Buscar por

Objeto

Agentes

Actividades

Documentación

Construção de Bancadas, Vedação e Beneficiação do Campo de Jogos do Sport Club Vianense

Três volumes, em pastas originais da Direção-Geral dos Serviços de Urbanização - Melhoramentos Urbanos, onde se registou o número do processo 161/MU/47, a localização dos distrito e concelho de Viana do Castelo, a entidade Sport Clube Vianense e as diferentes designações da obra: no primeiro volume, “Construção de Bancadas, Vedação e Beneficiação do Campo de Jogos do Sport Club Vianense”; no segundo volume, “Construção de Bancadas e Beneficiação do Campo de Jogos do Sport Club Vianense (Piscina)”; no terceiro volume, “Construção de Bancadas e Beneficiação no Campo de Jogos do Sport Club Vianense”.

Si tiene alguna memoria o información relacionada con este registro, por favor envíenos su contributo.

Identificación

Archivo / Biblioteca
Tipo de Expediente
Designación del Expediente
Construção de Bancadas, Vedação e Beneficiação do Campo de Jogos do Sport Club Vianense
Años Inicio-Final
1950-1978
Ubicación Referida
Viana do CasteloDistrito Histórico (PT)
Signatura Inicial
Processo n.º 161/MU/47
Produtor del Expediente

Análisis

Primera Fecha Registrada Expediente
1950.06.01
Última Fecha Registrada Expediente
1978.11.08
Entidad Peticionaria / Beneficiaria
Proyecto de Arquitectura (Autoría)
José Manuel Pinto de Oliveira Martins Arquiteto GATVL 1978Persona
Intervención / Apreciación
José Gonçalves de Araújo Novo Presidente CMVC 1950Persona
José Manuel Oliveira Valença Diretor DGSU/DUDVC 1951Persona
José Teiga Mano Agente Técnico Engenharia DGSU/DUDVC 1951Persona
João Paulo Nazareth de Oliveira Diretor DGSU/DSMU 1952Persona
Manuel de Sá Carneiro Engeheiro Civil DUDVC 1955Persona
José Teiga Mano Agente Técnico Engenharia DGSU/DUDVC 1956Persona
Luís Coelho Borges Arquiteto DGSU 1958Persona
João José Lourenço de Azevedo Engenheiro Civil DGSU 1958Persona
António Gomez Egea Arquiteto DGSU 1961Persona
Alfredo Macedo dos Santos Diretor DGSU 1963Persona
José do Lago Arrais Torres de Magalhães Engenheiro Civil | Diretor DGSU/DUDVC | Diretor DGERU/DEVC 1972 | 1974 | 1978Persona
Decisión Política
Rui Alves da Silva Sanches Ministro Obras Públicas 1973Persona
António Alves da Cunha Presidente CMVC 1978Persona
Síntesis de Lectura

1950.06.01 - Pedido de comparticipação pela direção do Sport Club Vianense ao Ministro das Obras Públicas, para obras de beneficiação no Campo de Jogos Dr. José de Matos, com a qual se remete o projeto respetivo.

A memória descritiva, datada de 1950.05.30, começa por descrever como o “desporto, absorvendo a vida activa dos povos, marca uma posição nítida de progresso e para o qual as Terras e suas gentes não se podem conservar indiferentes (…) e por este motivo o Estado o acarinhou, reorganizado a vida desportiva com a criação da Direcção Geral dos Desportos”. De seguida, refere o Sport Clube Vianense, que, “com 51 anos de existência, tem sabido, à custa do bairrismo e sacrifícios dos seus adeptos, manter-se orgulhosamente para glória da cidade de Viana do Castelo”, já que não tem recebido apoio da Câmara Municipal. Informa-se que tem conservado, “além do desporto-rei, outras actividades desportivas: ciclismo, ténis, tiro, atletismo, natação, baskett”.

[Em falta a página que descreve o projeto, percebendo-se apenas que se pretende construir uma vedação, instalações sanitárias e de bufete.]

O orçamento estima-se em 82.019$00.

1950.06.05 - Ofício da Câmara Municipal de Viana do Castelo (CMVC), endereçado ao Ministro das Obras Públicas, apelando à comparticipação da obra, no qual descreve o clube como “uma instituição de utilidade pública, que com tanto carinho se entrega à Causa Desportiva - circunstância esta que lhe dá jus à simpatia de todos os Vianenses”.

Na mesma data, o presidente da CMVC, José Gonçalves de Araújo Novo, remete o projeto e pedido de comparticipação à Direção de Urbanização do Distrito de Viana do Castelo da Direção-Geral dos Serviços de Urbanização (DGSU/DUDVC).

1951.03.03 - A Direção-Geral da Educação Física, Desportos e Saúde (DGEFDS) devolve à DGSU o projecto de “Construção de bancadas, vedação e beneficiação do Campo de Jogos do Sport Club Vianense”, informando não ter objeções a apresentar.

1951.07.19 - Comunicação da DGSU ao Comissário do Desemprego de que o Ministro das Obras Públicas aprovou a comparticipação de em 27.600$00 pelo Fundo do Desemprego do projeto do Sport Club Vianense.

No mesmo dia, o engenheiro diretor da DUDVC, José Manuel de Oliveira Valença, informa a Direção do Sport Club do mesmo.

1951.08.29 - Pedido de autorização para realizar os trabalhos por administração direta, da Direção do Sport Club Vianense à DUDVC, explicando que conta “com a oferta de materiais, transportes, etc., por parte dos associados do Clube”, e que tais “benefícios não podem ser convenientemente aproveitados se a obra for executada no regime de empreitada”.

1951.08.30 - Informação sobre o pedido do Sport Club, assinado pelo agente técnico de engenharia da DUDVC, José Teiga Mano, na qual se indica “não haver inconveniente de maior no seu deferimento”.

1951.09.07 - A Repartição de Melhoramento Urbanos (DGSU/RMU) informa a DUDVC que foi autorizada a execução da obra por administração direta.

1951.09.08 - A Direção do Sport Club informa a DUDVC de que irá começar as obras a 1951.09.10.

1951.09.21 - Auto de medição de trabalhos n.º 1, correspondente a 24.289$28, podendo ser paga a importância de 6.558$10.

1951.10.15 - A DUDVC contacta a direção do Sport Club após visita à obra, por ter verificado “não só que os trabalhos estão a decorrer muito morosamente mas também que o muro em construção está a ser executado pessimamente, sobretudo no que respeita ao paramento interior”.

1951.10.16 - Auto de medição de trabalhos n.º 2, correspondente a 26.607$78, podendo ser paga a importância de 4.484$10.

1951.11.20 - Auto de medição de trabalhos n.º 3, correspondente à importância a liquidar de 5.794$30.

1952.01.31 - Proposta de comparticipação, assinado pelo engenheiro técnico de engenharia civil da DUDVC, José Teiga Mano. Explica-se que o projeto foi alterado após a sua comparticipação, “por se verificar que as instalações previstas eram insuficientes para o futuro”, tendo-se regularizado o terreno, ampliado o bufete, remodelado as instalações sanitárias e arranjado a entrada do Campo de Jogos. Estes trabalhos, praticamente concluídos, resultaram num aumento do orçamento em 62.666$67. Solicita-se, assim, uma comparticipação de 30%, 18.000$00.

1952.02.26 - Auto de medição de trabalhos n.º 5, correspondente à importância a liquidar de 5.703$00.

1952.03.17 - A DGSU informa o Comissário do Desemprego de que o Ministro das Obras Públicas aprovou o pedido de comparticipação.

1952.05.19 - Auto de medição de trabalhos n.º 6, correspondente à importância a liquidar de 5.512$50.

1952.07.09 - Auto de medição de trabalhos n.º 7, correspondente à importância a liquidar de 8.570$20.

1952.07.10 - Exposição do Sport Club Vianense ao presidente do conselho, onde se informa da pretensão de realizar mais obras de beneficiação no Campo de Jogos, “que o possam converter num verdadeiro Estádio, para servir a Cidade a que pertence, e a Nação”. Assim, “sabedores do seu espírito inteligente, compreensivo e justo”, a direção solicita ao presidente do conselho “o auxílio material indispensável para a efectivação daquelas obras”, estimadas em 250.000$00. A direção espera que, “dentro do espírito de renovação e ressurgimento, e bem assim, de apoio às legítimas aspirações das colectividades desportivas, que tem animado a Revolução Nacional, seja possível [o auxílio material], dum modo decisivo a transformar em realidade este projecto, sonho que acarinhamos, certo do benefício que representa para Viana, para o Desporto e para Portugal”.

1952.08.05 - Informação do diretor da DUDVC, José Manuel de Oliveira Valença, sobre o pedido de comparticipação do Sport Club Vianense. Indica-se que o Campo de Jogos “pode vir a tornar-se o melhor campo da Província - excluindo o Estádio 28 de Maio em Braga - se forem levadas a efeito algumas obras de beneficiação e construção de que muito necessita”, especificamente a construção de campos destinados a modalidades para além do futebol e beneficiação das instalações existentes. Explica-se que com as obras constantes do novo anteprojeto, “é possível transformar o actual campo num pequeno Estádio”. Considera-se que alguns valores da estimativa parecem demasiado altos e outros insuficientes, mas julga-se a obra de comparticipar, “contribuindo-se assim, não só para o engrandecimento da colectividade, mas sobretudo ‘para servir melhor a cidade de Viana do Castelo, o Desporto e a Nação'”.

1958.08.26 - Auto de medição de trabalhos n.º 8, correspondente à importância de 4.717$30, com o qual se liquidam todos os trabalhos.

1952.09.25 - Auto de Vistoria Geral, assinado pelo diretor da DUDVC e por Eduardo Passos Viana Correia Guedes, como delegado da direção do Sport Club Vianense.

1952.11.20 - Pedido de assistência técnica à execução do “Projecto da 2ª Fase das Obras no Estádio Dr. José de Matos” à DUDVC, pela direção do Sport Club.

1952.11.27 - A DUDV informa a DGSU de que não vê inconveniente no pedido.

1952.12.15 - A Direção dos Serviços de Melhoramentos Urbanos (DGSU/DSMU), em ofício assinado por J. P. Nazareth de Oliveira, informa não ver inconveniente em que a DUDVC preste assistência técnica, embora a obra não conste do Plano de Melhoramentos Urbanos de 1952/53.

1952.12.30 - A DSMU informa a direção do Sport Club Vianense de que o Ministro das Obras Públicas aprovou o pedido de assistência para a elaboração do projeto da 2.ª fase da obra.

1953.08.12 - A DUDVC remete à Direção de Urbanização do Distrito de Braga (DUDB) um levantamento topográfico destinado à implantação de um ringue de patinagem nas instalações do Sport Club Vianense. Chama-se a atenção para o facto de a implantação ter de ser feita no sentido nascente-poente, “conforme desejo da Entidade e imposição da Federação Portuguesa de Óquei em Patins e Patinagem”. Sugere-se a “utilização da faixa de terreno entre o ringue e a avenida de acesso para a criação de uma bancada com lugares ou camarotes destinados às Entidades, embora esta solução seja indubitavelmente mais dispendiosa”.

1954.09.11 - Proposta de Comparticipação da DUDVC. Indica-se que a construção do ringue se baseia “nos ensinamentos relatados no n.º 11 - Série D.4 da Circular de Fevereiro de 1953 do Laboratório Nacional de Engenharia Civil”. Estima-se o orçamento total em 552.700$.

1954.10 - O diretor dos Serviços de Melhoramentos Urbanos (DGSU/DSMU), J. P. Nazareth de Oliveira, informa o Comissário do Desemprego que foi autorizada a comparticipação de 139.000$00 à Direção do Sport Club Vianense.

1954.11.11 - Informação sobre pedido de execução da obra de “Construção de bancadas, vedação e beneficiação do campo de Jogos” por administração direta, assinada pelo engenheiro diretor da DUDVC. Explica-se que a direção do clube pretende, numa primeira fase da comparticipação concedida, proceder apenas à “beneficiação e conclusão das bancadas e dos anexos do campo de futebol, trabalhos este de momento muito mais urgentes”. A restante parte das obras será executada por empreitada “por se tratar de trabalhos de maior responsabilidade e onde já não se poderá atender à comparticipação dos sócios”.

1954.11.20 - A DGSU autoriza a execução da 1ª fase de trabalhos por administração direta.

1955.03.17 - Auto de medição de trabalhos n.º 1, correspondente à importância a pagar de 3.285$40.

1955.04.01 - Auto de medição de trabalhos n.º 2, correspondente à importância a pagar de 5032$40.

1955.06.06 - Memória descritiva e justificativa da obra de betão armado, assinada pelo engenheiro civil da DUDVC, Manuel de Sá Carneiro.

1955.06.28 - Auto de medição de trabalhos n.º 3, correspondente à importância a pagar de 12.485$80.

1955.10.18 - A DUDVC contacta a direção do Sport Club após ter verificado que os trabalhos se encontram paralisados. Indica-se ainda que os trabalhos “já realizados não foram executados com a perfeição que seria de desejar”, parecendo existir “um certo desinteresse pelo prosseguimento da obra”.

1955.10.26 - Resposta da direção do clube, informando ter pedido orçamentos a vários empreiteiros para a conclusão da obra.

1956.01.12 - Passados dois meses desde a última comunicação, a DUDVC volta a contactar a direção do clube, solicitando que informe se desiste de concluir os trabalhos.

1956.02.25 - Proposta de anulação de redução do valor da comparticipação, por razões de “morosidade na execução dos trabalhos, dado que estão a ser realizados em plena época de futebol”, assinada pelo engenheiro diretor da DUDVC, José Manuel de Oliveira Valença.

1956.03.02 - Ofício da DSMU informando o Comissário do Desemprego de que o prazo da obra foi prorrogado até 1956.09.30, sem pagamento de multa.

1956.06.16 - Auto de medição de trabalhos n.º 4, correspondente à importância a pagar de 4.228$00.

1956.07.09 - Auto de medição de trabalhos n.º 5, correspondente à importância a pagar de 8.680$00.

1956.08.31 - Auto de medição de trabalhos n.º 6, correspondente à importância a pagar de 9.173$00.

1956.10.09 - Relatório de visita de fiscalização, realizada pelo arquiteto Francisco Augusto e o agente técnico de engenharia Teiga Mano, onde informa que “todos os trabalhos, com excepção do ring de patinagem, encontram-se concluídos”, notando-se, no entanto, algumas deficiências.

1956.10.12 - A direção do Sport Club informa a DUDVC de que mandou proceder à reparação das deficiências apontadas e solicita que a Direção mande proceder à vistoria geral.

1956.10.15 - Auto de Vistoria Geral.

1956.01.10 - A direção do Sport Clube, pelo seu presidente Eduardo Correia Guedes, informa a DUDVC de que o Clube não contempla a construção imediata do ringue de patinagem já comparticipado, mas pertende construir uma piscina. Solicita-se transferência da comparticipação.

1956.11.13 - Ofício da direção do Sport Clube Vianense à DUDVC onde informa da sua intenção de construir uma piscina destinada, fundamentalmente, às atividades da escola de natação do clube, mas que poderá vir a ser, também, “a autêntica piscina da cidade”. Solicita-se comparticipação para esta obra.

1958.01.13 - Apreciação do anteprojeto da piscina, assinada pelo arquiteto Luiz Coelho Borges e pelo engenheiro J. J. Lourenço de Azevedo da DGSU. Considera-se que o anteprojeto “está concebido com certa lógica”, indica-se que a capacidade da piscina deve ter as dimensões regulamentares para a prática de competições oficiais e fazem-se algumas notas de ordem funcional. Considera-se que o anteprojeto deve ser revisto.

1958.04 - Memória descritiva relativa a um projeto para a construção de uma piscina para o Sport Clube Vianense em terrenos marginais do rio Lima, “na zona compreendida entre a ponte e a Praça de Touros dentro da orientação de um Plano de Urbanização do local”. A memória refere que a escola de natação do clube funciona “em condições deficientes na doca do Porto de Viana”. O orçamento estima-se em 1.661.080$00.

1958.11.21 - A Direção-Geral dos Serviços de Salubridade, pelo diretor dos Serviços de Salubridade (DGSS/DSS), A. Macedo Santos, solicita à DGSU que informe se a localização “será a melhor em relação à possibilidade de captação duma boa água junto ao rio”, se existe aí grande influência dos esgotos da cidade, e se a localização “obedece a algum estudo urbanístico ou poderá ser feita noutro ponto onde se possa captar água com menos probabilidade de inquinação”.

1960.08.10 - Ofício da DUDVC, endereçado à DSMU, onde se indica que, de acordo com o parecer do arquiteto paisagista Ilídio de Araújo, da DUDVC, encarregado da elaboração do arranjo da zona, a localização não é a mais indicada. Sugere-se nova localização, mantendo-se entre a ponte Eiffel e a praça de touros, de acordo com desenho não presente no processo.

1960.09.07 - A CMVC aprova a nova localização.

1961.02.02 - Informação, assinada pelo engenheiro civil João José Lourenço d’Azevedo e pelo arquiteto A. G. Egea, da DGSU. Informa-se que foram concedidas ao Sport Club Vianense, até 1954, comparticipações que totalizam 212.210$00, dos quais existe um saldo de 105.336$00. Explica-se que, em 1958, em visita a Viana do Castelo, o Ministro “determinou verbalmente que o referido saldo fosse reservado para a execução da Piscina”. Apontam-se elementos em falta do projeto. Propõe-se a aprovação do projeto da Piscina, “condicionado às alterações expressas nas informações da Direcção de Serviços de Salubridade e da Junta Sanitária de Águas”. Indica-se que a 1ª fase da obra, constituída pelos tanques da piscina, a prancha de saltos e a bombagem e tratamento das águas, se estima em 700.000$00, sendo 168.000$00 a comparticipar. Como 105.336$00 já foram concedidos, propõe-se a anotação de 62.664$00. A segunda fase estima-se em 961.000$00, correspondente a uma comparticipação de 192.200$00.

1961.05.08 - O engenheiro diretor da DUDVC, José Manuel de Oliveira Valença, informa o Sport Clube de que a Piscina foi incluída no 1ª Plano Suplementar de Melhoramentos Urbanos para 1961, com 62.000$00 para a primeira fase da obra.

1961.06.19 - Autorização da DGSU para a execução da obra por administração direta.

1961.09.04 - Data de início dos trabalhos, segundo ofício do Sport Clube Vianense de 1961.11.29.

1962.11.08 - O Clube solicita a orientação técnica da DUDVC, após abandono da obra pelo autor do projeto.

1963.04.01 - Informação da DUDVC sobre a 1ª prorrogação automática do prazo da obra.

1963.05.23 - A direção do Sport Clube contacta a DUDVC sobre a paralisação das obras, questionando sobre como proceder para que as obras continuem.

1963.05.31 - A DUDVC solicita que o Clube envie a remodelação do projeto de acordo com um parecer emitido pela Direção-Geral de Desportos (DGD).

1963.08.19 - Informação da DUDVC sobre o pedido de subsídio para conclusão da obra, dirigida ao Ministro das Obras Públicas pelo Sport Clube em 1963.07.26. Informa-se que a obra já foi comparticipada com 361.000$00 (de um orçamento total de 1.661.000$00), sendo o saldo atual de 227.982$30. Indica-se que “os trabalhos se encontram paralisados há meses, por falta total de recursos da Entidade”, tornando a concessão do subsídio possível a conclusão da 1ª fase da obra, que permitirá já a sua utilização.

1963.09.07 - O diretor da DGSU, A. Macedo dos Santos, informa que o Ministro das Obras Públicas autorizou o reforço de 137.000$00 à comparticipação concedida, de forma a “perfazer os 30% estabelecidos para instalações desportivas”.

1964.04.01 - A DUDVC remete à DUDB o estudo dos balneários da Piscina, elaborado nessa Direção, para apreciação e aprovação.

1965.12.14 - O Sport Clube Vianense informa que a conclusão dos trabalhos está “pendente de um estudo de tratamento de águas solicitado à Stal - Sociedade de Estudos e Tratamento de Águas, Ldª., bem como do prometido auxílio do Sr. Subsecretário de Estado da Juventude e Desportos”.

1968.04.09 - A direção do Sport Clube Vianense informa a DUDVC de que “dentro em breve irão recomeçar as obras na piscina desta colectividade”, solicitando que se informa a RMU, “afim que não seja anulado o salto existente”.

1968.11.15 - A RMU questiona o Sport Clube sobre se a obra já foi recomeçada.

1968.12.20 - Resposta do Clube, informando que recomeçará as obras dentro de alguns dias, já que vai beneficiar da venda de uma parcela dos terrenos no seu parque de jogos.

1969.07.21 - Data da portaria que anula o saldo de 158.506$00 existente na comparticipação concedida para a obra.

1972.08.01 - Ofício da DSMU sobre a situação do processo. Começa por se informar que foram concedidas diversas comparticipação ao Sport Clube Vianense, que totalizaram 309.367$10. Refere-se que os “trabalhos de beneficiação das instalações paralizaram em fins de 1968 e o processo não teve outro andamento que não fosse a anulação em 1969 do saldo ainda existente”. A DSMU recebeu uma memória descritiva de 1972.07.05, onde se refere que se pretende executar uma ampliação da bancada, o que constitui uma 1ª. Fase de novas obras a executar, com um orçamento de 550.000$00. O Clube solicita comparticipação do Estado.

A memória descritiva, sem assinatura, começa por referir que o Clube volta “de novo ao lugar cimeiro do futebol distrital, o que motivou uma total adesão da população citadina, implicando com um benéfico aumento do número de associados”. Não dispondo de bancadas em dimensão suficiente para todos os pedidos de inscrição, os corpos diretivos do Clube mandaram elaborar um projeto de ampliação da bancada, criando 5 camarotes, alterando a posição da escadaria, criando um banco a todo o comprimento da bancada lateral, construindo dois troços de bancada a norte e sul da existente.

1972.08.22 - Proposta de Comparticipação, assinada pelo engenheiro civil da DUDVC, José do Lago Arrais V. De Magalhães. Informa-se que o Ministro das Obras Públicas, Rui Sanches, deliberou que a obra fosse comparticipada em 50% mediante aprovação do projeto. Tendo o mesmo sido elaborado na DUDVC, não se levantam questões e propõe-se a concessão da verba de 285.000$00.

1972.11.29 - O Sport Club solicita autorização para realizar a obra por administração direta, alegando a necessidade “de lançar mão das ajudas particulares e generosas dos associados que se prontificam a oferecer materiais, mão de obra, e alguns até, a garantirem a fiscalização e a orientação técnica dos trabalhos”.

1972.12.02 - A DUDVC informa não ver qualquer inconveniente no solicitado.

1972.12.26 - A direção do Sport Clube Vianense informa a DUDV de que se iniciaram as obras de “Construção de bancadas, vedação e beneficiação do Campo de jogos do Sport Clube Vianense”.

1973.04.27 - Despacho do Ministro das Obras Públicas, em visita a Viana do Castelo onde autoriza a concessão de um subsídio de 300.000$00, “por conta da dotação do artigo 30º. Do orçamento do C.D. para o corrente ano”.

1973.10.24 - O presidente da direção do Sport Clube Vianense, Romeu Fernando Martins de Sousa, informa a DUDVC de que se abriram brechas nos muros sob a nova cobertura dos camarotes.

1973.09.28 - Pedido de comparticipação pelo Sport Clube para obras de eletrificação do campo de futebol (com orçamento de 244.000$00), de construção do stand de tiro (com orçamento de 150.000$00), e de construção do ringue de patinagem (100.000$00).

1973.10.25 - O Ministro das Obras Públicas, Rui Sanches, concede um subsídio de 250.000$00 para a obra de “Campo de Jogos do Sport Clube Vianense - electrificação, stand de tiro e ringue de patinagem”.

1973.11.02 - Ofício da DUDV, em resposta ao Sport Clube, onde se informa ter-se chamado a atenção do encarregado da obra para as deficiências existentes na obra, e se relembra que obra está a ser executada no regime de administração direta.

1974.12.31 - Auto de Vistoria Geral, assinado pelo diretor da DUDVC, José do Lago Arrais Torres de Magalhães, e pelo vice-presidente da direção do Sport Clube Vianense, Teotónio Fernando Miranda Barreto.

1975.04.01 - O processo é arquivado.

1977.07.13 - Ofício do Sport Clube Vianense, endereçado à DUDVC, após ascensão do Clube à Segunda Divisão Nacional. Refere-se que o Campo de Jogos tem desempenhado o papel de Estádio Municipal, servindo “as equipas do Viana Taurina Clube e do Grupo Desportivo dos Estaleiros Navais”, assim como as escolas da Delegação da DGD, “apoiando as actividades circum-escolares dos estabelecimentos de ensino da cidade” e sendo utilizado “por inúmeras organizações particulares e também pela Comissão de Festas de Nª. Sª. D’Agonia”. O Clube explica pretender efetuar “urgentes melhoramentos” no Campo de Jogos, incluindo beneficiação do piso, de instalações sanitárias, da rede de escoamento e drenagem, e arranjo da parte destinada ao público. O orçamento estima-se em 845.000$00, solicitando-se “a melhor atenção no sentido de se conseguir ajuda com vista à redução daquelas despesas”.

1977.01.21 - Ofício do Sport Clube, endereçado ao Ministro da Habitação, Urbanismo e Construção (MHUC), solicitando ajuda financeira. O orçamento remetido ao MHUC ascende a 1.350.000$00, incluindo eletrificação do pavimento do Campo de Jogos, construção de uma bancada, construção de cabines privativas da Imprensa, construção de instalações sanitárias.

1977.07.25 - Proposta de Comparticipação, assinada pelo engenheiro diretor da DUDVR, José do Lago Arrais Torres de Magalhães. Considera-se a beneficiação do piso muito urgente, por se iniciar o campeonato em setembro, sendo os outros trabalhos menos urgentes - pelo que se deve aguardar apresentação de projeto. Para a beneficiação do pavimento, com orçamento estimado em 800.000$00, sugere-se uma comparticipação de 640.000$00.

1977.07.28 - Despacho de F. Perdigao, onde refere deliberação do GCOM de que, sendo uma obra não incluída no Plano aprovado, se deve ficar com a mesma em consideração para elaboração de novo Plano ou ajustamento do atual.

1977.08.12 - Portaria do Ministério da Habitação, Urbanismo e Construção, assinada por Eduardo Ribeiro Saraiva, pela qual se concede a comparticipação de 480.000$00 ao Sport Clube Vianense.

1977.08.26 - Ofício do fiscal da obra, onde informa a DUDVC de que os trabalhos de escarificação do pavimento do Campo de Jogos se encontram concluídos.

1977.10.18 - Ofício da DUDVC à direção do Sport Clube Vianense, comunicando que, de acordo com o “Plano de Ajustamento do 3º Trimestre de 1977”, aprovado em sessão do GCOM em 1977.10.12, foi incluída em Plano a verba de 1.337.000$00 para a execução da obra de “Construção de Bancadas, Vedações e Beneficiação do Campo de Jogos do S. C. Vianense - 2ª Fase”.

1977.12.09 - Ofício da DUDVC, informando o Sport Clube de que foi autorizada a concessão da mesma comparticipação por despacho ministerial de 1977.11.29.

1978.05.31 - Memória descritiva de um estudo de construção de uma bancada no topo Norte do Estádio Dr. José de Matos, assinada pelo engenheiro diretor da Direção de Equipamento de Viana do Castelo, da Direção-Geral de Equipamentos Regional e Urbano (DGERU/DEVC), José do Lago Arrais Torres de Magalhães. A memória refere que o Clube foi fundado em 1898.03.13 e que tem, desde então, “conseguido vencer as amargas crises que se lhe tem deparado, e às quais nem sempre tem sido alheia a situação económica”. Explica-se que o Clube solicitou assistência técnica da DGERU para a elaboração do projeto, consistindo numa “escadaria em betão ciclópico, sobre enrocamento de pedra graúda, e com recobrimento em betonilha de cimento”, após a execução dos aterros necessários.

1978.08.01 - Apreciação do projeto pela DEVC, onde se refere que tendo o mesmo sido elaborado nessa Direção, não se tem nada a opor à sua aprovação. Refere-se que o orçamento importa em 1.500.000$00.

1978.08.31 - A direção do Sport Clube informa a DEVC de que já foi iniciada a obra do topo Norte do Campo de Jogos, solicitando autorização para o pagamento da comparticipação devida.

1978.09.04 - Solicitação do Sport Clube Vianense à DEVC de que seja transferida a verba destinada à construção da bancada sul para a beneficiação e ampliação dos balneários dos árbitros.

1978.09.13 - Auto de medição de trabalhos n.º 1, referentes à construção da bancada superior do campo de jogos, e correspondentes à importância de 500.000$00, dos quais 300.000$00 comparticipados.

1978.11.06 - O presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, António Alves da Cunha, remete à DEVC um projeto de arranjo das instalações do Sport Clube, elaborado no Gabinete de Apoio Técnico a Agrupamentos de Concelhos Vale do Lima (GATVL) e assinado pelo arquiteto José Manuel Pinto de Oliveira Martins.

A memória descritiva e justificativa começa por explicar que “vem dar satisfação a um pedido feito pelo Sport Clube Vianense com conhecimento da C. M. De Viana do Castelo”, destinando-se “a melhorar as instalações do Clube no campo de jogos”, propondo-se “o aproveitamento do vão da bancada construída recentemente, bem como uma reorganização do espaço por baixo da bancada antiga, onde também existe a habitação do guarda que será deslocada para o exterior”.

O orçamento, assinado pelo engenheiro técnico José Armindo Vieira Garcia, estima-se em 2.990.000$00.

Para citar este trabajo:

Arquitectura Aqui (2024) Construção de Bancadas, Vedação e Beneficiação do Campo de Jogos do Sport Club Vianense. Accedido en 19/09/2024, en https://arquitecturaaqui.eu/es/documentacion/expedientes/36649/construcao-de-bancadas-vedacao-e-beneficiacao-do-campo-de-jogos-do-sport-club-vianense

Este trabajo ha sido financiado por European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) y por fondos nacionales portugueses por intermedio de FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., en el contexto del proyecto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).