com uma população de 59.845 habitantes (INE, 2023), é uma das cidades mais importantes  a ocidente, sendo sede do Centro Hospitalar do Barlavento.

Não sendo um concelho de grandes dimensões, está administrativamente dividido em três freguesias, Portimão, sede do Município, Mexilhoeira Grande e Alvor, cujo território foi absorvido aquando da extinção, em 1773, do concelho com o mesmo nome. Esta reorganização do território inseriu-se numa política de “Restauração do Reino do Algarve” mais ampla, que se debruçou sobre as problemáticas dos concelhos de Monchique, Lagoa, Silves ou Vila Real de Santo António, entre outros (Fidalgo, 2021).

Os vestígios arqueológicos e históricos atestam, no entanto, que a ocupação deste território recua à pré-história e a sua posição geográfica na confluência do Rio Arade com o oceano Atlântico tem vindo a comprovar a contínua importância deste lugar no intercambio económico-comercial, num contexto mediterrânico, ao longo da sua história e, principalmente, a partir do século XVI.

Na “segunda metade do período dos Descobrimentos, a então Vila Nova de Portimão desenvolve-se como um dos polos da expansão comercial portuguesa” até meados do século XVIII, quando estagnou em consequência dos elevados estragos causados pelo terramoto de 1755. (cm-portimao.pt)

Portimão “conhecerá então um acelerado desenvolvimento, por força do desenvolvimento das indústrias dos frutos secos e das conservas de peixe, tornando-se um polo de atração para as populações vizinhas que tinham a agricultura como meio de subsistência, crescendo para poder acolher essas mesmas pessoas, tendo também de se construir toda uma série de edifícios e infraestruturas para acolher esse ‘take-off’ industrial (…). Já cidade, Portimão vê a indústria de conservas de peixe atingir o seu zénite, sendo exportadas para todo o mundo e ainda com um pequeno empurrão causado pela II Guerra Mundial. Todo este crescimento refletiu-se na malha urbana com a criação de uma zona industrial adjacente à zona ribeirinha [onde se construiu a Capitania do Porto de Portimão] e ainda com a construção de bairros sociais para mitigar a falta de habitação condigna para a força laboral que sustentava o esforço industrial e piscatório…”, (cm-portimao.pt), de que são exemplos o Bairro do Pontal ou os Bairros de Casas para Pescadores em Portimão e em Alvor. Para dar apoio a esta classe trabalhadora foi também edificada a Casa dos Pescadores, instituição que por extensão acudia com os serviços aos pescadores da freguesia de Ferragudo no concelho vizinho de Lagoa. Em meados do século XX, com a indústria conserveira em declínio o concelho, pelo clima, pela gastronomia e pela qualidade da sua extensão costeira vira-se para o Turismo o qual, em conjunto ainda com alguma atividade piscatória, passa a ser a sustentabilidade da economia local.

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A informação constante desta página foi redigida por Tânia Rodrigues, em 2024, com base em diferentes fontes documentais e bibliográficas. 

Para citar este trabajo:

Arquitectura Aqui (2024) Portimão. Accedido en 07/12/2024, en https://arquitecturaaqui.eu/es/comunidades/15896/portimao

Este trabajo ha sido financiado por European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) y por fondos nacionales portugueses por intermedio de FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., en el contexto del proyecto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).