Projecto do Edifício dos CTT
Pasta cinza com documentação textual e gráfica referente ao projeto de construção do edifício dos CTT de Penamacor.
Identificación
Análisis
S.d. [1955?]: Memória descritiva “de aplicação geral a todos os edifícios destinados às pequenas estações provinciais dos CTT”, adaptável, cujo cabeçalho elucida tratar-se de um estudo da Repartição dos Serviços de Edifícios e Mobiliário da Administração Geral dos Correios, Telégrafos e Telefones (Ministério das Comunicações). Geralmente, trata-se de edifícios de dois pisos, com estação telégrafo-postal no r/c e a residência do chefe da estação no 1.º piso, sendo possível alteração para que parte dos serviços ocupe o 1.º piso. Especificam-se os métodos e materiais de construção (paredes exteriores em alvenaria hidráulica de pedra da região ou alvenaria de tijolo, cobertura em telha de canudo tipo Luso, carpintarias de madeira de pinho, etc.). Serão incluídos anexos no logradouro: lavadouro, galinheiro, retiro para aves. “Em tudo o que esta memória for omissa, ter-se-á em atenção os regulamentos em vigor e as instruções dadas pela fiscalização dos CTT” (p. 4). Em anexo, há um documento com discriminação dos acabamentos a aplicar no edifício para reinstalação dos CTT, nas diversas dependências (serviços: sala do público, sala dos serviços, arquivo, instalações sanitárias, automático, baterias, depósito de material; residência: entrada, sala de jantar e quartos, cozinha, casa de banho, dispensa). Está acompanhada de duas peças desenhadas, respetivamente plantas e alçados do anteprojeto CTF tipo A e tipo B (esta com a data de novembro de 1955). O postos CTF correspondiam a postos de correio (PC), postos telegráficos (PT) e postos telefónicos (PT) "sempre que funcionem simultaneamente a cargo do mesmo encarregado" (Decreto n.º 29801, art.º 1.º, Diário do Governo, I série, 2 de agosto de 1939).
1964.05.11: Planta de localização do terreno proposto para implantação do edifício dos CTT de Penamacor, junto à EN233 na direção de Castelo Branco.
1971.05.09: Memória descritiva e justificativa do projeto de construção do edifício dos CTT de Penamacor, assinada pelo arquiteto João Bernardes de Miranda. Teve em conta as observações feitas ao anteprojeto de 12 de dezembro de 1970. O parecer recomendava “valorização plástica das fachadas especialmente no tocante a guarnecimento de vãos, e judiciosa escolha de cores” (p.2). Nesta memória não se repetem aspetos já abordados nos documentos anteriores, como a solução adotada para o partido arquitetónico. Deve também ser deixado terreno para construir um futuro bloco telefónico, pelo que se reservou o espaço a poente que será libertado pela demolição do prédio existente. A obra confina com a estrada nacional n.º 233 pelo norte, e a câmara municipal não prevê condicionamentos urbanísticos para a zona. Prevê-se a regularização do terreno escalonado para criar duas plataformas e planeia-se um murete de suporte na faixa posterior. São identificados os arranjos exteriores adicionais: nivelamento do terreno, execução de pequenas escadas rústicas ligando os terraplenos do logradouro, construção da capoeira, regularização do muro de vedação contíguo à estrada. Trata-se de uma das peças escritas do projeto, que também engloba o programa no qual se identifica o mobiliário necessário para casa dependência.
Está acompanhada de desenhos de arquitetura – plantas, alçados, cortes e uma perspetiva - com menção à Delegação dos Edifícios para os Serviços dos CTT (MOP/DGEMN). Os desenhos evidenciam que o conjunto tem dois pisos e cave no corpo destinado à residência, onde se prevê depósito de material, arquivo, arrecadação, arrumos para material de limpeza, sanitários do pessoal menor e vestiários com sanitários do pessoal maior. O corpo da residência, de planta quadrada, possui uma varanda no alçado sul, adjacente a dois quartos e à sala de jantar e estar; um corredor separa essas instalações do quarto de casal, casa de banho, cozinha com acesso a lavadouro, arrecadação e despensa. A entrada para o edifício dos serviços é feito através de um pátio, pela lateral do corpo de planta retangular; entra-se diretamente na sala do público, que confina com sala para apartados e depósito. Essa sala de atendimento tem acesso à sala de serviços que ocupa a superfície restante do piso térreo. Os dois corpos estão ligados através do corpo central envidraçado que alberga as escadas.
1972.01.20: Resumo dos orçamentos, assinado pelo arquiteto João Bernardes de Miranda, ascendendo ao total de 1.380.000$00.
1974.10.19: Ofício do engenheiro Mário de Sousa Carneiro, da Direção dos Serviços de Edifícios dos CTT, indicando ao Presidente da CMP que o projeto do edifício terá de ser retificado consoante novas necessidades, “esperando-se, no entanto, que a adjudicação da obra tenha lugar no princípio do próximo ano”.
Para citar este trabajo:
Arquitectura Aqui (2024) Projecto do Edifício dos CTT. Accedido en 22/11/2024, en https://arquitecturaaqui.eu/es/documentacion/expedientes/36622/projecto-do-edificio-dos-ctt