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Centro Social de Vilar de Perdizes

Correspondência administrativa relativa à empreitada de construção de um Centro Social em Vilar de Perdizes, incluindo processo de adjudicação da obra, acompanhamento e fiscalização da mesma e estudo de mobiliário.

Documentação organizada num volume em capa bege, onde se lê "Centro Social de Vilar de Perdizes".

Si tiene alguna memoria o información relacionada con este registro, por favor envíenos su contributo.

Identificación

Tipo de Expediente
Designación del Expediente
Centro Social de Vilar de Perdizes
Años Inicio-Final
1977-1981
Signatura Inicial
Processo n.º 194/ER/76
Otras Signaturas
Processo n.º 390-M-80

Análisis

Primera Fecha Registrada Expediente
1976.06.06
Última Fecha Registrada Expediente
1981.01.09
Promotor
Otras Especialidades (Autoría)
José João da Silva Castro Ferreira Arquiteto GATAT 1980Persona
Construcción y Equipamiento
Intervención / Apreciación
Mário Aníbal da Costa Valente Engenheiro Diretor DUVR 1977Persona
António Sousa Alves Engenheiro Civil GATAT 1981Persona
Luís António Teixeira Coutinho Engenheiro Diretor GATAT 1981Persona
Decisión Política
Jaime Vaz Coimbra Presidente JFVP 1976Persona
João Parada Secretário JFVP 1976Persona
Manuel Dias Tesoureiro JFVP 1976Persona
José António Carvalho de Moura Presidente CMM 1980Persona
Síntesis de Lectura

1976.06.06 - Declaração da Junta de Freguesia de Vilar de Perdizes (JFVP) de que “deliberou, com consentimento do povo, ceder o terreno necessário, no local denominado ‘Pinheiro’, para a construção de um centro social”. Refere-se que o centro inclui um jardim de infância no primeiro andar, cedendo-se portanto também terreno para recreio. Sobre o jardim de infância, diz-se que o seu suporte jurídico “é a paróquia de Vilar de Perdizes e sua comissão já eleita, regendo-se cada secção de actividades por seu estatuto próprio, aprovado pelo povo”. No rés-do-chão, o centro destina-se a jovens, adultos e terceira idade. A declaração é assinada pelo presidente Jaime Vaz Coimbra, o secretário João Parada e o tesoureiro Manuel Dias.

1977.02.02 - Comunicação da CMM à DUVR, informando-se das propostas recebidas para a construção do Centro Social de Vilar de Perdizes. Alerta-se para o facto de três dos concorrentes “não terem cumprido as formalidades da Lei”. Informa-se que a Câmara não chegou a um consenso, tendo dois vereadores convergindo na ideia de dar “parecer sobre a proposta mais baixa”, outros dois apresentado a “sugestão de uma consulta a todos os concorrentes, a fim de apresentarem alteração às propostas em face dos trabalhos já realizados - fundações e cabouços”, e um destes alegando não ser “de desprezar as propostas dos empreiteiros mais credenciados”. O presidente e um dos vereadores “defenderam a ideia de que as propostas fossem remetidas à Direcção de Urbanização de Vila Real e solicitar para as mesmas o parecer destes Serviços, já que se trata de aspectos técnicos que transcendem a própria competência da Câmara”.

1977.03.16 - Edital da CMM, onde se avisa da abertura de terceiro concurso para receção de propostas a 1977.04.04.

1977.04.27 - Comunicação da DUVR à CMM, onde se informa da deliberação do GCOM de aconselhar a CMM a abrir novo concurso com a base aumentada de 20%.

1977.06.07 - A DUVR remete à CMM as conclusões da sua reunião com o GCOM em 1977.05.31, na qual se decidiu adjudicar os trabalhos a José Zeferino Parente Afonso, cuja proposta era a mais baixa, após realização de três concursos, tendo concluído “não ser possível obter proposta mais favorável”.

1977.07.06 - A obra é adjudicada a José Zeferino Parente Afonso.

1977.07.11 - O presidente da CMM remete ao engenheiro-diretor da DUVR fotocópia de carta dos empreiteiros da obra de construção do Centro Social de Vilar de Perdizes. Na carta fazem-se sugestões “para que a obra em questão seja construída da melhor forma possível”: a elevação da cabine de projeção em relação ao salão e a instalação de uma chaminé na mesma; a definição de desnível entre a entrada do salão de festas e o palco; a construção das escadas com degraus e espelho em mármore, de Pedra de Cascais ou Lioz, “que dariam outra perfeição ao conjunto”; a construção das paredes exteriores em blocos de cimento em vez de tijolos. Informa-se que as alterações não teriam impacto no preço da obra, que deverá ser iniciada dentro de dias.

1977.07.22 - Resposta do engenheiro-diretor da DUVR, M. Aníbal C. Valente, sugerindo que a CMM recorra “à sua Repartição de Obras ou ao GAT da zona para a resolução de problemas relacionados com o prosseguimento dos trabalhos” e alertando para a necessidade de “limitar ao mínimo indispensável os trabalhos adicionais a considerar”.

1977.08.04 - Parecer do arquiteto do GATAT sobre as propostas do empreiteiro, concordando com a sua maioria, desde que não aumente o preço para o proprietário da obra.

1977.08.18 - Início dos trabalhos.

1977.10.31 - Auto de medição de trabalhos n.º 1, correspondente à importância a liquidar de 580.000$.

1977.12.06 - Auto de medição de trabalhos n.º 1, correspondente à importância a liquidar de 1.407.831$.

1978.03.16 - Auto de medição de trabalhos n.º 2, correspondente à importância a liquidar de 663.198$20.

1978.05.19 - Auto de medição de trabalhos n.º 3, correspondente à importância a liquidar de 200.000$.

1978.07.24 - Pedido de adiamento de prazo para conclusão das obras por José Zeferino Parente Afonso, sediado em Braga, ao presidente da CMM, referindo ter feito “a mais a cave debaixo do palco” e solicitado que lhe seja paga a quantia de 400.000$ até 1978.08.05.

1978.08.01 - A DEVR informa a CMM estar de acordo com a prorrogação de prazo, sem direito a revisão de preços.

1978.09.05 - Auto de medição de trabalhos n.º 3, correspondente à importância a liquidar de 731.007$40.

1978.11.22 - Auto de medição de trabalhos n.º 4, correspondente à importância a liquidar de 341.000$.

1979.03.09 - Comunicação do responsável pela DEVR, M. Aníbal C. Valente (engenheiro civil de 1ª classe), informando que, em visita à obra, se verificou que esta se encontra paralizada há mais de meio ano. Solicita-se que a CMM promova “o reinício dos trabalhos a fim de evitar possíveis problemas na respectiva comparticipação”.

1979.11.12 - A CMM solicita ao GATAT que efetue um estudo sobre o mobiliário a adquirir para o Centro Social de Vilar de Perdizes.

1980.01.09 - O diretor do GATAT remete à CMM o estudo do mobiliário a adquirir. Este estudo é composto por uma memória descritiva e desenhos do edifício com a disposição do mobiliário, assinados pelo arquiteto José João da Silva Castro Ferreira.

1980.03.31 - Carta da empresa adjudicatária à CMM, informando que a obra se encontra pronta a ser recebida a partir de 1980.04.09. Refere-se que o edifício já está parcialmente em funcionamento, estando lá instalados serviços de consulta médica desde 1979 e sendo cedido o salão “para qualquer festa, espectáculo e casamentos que para tal efeito tem sido pedido”.

1980.04.21 - Carta do presidente da CMM, José António Carvalho de Moura, com a qual se remete uma memória “descrevendo o mobiliário que se torna necessário para o Centro Social de Vilar de Perdizes”, e com a designação “Pedido de propostas de fornecimento de material, em nome da Associação Cultural e Recreativa de Vilar de Perdizes - Secção dos autores do Auto da Paixão - Vilar de Perdizes -“.

1980.07.03 - Comunicação do fiscal de Obras Públicas Principal, António Amorim Soares, em papel timbrado da DEVR ao presidente da CMM, informando que em vistoria completa à obra se observou um conjunto de “faltas e deficiências [que] deverão ser corrigidas no mais curto espaço de tempo, pois que esta obra já está fora dos prazos estabelecidos”.

O auto de vistoria é enviado pelo presidente da CMM, José António Carvalho de Moura, ao Sr. João, encarregado da obra do Centro Social e Vilar de Perdizes, sediado em Braga, em 1980.07.16.

1980.10.29 - Comunicação da empresa adjudicatária à CMM, com a qual se remete “a revisão de preços dos trabalhos documentados pelos autos nº 1, 2 e 3, cujo valor importa em 252.805$”, assinada por Marília Alves da Silva Afonso e Maria de Lurdes da Silva Afonso.

1980.12.05 - Auto de medição de trabalhos n.º 4, correspondente à importância a liquidar de 303.38$80.

1981.01.09 - Parecer do GATAT sobre o estudo de revisão de preços apresentado pelo adjudicatário da obra, assinado pelo engenheiro civil António Sousa Alves e o engenheiro-diretor Luís António Teixeira Coutinho. Indica-se que a CMM deve “proceder ao pagamento da importância de 232.110$”.

O parecer é remetido à “viúva de José Zeferino Parente Afonso” pela CMM.

Para citar este trabajo:

Arquitectura Aqui (2024) Centro Social de Vilar de Perdizes. Accedido en 22/11/2024, en https://arquitecturaaqui.eu/es/documentacion/expedientes/18789/centro-social-de-vilar-de-perdizes

Este trabajo ha sido financiado por European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) y por fondos nacionales portugueses por intermedio de FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., en el contexto del proyecto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).