Obra da Ação Católica da Covilhã
Volume único composto do Anteprojeto de Arquitetura para a construção da Obra da Ação Católica da Covilhã, acompanhado de Memória Descritiva e Justificativa e estimativa orçamental, desenvolvido pelos arquitetos Carlos Manuel Oliveira Ramos e João M. Leite, provavelmente em 1958, a julgar pela cota associada ao processo.
Identificación
Análisis
1958? - Os arquitetos Carlos Manuel Oliveira Ramos e João M. Leite apresentaram Anteprojeto de Arquitetura para a construção da Obra da Ação Católica da Covilhã, acompanhado de estimativa orçamental e Memória Descritiva e Justificativa, em que os arquitetos apresentam a "complexidade do programa" e a solução adotada:
"A complexidade do programa, aliada ao elevado significado social a que se destina, levou-nos a considerar o todo da construção teoricamente subdividido em três partes distintas, embora interligadas: 1º Zona operária e comercial, destinada a trabalhos de tipografia e impressão assim como a exposição e venda de artigos de caráter literário. 2º- Zona destinada à organização e promoção de retiros espirituais 3º - Zona cultural e recreativa, constituída por uma sala de espetáculos e jogos onde mercê de criteriosa escolha de programa e superior orientação, se possa facilitar especialmente à juventude, normas, conceitos e cultura, em ambiente de franca sanidade moral." Do conjunto faziam parte uma "Capela com entrada por um átrio privativo", uma "pequena biblioteca" e um "grande refeitório, que abre para um amplo terraço a Nascente", secretariados, instalações sanitárias, além de "camaratas e quartos particulares destinados ao funcionamento de retiros de internato", dotados de pequenos terraços privativos a Nascente ou de acessos para um terraço coletivo, a Poente. Para a Rua do Castelo situava-se a sala de espetáculos para 450 lugares, "ocupando uma frente aproximadamente igual a 26 metros" e serviria especialmente a conferências e eventualmente projeção de filmes, para os quais previa-se um "écran para cinemascopio".
Através de uma retórica marcadamente assente na construção e em seus elementos, os arquitetos apresentam no documento as opções estéticas que orientaram o projeto:
"Esteticamente a solução baseia-se na planta, nos elementos construtivos adotados e na finalidade das diferentes peças da edificação. Sobre a Rua de Santa Maria abrem-se amplos vãos só interrompidos na zona da Capela, que possuirá uma iluminação adequada ao lado do altar. Toda a fachada deixará adivinhar os pilares da estrutura que forrados a granito polido as interrompem do lado da capela para deixar viver um grande paramento completamente liso. No lado nascente, além do grande terraço que possuirá placas de betão translúcido para iluminação da zona da tipografia e seus anexos, desenvolvem-se nos restantes pisos varandas corridas interrompidas unicamente por elementos verticais de betão, que estabelecem a separação entre quartos. O alçado da sala de espetáculos será uma resultante exata do seu espaço interior. Um pequeno balanço marcará o prolongamento da laje da platéia e fará por assim dizer a transição entre a parte superior do edifício em que aparece com sinceridade a estrutura e a parte inferior do mesmo, constituída por um soco de pedra da região que liga a entrada principal (um grande vão separado do interior por um envidraçado) com a entrada secundária aberta num apainelado de madeira que uma pala protege."
O orçamento apresentava um valor estimado de 3.500.00$00 para a obra, calculado a partir dos valores médios do metro quadrado de construção, estimado em 1.000$00. O Anteprojeto é composto das plantas de localização e dos 7 níveis em que se estrutura o projeto, além de dois cortes e dos alçados para a Rua do Castelo e para a Rua de Santa Maria.
Para citar este trabajo:
Arquitectura Aqui (2024) Obra da Ação Católica da Covilhã. Accedido en 25/11/2024, en https://arquitecturaaqui.eu/es/documentacion/expedientes/17912/obra-da-acao-catolica-da-covilha