Paços do Concelho da Câmara Municipal da Covilhã (2)
Volume único composto de correspondência enviada e recebida pela Câmara Municipal da Covilhã, seus diferentes setores e fornecedores a propósito da finalização das obras dos Paços do Concelho e acerca da construção de instalações sanitárias nas traseiras do edifício.
Identificación
Análisis
1956.09.18 - O fabricante J. R. de Brito escreveu ao Presidente da Câmara Municipal da Covilhã Coronel António Matoso Pereira para oferecer seus lustres, já que tinha tido "conhecimento hoje, de que se encontra quase concluído o novo Edifício dos Paços do Concelho", referindo que o seu "trabalho é já bastante conhecido em todo o país "e que havia fabricado "5 imponentes lustres de saco, todos no melhor cristal nacional" para o novo edifício da Câmara Municipal de Santarém.
1956.09.24 - O construtor civil João da Costa Riscado escreveu ao engenheiro chefe da Repartição Técnica da CMC Rafael dos Santos Costa para informar da substituição de peças do lambri de mármore que havia sido acordada com a firma Pardal Monteiro Lda.
1956.10.03 - O engenheiro chefe da Repartição Técnica escreveu ao Presidente da CMC a pedir que este requeresse aos Correios, Telégrafos e Telefones que transferisse a rede telefónica para o novo edifício.
1956.10.03 - O engenheiro chefe da Repartição Técnica Rafael dos Santos Costa transmitiu ao Presidente da CMC a informação prestada pelo arquiteto João António Aguiar acerca dos serviços de pintura do teto "bem executadas" por Alexandre Ferreira, cujo valor de 25.000$00 não lhe parecia exagerado.
1956.11.09 - O Presidente da CMC Coronel António Matoso Pereira comunicou ao engenheiro chefe da Repartição Técnica que os "trabalhos de revestimento dos pedestais destinados à colocação das estátuas de Pêro da Covilhã e Frei Heitor Pinto" haviam sido adjudicados a Bonfilho Augusto Rainha Faria, pela quantia de 5.000$00.
1957.01.04 - O escultor Salvador d'Eça Barata Feyo escreveu ao Presidente da CMC para comunicar que havia sido informado "pela casa encarregada de passar à pedra o modelo da estátua de Pero da Covilhã, de que esta foi entregue e assente há dias nos Paços do Concelho" e para solicitar que a última prestação relativa ao serviço lhe fosse paga, informação que o Presidente da CMC transmitiu ao engenheiro chefe da Repartição Técnica em 1957.01.11. O engenheiro Rafael dos Santos Costa, chefe da Repartição Técnica, respondeu em 1957.01.14 que "a última prestação só será entregue depois da apreciação da estátua, efetuada pelo júri, já na sua posição definitiva", nos termos da escritura de adjudicação da obra.
1957.05.22 - O Presidente da CMC, em reunião ordinária "falou da necessidade de se começar imediatamente a tratar da possibilidade de se começar imediatamente a tratar da possibilidade de dar início à obra de urbanização das traseiras do Edifício dos Paços do Concelho, para que tudo se prepare para a sua inauguração."
1957.02 - O escultor João Fragoso escreveu ao Presidente da CMC informando que a estátua de Frei Heitor Pinto de sua autoria ainda não havia sido colocada no plinto pois havia combinado de ir à Covilhã com o arquiteto Aguiar, viagem prevista para os dias 15 a 25 daquele mês.
1957.02.15 - O responsável pela firma Centro Fornecedores de Móveis Lda. escreveu ao Presidente da CMC Coronel António Matoso Pereira para oferecer seus produtos de mobiliário e decorações para o edifício dos Paços do Concelho, referindo que " a nossa seção técnica, trabalha sob a hábil direção do nosso componente Domingos Nascimento, consagrado artista com o seu nome ligado às mais importantes obras do país".
1957.03.04 - O Diretor gerente das Companhia dos Grandes Armazéns Alcobia Horácio Santos de Sousa enviou ao Presidente da CMC Coronel António Matoso Pereira orçamento para "o fornecimento total de mobiliário e decorações" para a obra dos Paços do Concelho, juntamente com "desenhos, plantas, amostras de tecidos e carpetes, fotografias de candeeiros referentes ao nosso orçamento", que fazem parte do processo, informação que o Presidente da CMC transmitiu ao engenheiro chefe da Repartição Técnica em 1957.03.08.
1957.03.04 - O engenheiro chefe da Repartição Técnica enviou ao Presidente da CMC o "orçamento do trabalho executado na obra de construção do novo edifício dos Paços do Concelho, afim de ser enviado a aprovação superior", no qual "verifica-se haver um montante de trabalhos a mais no valor de 1.728.950$00.
1957.05.22 - O Presidente da CMC José Ranito Baltazar encaminhou ao engenheiro chefe da Repartição Técnica o orçamento recebido da firma José Olaio & Cª., "referente ao mobiliário para o novo edifício dos Paços do Concelho. O orçamento, que importa um total de 129.000$00 para mesas, fauteils, sofás, maples e carpetes e mais 96.000$00 para 200 "cadeiras para sessões eventuais".
1957.05.22 - O Presidente da CMC José Ranito Baltazar encaminhou ao engenheiro chefe da Repartição Técnica o 19ª Auto de Medição referente à obra, recebido do Diretor de Urbanização de Castelo Branco, Alfredo Resende. Entre comparticipações e reforços, a obra orçava 2.340.000$00, dos quais 1.759.560$00 já haviam sido liquidados.
1957.10.23 - O Presidente da CMC foi informado pelo Comissário do Desemprego que a comparticipação para a obra dos Paços do Concelho havia sido reforçada com 97.803$00, informação que transmitiu ao engenheiro chefe da Repartição Técnica em 1957.10.28.
1957.11.15 - O Vice-Presidente da CMC em exercício, Gabriel de Lima Boavida Castelo Branco, transcreveu carta recebida da DUCB em que o engenheiro adjunto Joaquim Carvalho da Silva detalhou os trabalhos imprevistos realizados na obra dos Paços do Concelho, entre eles "Aumento da altura do edifício, por imposição do gabarit da praça; Modificação dos alçados projetados; Instalação de um elevador; (...) Melhores acabamentos, atendendo à dignidade de que o edifício se deveria revestir e ao valor arquitetónico do seu conjunto (Estes foram executados em conformidade com o mapa de acabamentos elaborado pelo Sr. arquiteto Álvaro da Fonseca no decurso da obra)", o que justificava que se procedesse à medição total dos trabalhos executados, evitando o mapa de trabalhos a mais e a menos.
1958.02.20 - O Presidente da CMC foi informado que o Subsecretário de Estado das Obras Públicas havia autorizado o reforço da comparticipação para a obra dos Paços do Concelho com 13.337$00 , informação que transmitiu ao engenheiro chefe da Repartição Técnica em 1958.02.26.
1958.09.17 - O Presidente da CMC foi informado pelo representante do Diretor de Urbanização de Castelo Branco, agente técnico António José Dias Tavares, que o Ministro das Obras Públicas havia autorizado a comparticipação para a obra dos Paços do Concelho no valor de 400.00$00 , informação que transmitiu ao engenheiro chefe da Repartição Técnica em 1958.09.30. A informação, redigida pelo mesmo agente técnico, seguiu para a Repartição Técnica. O prazo havia sido ampliado para1959.10.31.
1959.01.22 - O Presidente da CMC encaminhou ao engenheiro chefe da Repartição Técnica o conteúdo do ofício recebido da DUCB a informar que a comparticipação para a obra, cujo valor alcançava 2.944.240$00 fora reforçada em 188.700$00. Novos reforços à comparticipação foram autorizados em 1959.06.05 (125.300$00) e
1960.05.26 - Por despacho do engenheiro diretor da DUCB, Alfredo Rezende, foi aprovado o Auto de Recepção provisória e definitiva da obra de "Construção do Edifício dos Paços do Concelho da Covilhã". Faz parte do processo uma cópia do conteúdo do Auto de Recepção Provisória e definitiva, lavrado na presença do engenheiros civis Alfredo Fernandes, Chefe da Repartição de Melhoramentos Urbanos da Direção-Geral dos Serviços de Urbanização, Alfredo Resende, Diretor da DUCB e José Costa da Cruz Gomes, representante da CMC, que informa que a obra foi iniciada em 1949.06.24 e concluída em 1958.08.31.
1974.12.02 - O engenheiro chefe dos Serviços de Obras e Urbanização Sílvio Arnaldo Diniz Morão enviou ao Presidente da Comissão Administrativa da CMC 3 exemplares do projeto de instalações sanitárias a construir nas traseiras do edifício dos Paços do Concelho e teceu algumas considerações acerca do horário de funcionamento destes serviços, cujo projeto poderia ser alterado para contemplar urinóis abertos independentemente dos horários da guarda para evitar o "cheiro e sujidade características, muitíssimo pronunciado nos dias mais quentes" que podia ser observado regularmente pelas manhãs, reflexo do uso indevido das escadas no período noturno.
1975.06.06- O Presidente da Comissão Administrativa da CMC Luis Filipe Mesquita Nunes determinou que o Serviços de Obras e Urbanização organizassem o projeto completo da obra das Instalações sanitárias a poente do edifício dos Paços do Concelho, "de autoria do Sr. arquiteto Alves Nogueira", para que o mesmo fosse enviado à Secretaria de Estado das Obras Públicas juntamente com o respectivo pedido de comparticipação.
1975.06.13 - O Presidente da Comissão Administrativa da CMC Luis Filipe Mesquita Nunes solicitou ao engenheiro chefe dos Serviços de Obras e Urbanização que, no prazo máximo de 8 dias, pusesse a "concurso a empreitada das instalações sanitárias a construir nas traseiras do edifício desta Câmara Municipal, assunto, este, que não tolera mais delongas."
1978.06.23 - O Presidente da CMC Augusto Lopes Teixeira informou ao engenheiro dos Serviços Técnicos de Obras Victor Manuel Abrantes Marques que deveriam iniciar-se brevemente as "demolições dos velhos edifícios da Praça do Município", para as quais pede a colaboração do Serviço.
1978.12.18 - O arquiteto dos Serviços de Obras e Urbanização José Joaquim Gouveia Alves Nogueira escreveu ao Presidente da CMC para recomendar que os Serviços Municipalizados executassem um "estudo da iluminação da fachada" com lâmpadas de vapor de sódio de alta pressão. Segundo o arquiteto, "a iluminação atual da fachada dos Paços do Concelho é francamente mais própria para um arraial popular", ainda que assumisse "que a luminotécnica é matéria alheia à formação profissional do signatário".
1980.02.28 - O arquiteto dos Serviços de Obras e Urbanização José Joaquim Gouveia Alves Nogueira enviou "opinião técnica" ao Presidente da CMC a propósito das instalações sanitárias que estavam ainda em projeto, a construir a poente da "Domus municipalis", localização extremamente inestética no aspecto arquitetónico e defeituosa no aspecto urbanístico, opinião esta que é secundada por outros arquitetos".
1980.02.12 - O Presidente da CMC Augusto Lopes Teixeira escreveu ao engenheiro chefe dos Serviços Técnicos de Obras para saber "qual o montante do valor investido nas obras de construção das instalações sanitárias que foram embargadas pela Direção Geral do Património Cultural, a fim de se poder pedir a respectiva indenização." Em 1980.03.28 - O Presidente voltou à escrever ao técnico para saber "qual o custo das demolições".
1980.07.14 - A propósito da construção dos sanitários nas traseiras da Câmara, o Presidente da CMC Augusto Lopes Teixeira determinou que "deve a Secção de urbanização elaborar projeto para o local agora determinado".
1980.11.26 - O engenheiro dos Serviços Técnicos de Obras Leopoldo Soares Santos enviou o projeto completo para a construção dos sanitários nas traseiras da Câmara, cujo orçamento totalizava 4.425.723$00.
1981.11.25 - O engenheiro chefe dos Serviços Técnicos de Obras Victor Manuel Abrantes Marques recomendou ao Presidente da CMC que aceitasse a proposta apresentada pela firma José Penedo Simões & Filhos, Lda, no valor de 1.298.000$00, "visto se encontrar de acordo com os preços praticados na região". A adjudicação da empreitada a esta firma foi deliberada em 1981.12.07 e comunicada ao engenheiro em 1981.12.15. O auto de recepção provisória da obra foi lavrado a 1982.09.28 e o auto de recepção definitiva a 1983.09.29.
1984.10.24 - A alteração da "Estrutura orgânica da Câmara Municipal da Covilhã" alterou designações e juntou serviços, o que acabou por dar lugar a uma pequena remodelação dos espaços dos Paços do Concelho que criou novas divisões para estes serviços renomeados e reorganizados.
Para citar este trabajo:
Arquitectura Aqui (2024) Paços do Concelho da Câmara Municipal da Covilhã (2). Accedido en 22/11/2024, en https://arquitecturaaqui.eu/es/documentacion/expedientes/18541/pacos-do-concelho-da-camara-municipal-da-covilha-2