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Quartel dos Bombeiros Voluntários, Miranda do Douro

6 volumes, em capas pretas com diferentes rótulos, contendo peças escritas e desenhadas de diferentes projetos de arquitetura, todos desenvolvidos pelo arquiteto Carlos A. C. Garcia para a Câmara Municipal de Miranda do Douro, entre 1968 e 1979.

Si tiene alguna memoria o información relacionada con este registro, por favor envíenos su contributo.

Identificación

Archivo / Biblioteca
Tipo de Expediente
Proyecto de ArquitecturaTipo de Expediente
Designación del Expediente
Quartel dos Bombeiros Voluntários, Miranda do Douro
Años Inicio-Final
1968-1979

Análisis

Primera Fecha Registrada Expediente
1968.06
Última Fecha Registrada Expediente
1979.09.15
Proyecto de Arquitectura (Autoría)
Síntesis de Lectura

1968.06 - Memória descritiva do arquiteto Carlos A. C. Garcia. Começa por descrever a necessidade de um quartel de bombeiros, referindo a “intranquilidade dos seus habitantes motivada pela falta deste órgão”, já que “nesta localidade [é] usada em certa abundância a combustão de lenhas, e (…) a quase totalidade das casas têm na sua construção o emprego de tetos e soalhos de madeira”. A isto, acrescenta-se um problema da “época actual, (…) a necessidade de prestação de socorros ao automobilismo”.

Quanto à localização e aspeto funcional, refere-se que o Quartel se deverá implantar nos terrenos do antigo Convento, “em virtude das imensas dificuldades surgidas para a aquisição de um terreno” pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Miranda do Douro (AHBVMD), pois considera-se o terreno de difícil acesso e pequenas dimensões. Considerando estas condicionantes, o projeto define “um largo em frente ao parque de viaturas, para obter melhores condições à inscrição do raio de viragem dos carros no arruamento”. O Quartel inclui um “corpo lateral para sala polivalente que podemos transformar em biblioteca e sala de leitura, sala de aulas, sala de troféus, exposições, conferência ou mesmo para arrecadação de material”.

Em termos plásticos, procurou-se “que tudo fosse resolvido em função dos condicionamentos existentes evidenciando simplicidade na concepção”.

Peças desenhadas com rótulo do arquiteto, sem plantas do projeto. Aparência exterior em cantaria de pedra, mas diferente do projeto de agosto de 1968.

 

1968.08.05 - Carta do arquiteto Carlos A. C. Garcia ao presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, com a qual remete dois exemplares do anteprojeto do Quartel da AHBVMD.

Peças desenhadas com rótulo do arquiteto, de 1968.07. Não correspondem ao quartel existente, representando um projeto localizado em terreno intra-muros, junto ao Quartel da Guarda Nacional Republicana (GNR). Programa desenvolve-se num edifício em L, com expressão exterior em cantaria de pedra. As peças escritas são acompanhadas por fotografias do terreno. Não contém memória descritiva.

 

1972.09 - Memória descritiva e justificativa, assinada pelo arquiteto Carlos A. C. Garcia, referente ao Quartel da AHBVMD, “que a Câmara Municipal pretende mandar construir num terreno situado junto à Rua da Terronha”. Refere-se que a descrição do quartel foi efetuada na memória que acompanhou o ante-projeto inicial. Esta memória descreve um novo estudo, que mantém “as características e programa do estudo já aprovado pela Direcção de Urbanização do Distrito de Bragança e com parecer favorável da Inspecção do SI da zona Norte”.

Descrevem-se as características construtivas: o edifício terá uma estrutura de betão armado, com panos de enchimento e divisórias em alvenaria de tijolo; o pavimento do rés-do-chão será em massame de betão sob enrocamento de pedra, “revestido a mosaico hidráulico, mosaico cerâmico ou soalho à portuguesa”; a cobertura em “esteira de betão com ripado cerâmico, destinada a receber telha patinada tipo ‘Romana’”; utilizar-se-á tinta plástica branca no exterior, reboco no interior, lambris de azulejo nos sanitários e cozinhas; as carpintarias serão em madeira de castanho e a serralharia em perfis de ferro.

O projeto mantém uma organização funcional, volumetria e aparência exterior semelhante ao de agosto de 1968, alterando-se apenas o terreno para implantação.

 

1977.04 - Memória descritiva e justificativa, assinada pelo arquiteto Carlos A. C. Garcia, relativo a aditamento ao projeto do Quartel da AHBVMD, em satisfação das recomendações recebidas da Direção de Urbanização de Bragança (DUB) e da Inspeção dos Serviços de Incêndios (ISI).

O projeto resultante tem uma organização interna semelhante ao projeto de setembro de 1972, mas uma aparência exterior significativamente diferente.

1978.02 - Memória descritiva e justificativa, assinada pelo arquiteto Carlos A. C. Garcia, relativo ao projeto do Quartel da AHBVMD, que a CMMD “pretende mandar construir num terreno situado junto às Portas da Cidade”. Começa-se por referir que “os Bombeiros Voluntários, como organização, representava um íntima união do elemento humano, onde o egoísmo é ignorado e onde não só o amor ao próximo é aumentado, como a inteligência, no encaminhamento de uma maior compreensão e harmonia”. Tal é demonstrado pelo “interesse de toda a população de Miranda do Douro”. Assim, o “projecto traduz a vontade da população, que tudo tem feito para ter o seu Quartel”.

O programa foi definido de acordo com “as condições a considerar na construção de edifícios destinados a quartéis do Corpo de Comceiros, da Direcção-Geral da Administração Local”. Inclui zona de material, do pessoal, de serviços, casa escola, parada, residência do permanente e uma parte associativa, com administração e direção e núcleo social.

Quanto ao partido adotado e ao aspeto funcional, refere-se que se organizou o Quartel em dois pisos, “destinando-se o 2º piso à parte associativa, com entrada independente”. Preveem-se dois parques para viaturas, com capacidade para 6 e 4 viaturas, localizados “de forma a que a entrada e saída das viaturas se efectuasse sem dificuldade e ao mesmo tempo que estas tivessem acesso à Parada”.

Quanto às características construtivas, indica-se que a estrutura será em botão descofrado, os pavimentos em massame de betão, as paredes interiores em alvenaria de tijolo e rebocadas, a cobertura com placa de betão armado que servirá de teto, com “acabamento superior em mosaico cerâmico Klinker, servindo de terraço e zona de convívio da população”.

O orçamento estima-se em 9.861.950$.

As peças desenhadas não permitem identificar a localização exata deste projeto. O edifício desenvolve-se num só bloco, com expressão marcada de estrutura de betão e grandes vãos.

 

1979.09.15 - Auto de Consignação de Trabalhos da empreitada de “Obra de construção do Quartel dos Bombeiros Voluntários de Miranda do Douro”, à empresa “Transnorte - Sociedade de Construções do Planalto, Lda.

Para citar este trabajo:

Arquitectura Aqui (2024) Quartel dos Bombeiros Voluntários, Miranda do Douro. Accedido en 10/11/2024, en https://arquitecturaaqui.eu/es/documentacion/expedientes/19613/quartel-dos-bombeiros-voluntarios-miranda-do-douro

Este trabajo ha sido financiado por European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) y por fondos nacionales portugueses por intermedio de FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., en el contexto del proyecto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).