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Armazém de Batata de Montalegre - Projecto de Construção

Processo com dois volumes em pastas originais da Junta Nacional das Frutas, armazenamento de batata, plano de construções, dizendo respeito a dois projetos para Armazéns de Batatas no concelho de Montalegre.

Na capa do volume 1 lê-se XII - Armazém de Batata de Montalegre, projeto de construção, Lisboa, outubro 1964, engenheiros César de brito, Sanfins Guerra, Duarte Amaral. Contém desenhos do projeto de construção civil de 1964, pormenores de construção, memória descritiva e justificativa.

Na capa do volume 2 lê-se Armazém de Conservação de Batata de Montalegre e Posto de Transformação, 1º vol., engenheiros César de Brito, Sanfins Guerra. Contém desenhos do projeto de construção civil de 1974, memória descritiva e justificativa, para um Armazém em Barracão.

Si tiene alguna memoria o información relacionada con este registro, por favor envíenos su contributo.

Identificación

Tipo de Expediente
Proyecto de ArquitecturaTipo de Expediente
Projeto de EstabilidadeTipo de Expediente
Designación del Expediente
Armazém de Batata de Montalegre - Projecto de Construção
Años Inicio-Final
1964-1974

Análisis

Primera Fecha Registrada Expediente
1964.09
Última Fecha Registrada Expediente
1974.12
Promotor
Intervención / Apreciación
César de Brito Engenheiro 19641974Persona
Sanfins Guerra Engenheiro 19641974Persona
Duarte Amaral Engenheiro 1964Persona
Síntesis de Lectura

1964.09 - Memória descritiva e justificativa do “projecto de construção de um armazém para conservação de batata, na Estrada Montalegre-Meixedo”, em terreno da Junta Nacional das Frutas (JNF), com assinatura ilegível.

O edifício projetado tem como fim a conservação da batata, “quer de consumo quer de semente”, até 8 meses, tendo em consideração a temperatura do ar, a humidade e a necessária ausência de luz, seguindo a “orientação dada à do Estudo para o Projecto-Tipo e aos posteriores Projectos de Armazéns de Conservação, nesta data em fase de construção”.

Refere-se que a temperatura conveniente (de 4º para batata de consumo e 1 a 2º para a de semente) “será alcançada quer com o recurso ao ar frio exterior, sempre que a temperatura deste o permita, quer com recurso ao frio artificial”. Este ar frio deveria circular “através das batatas”, conforme “previsto no projecto do armazém-tipo, abandonando-se portanto o sistema de circulação envolvente ensaiado nos primeiros armazéns construídos no País”.

A memória descreve que cada armazém possuirá 16 tulhas, ao longo de um corredor central para carga, descarga e escolha da batata, com uma capacidade total de 694 toneladas. Cada tulha será isolada, preferencialmente por cortiça.

Na construção do edifício, utilizar-se-ia pedra da região, “aproveitando-se o granito rijo para obter o aspecto rústico nas fachadas, ficando à vista com junta tomada e queimada”. O armazém teria cobertura de telha tipo “Maselha”, “apoiada em ripa e laje de betão, aligeirada, realizada com elementos pré-fabricados e material cerâmico” com estrutura “resistente de suporte em betão armado ou pré-esforçado”. Nas zonas de escritórios e anexos, as coberturas seriam em laje plana de betão. Os caixilhos seriam em betão, pré-fabricados, ou metálicos. Os pavimentos em betonilha de cimento, excetuando no escritório, onde seria em mosaico hidráulico. As portas seriam metálicas.

Em termos funcionais, o edifício compreenderá uma zona de receção e controlo, uma zona de serviço do comando elétrico e um armazém. A implantação do edifício é feita de forma a permitir a construção “posterior de mais duas unidades idênticas”.

 

1974.12 - A memória descritiva e justificativa do novo projeto começa por explicar que o projeto difere do Projeto-Tipo até então executado, já que, “além das Câmaras de Conservação de batata ou tulhas, de tipo e características geométricas e físicas idênticas às anteriormente consideradas, existe nesta concepção u,a Sala de Escolha, bastante ampla, situada à entrado do Armazém e permitindo o manuseamento, escolha ou calibragem da batata de consumo ou semente a conservar”. Para além disso, aumentou-se também a zona de escritório e à parte social, “onde se inclui uma pequena cozinha (…) e um amplo refeitório”, o que se justifica “dado que o volume de batata a conservar é duplo dos anteriores armazéns, pelo que o pessoal a utilizar é em maior número e se encontra deslocado dado o isolamento do local da construção, distanciado algumas centenas de metros de um aglomerado habitacional, no caso o lugar do Barracão”.

O edifício será implantado num lote de terreno da Junta Nacional das Frutas, a cerca de 200 metros da povoação de Barracão. Funcionalmente, o edifício compreende uma sala de receção, escolha e controlo, zona de instalações eletro-mecânicas, zona administrativa, zona de sanitários, área social em piso elevado. O armazém é constituído por uma sala de receção e controlo, de onde “saem dois corredores de acesso às 32 tulhas de conservação”, com uma capacidade total de 1450 toneladas.

Neste projeto, abandona-se “o recurso ao frio natural, do exterior, dada a insegurança nas “épocas de recolha da batata - Setembro, Outubro - em o obter.” O isolamento é garantido “por aglomerado negro de cortiça, de fabrico nacional, de 1ª escolha, coladas a quente”.

Em termos construtivos, o edifício tem “estrutura de betão armado com painéis preenchidos por betão ou alvenaria de tijolo”, telha tipo “Marselha”, apoiada #em viga e laje de betão, aligeirada, realizada com elementos pré-fabricados. Os acabamentos serão “de tipo industrial com rebocos afagados e caiados a branco ou com cor a escolher”, caixilhos em betão ou metálicos, pavimentos em betonilha de cimento, portas metálicas.

Para citar este trabajo:

Arquitectura Aqui (2024) Armazém de Batata de Montalegre - Projecto de Construção. Accedido en 22/11/2024, en https://arquitecturaaqui.eu/es/documentacion/expedientes/26251/armazem-de-batata-de-montalegre-projecto-de-construcao

Este trabajo ha sido financiado por European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) y por fondos nacionales portugueses por intermedio de FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., en el contexto del proyecto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).