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CM Estremoz, Sedes das Juntas de Freguesia, Junta de Freguesia da Glória

Processo produzido pela Câmara Municipal de Estremoz (CME), contendo autos, documentação referente às firmas construtoras convidadas para apresentação de propostas para a construção do edifício, correspondência, levantamento fotográfico da envolvente antes da construção, peças desenhadas do projeto de arquitetura (plantas topográfica, de localização, de implantação, do piso e da cave, alçados, cortes e mapa de acabamentos), memórias descritivas do projeto de eletricidade e de engenharia, orçamento da obra, entre outra documentação.      

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Identificación

Archivo / Biblioteca
Tipo de Expediente
Designación del Expediente
CM Estremoz, Sedes das Juntas de Freguesia, Junta de Freguesia da Glória
Años Inicio-Final
1981-1985
Ubicación Referida
ÉvoraDistrito Histórico (PT)
Signatura Inicial
PT-AMETZ/CMETZ/M/A/7.2/1-3
Produtor del Expediente

Análisis

Primera Fecha Registrada Expediente
1981.09.20
Última Fecha Registrada Expediente
1985.02
Promotor
Entidad Peticionaria / Beneficiaria
Entidad Usuaria
Proyecto de Arquitectura (Autoría)
Proyecto de Estructuras (Autoría)
Otras Especialidades (Autoría)
Rogério Duarte Pinheiro Tavares Projeto de Eletricidade 1981Persona
Construcción y Equipamiento
Mariano Botto de Sousa Empreiteiro 1981Organización
Intervención / Apreciación
Virgolino da Conceição Borralho Morgado Vereador das Obras Municipais CME 1983Persona
Domingos Fiel DesenhadorPersona
António Salvo DesenhadorPersona
António Matos DesenhadorPersona
Gisélia Murta DactilógrafaPersona
Decisión Política
António João Véstia da Silva Presidente da Câmara Municipal de Estremoz 1981Persona
Síntesis de Lectura

1981.01 – Data de encomenda, pela Câmara Municipal de Estremoz (CME), do projeto.

1981.09.20 – Data da memória descritiva do projeto de arquitetura, assinada pelo autor do projeto, o arquiteto Paulo Manuel de Barros Barral, onde se refere que o projeto segue um programa definido pela CME, “ao qual se introduziram pequenas alterações, em ordem a adequar o edifício projetado aos circunstancialismos que são consequência da topografia e inserção urbana do terreno escolhido para a implantação”.

Destaca-se que o projeto “surge na sequência de variados estudos de integração, tendo os autores posto de parte qualquer tipo de orientação que visasse a adaptabilidade de outros edifícios já projetados”. Esta consideração parece surgir como referência, por um lado, a outros projetos para sedes de Juntas de Freguesia realizados em Estremoz nesse período e, por outro, à utilização ou adaptação de projetos-tipo.

O projeto procura que o edifício se integre no enquadramento paisagístico e na malha urbana existente: “o local situado (…) [na] Aldeia dos Mourinhos, apresenta uma situação paisagística notável, e o ambiente urbano existente e consubstanciado num belíssimo e bem conservado conjunto de edificações rurais, não permitia aos autores outra via, que não a do enquadramento volumétrico e tipológico dos materiais, na zona envolvente. (…) Os materiais – a telha lusa, os caixilhos de madeira com portadas interiores pintadas, a cal e os ocres nas fachadas – são a nosso ver a ‘trilogia’ que deveria e deve presidir”.

A memória descritiva prossegue descrevendo o programa das instalações, aspetos funcionais, formais, materiais e económicos, bem como considerações adicionais na tónica anteriormente seguida: “Funcionalmente julgamos ter desenvolvido um edifício que, apesar da sua pequena dimensão, se apresenta inteiramente com uma escala que dará aos cidadãos o ambiente que geralmente os edifícios públicos suscitam. (…) foi preocupação dos autores, apresentarem um conjunto edificado que, por si próprio, não ‘poluísse’ o meio construído envolvente, e por outro lado se abraçasse neste, como que completando-o e ganhando-o para a comunidade, a qual certamente irá constituir no local, centro de atividade humana, dentro da vida social da povoação.

Acabamentos interiores económicos, mas de 1ª. qualidade, pouca variedade dos mesmos, simplicidade também referida aos aspetos construtivos, quer da modulação do terreno quer da estrutura de betão, leva-nos a considerar que basicamente, a obra atinge um custo baixo notável, para o que se poderá atentar unicamente, e por exemplo, no esforço que foi feito para, com rigor, impedir o supérfluo.

Também, e por último, refere-se que o conjunto de técnicos que colaboraram são da região, e deram provas de um perfeito empenhamento na execução deste projeto”.

São também desta data o projeto de engenharia, de Carlos Afonso, e o projeto de eletricidade, de Rogério Tavares, com orçamento de 580.000$00.

1981.10.01 – Data do orçamento da obra, no total de 7.560.000$00.

1981.10 – Data de conclusão do projeto. No respetivo processo podem-se encontrar fotografias da situação existente, nomeadamente: “Aspeto das construções envolventes, Aldeia de Mourinhos”, “Aspeto dos sanitários públicos que urge serem removidos” e “Panorâmica geral do local (Aldeia de Mourinhos)”.

O projeto de arquitetura inclui plantas de localização, implantação, fundações, do piso, da cave, da cobertura, alçados, cortes, plantas e mapa de vãos, pormenor das janelas, mapa de acabamentos e de cores.

O projeto de engenharia inclui estruturas (fundações, distribuição, cobertura, pormenores), muro de suporte, águas e esgotos, bebedouro a jato e fossa séptica.

1981.11.30 – Data do Auto de Consignação de Trabalhos relativo à empreitada de “Construção do edifício para a Junta de Freguesia de Glória e posto médico”, adjudicada pela CME ao empreiteiro Mariano Boto de Sousa. As outras empresas que apresentaram propostas foram a Tecnisserra – Construção Civil e Obras Públicas, Lda. e a CUOP – Cooperativa de Unidade Operária de Construção. Estão ainda aqui arquivados alguns documentos referentes à firma construtora, como “tabela de salários que sobre a base das remunerações correntes o empreiteiro se propõe a pagar ao seu pessoal” e “relação e distribuição numérica e profissional de pessoal a aplicar nas diferentes fases da obra”, assim como um cronograma descritivo das várias fases da obra.

1981.12.29 – Data de uma carta enviada à CME pelo arquiteto autor do projeto, Paulo Barral, relatando que em visita à obra se verificaram “alguns desajustamentos relativamente à implantação prevista no projeto, devido ao deficiente levantamento topográfico do terreno, o qual nos foi cedido pela Exma. Câmara Municipal”, tendo-se recomendado ao empreiteiro “algumas medidas tendentes a solucionar da forma mais adequada e económica o problema”. O arquiteto termina chamando a atenção “para os ajustamentos necessários ao contrato efetuado com a firma adjudicatária que julgue convenientes, de modo a não implicar aumento de futuros encargos imprevistos, para além dos resultantes com as diferenças de cotas de terreno observadas”.

1982.09.20 – Data do Auto de Receção Provisória da Obra.

1983.10.06 – Data do Auto de Receção Definitiva da Obra.

1985.02 – Data de uma planta topográfica do terreno, já com o edifício construído.

Para citar este trabajo:

Arquitectura Aqui (2024) CM Estremoz, Sedes das Juntas de Freguesia, Junta de Freguesia da Glória. Accedido en 25/11/2024, en https://arquitecturaaqui.eu/es/documentacion/expedientes/18292/cm-estremoz-sedes-das-juntas-de-freguesia-junta-de-freguesia-da-gloria

Este trabajo ha sido financiado por European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) y por fondos nacionales portugueses por intermedio de FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., en el contexto del proyecto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).