Comissão Administrativa das Obras da Caixa Geral de Depósitos Crédito e Previdência. Abrantes
Processo em pasta azul da Comissão Administrativa das Obras da CGDCP, onde foi colado um papel com a localização “Abrantes”.
Contém peças escritas e desenhadas do projeto de arquitetura original e do projeto alterado.
Identificación
Outra documentação no arquivo da Direção-Geral do Património Cultural, Arquivos e Coleções Documentais da Ex-DGEMN:
PT DGEMN:DSARH-003/001-0012/04 - 1953-1955 - "Caixa Geral de Depósitos de Abrantes. Aquisição de Terrenos. Expropriações"
PT DGEMN:DSARH-003/001-0012/05 - 1953-1959 - "Caixa Geral de Depósitos de Abrantes. Administração e fiscalização.
PT DGEMN:DSARH-003/001-0012/07 - 1956 - "Comissão Administrativa da Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência. Abrantes. Peças escritas"
PT DGEMN:REE-0195/12 - 1956-1957 - "Caixa Geral de Depósitos de Abrantes"
PT DGEMN:DSARH-003/001-0012/01 - 1956-1960 - "Caixa Geral de Depósitos de Abrantes. Construção do novo edifício"
PT DGEMN:DSPI-0899/4 - "Comissão Administrativa das Obras da CGD Crédito e Previdência. Abrantes, anteprojecto"
PT DGEMN:DSARH-003/001-0011/20 - 1955 - "Caixa Geral de Depósitos de Abrantes. Diversos trabalhos de conservação"
Análisis
1956.06 - Memória descritiva do projeto para o novo edifício da Caixa Geral de Depósitos (CGD) de Abrantes, “elaborado de acordo com o programa respectivo e as indicações fornecidas pela Comissão Administrativa das Obras da Caixa Geral de Depósitos” (CAOCGD).
Relativamente à localização, refere-se que o edifício se situa “na zona de mais importante comércio e onde estão instaladas Agências de vários Bancos”, tendo os alinhamentos sido fornecidos pela Câmara Municipal de Abrantes (CMA).
Em termos de organização funcional, a memória refere que o edifício é constituído por 3 pisos, sendo o 1.º correspondente aos Serviços da CGD (sala de expediente, gabinete do gerente, arquivo, casa-forte, sanitários e vestiário) e os restantes à habitação do gerente. O programa da habitação divide-se entre um primeiro andar, com “as salas e zona de serviço”, e um segundo, com quartos e casa de banho. Esta tem dois acessos: a escada principal e uma de serviço para o logradouro.
Quanto ao aspeto dos alçados, refere-se a intenção de “dar ao edifício uma certa unidade e ao mesmo tempo dar-lhe expressão actual e sobriedade que traduzisse a dignidade dos serviços”. Na fachada principal “predominam os elementos horizontais”, que contrariam a altura do edifício, e esta é “enquadrada por paramentos laterais forrados de cantaria (…) acentuando o seu carácter e importância”. Refere-se ainda que “os vãos dos Serviços serão protegidos com grades de ferro, as quais têm grande importância na fachada principal”. Descreve-se o corpo da escapa, como elemento de transição entre diferentes alinhamentos, que “é dominado por um grande janelão a toda a altura, com grelhagem que constituirá um elemento de valorização da fachada”.
Quanto à construção, refere-se que será “do tipo corrente em edifício deste tipo”, com paredes exteriores de alvenaria e interiores de tijolo, pavimentos, escadas, vigas e pilares em betão armado e cobertura em telha sobre estrutura de madeira.
Estima-se um orçamento total de 746.021$00.
1956.08.14 - Memória descritiva das alterações introduzidas ao projeto após parecer onde “se fazem alguns reparos quanto à composição dos alçados, nomeadamente à do alçado principal, que se considera de proporções pouco correctas”.
A memória começa por enquadrar as escolhas tomadas no projeto, referindo que o anteprojeto inicialmente aprovado era relativo a um edifício com dois pisos, tendo sido alterado para três pisos “a fim de satisfazer a cércea indicada, nessa altura, pela Câmara Municipal”. Disto resultou que o edifício ganhasse “uma altura apreciável em relação à extensão da sua fachada principal (…) que se pretendeu contrariar criando elementos horizontais, dominantes na composição”. Refere-se “a falta de sobriedade invocada no parecer” e esclarece-se que se pretendeu “ligar por diversos meios as duas partes em que se divide o edifício”.
Quanto à nova proposta, refere-se que “os novos alçados correspondem em volume e em estrutura aos anteriores”, tendo-se partido de uma “simplificação geral (…) corrigindo-se tanto quanto possível as suas proporções, pela adopção dum maior domínio de linhas e elementos horizontais”. Adicionaram-se à fachada principal “elementos em betão, balançados e coroando os vãos dos andares, para protecção solar dos respectivos compartimentos”. Alterou-se a cobertura, sendo o edifício agora “coberto por duas lajes”.
Estima-se um orçamento total de 734.530$00.
Para citar este trabajo:
Arquitectura Aqui (2024) Comissão Administrativa das Obras da Caixa Geral de Depósitos Crédito e Previdência. Abrantes. Accedido en 22/11/2024, en https://arquitecturaaqui.eu/es/documentacion/expedientes/32627/comissao-administrativa-das-obras-da-caixa-geral-de-depositos-credito-e-previdencia-abrantes