"A Comissão de Melhoramentos da Freguesia de Arega no concelho de Figueiró dos Vinhos, pretende lebar a efeito em regime de administração direta, na sede da freguesia um polidesportivo evolutivo. Nesse sentido a referida Comissão remeteu a estes serviços o respectivo projeto relativo à 1ª e 2ª fases, isto é, construção do recinto de jogos propriamente dito e construção dos balneários de apoio. o referido projeto é um projeto tipo e foi fornecido à Entidade pela Direção Geral dos Desportos, encontrando-se em condições de ser aprovado" (Nelson Gonçalves da Silva Ribeiro, Engenheiro técnico da Direção de Equipamento de Leiria em Informação de 16/10/1981) 

O projeto tipo foi desenvolvido pela EPRAFE- Gabinete de Estudos e Projetos em 1979 e adaptado ao terreno da Arega foi desenvolvido pelo Gabinete de Apoio Técnico de Figueiró dos Vinhos, sob coordenação do Engenheiro Civil José António Pinto Carmona, Diretor do GAT. Na memória descritiva, os responsáveis pelo projeto tipo declaram que o trabalho diz respeito à "construção dum recinto desportivo descoberto que permita a maior polivalência, por forma a consentir a prática de todas as modalidades consideradas de salão e a utilização por o maior número de praticantes. (...) A iniciativa da elaboração deste projeto-base, tem por fim criar as indispensáveis facilidades às populações na execução duma instalação, económicamente viável, além de incentivar a prática desportiva de ar livre tão arredada, atualmente, dos nossos hábitos." (Memória descritiva — Polidesportivo Descoberto (44x25), Direção-Geral dos Desportos, s/d. 

No terreno onde foi construído o polidesportivo já havia sido construída a sede da Junta de Freguesia, onde funcionava o Centro de Saúde e em torno do qual seriam construídos uma série de outros equipamentos nos anos seguintes, configurando uma espécie de centro cívico local. As obras do polidesportivo começaram em 9/2/1982, de acordo com o ofício 277 da Direção de Equipamento de Leiria, datado de 30/3/1982. Em 2/11/1982, os técnicos da DEL informam que as primeiras fases da obra estão praticamente concluídas.

Em 9/4/1983, o Secretário de Estado das Obras Públicas José Eugênio Nobre determina no Despacho n.º51/83 que sejam executadas as 3ª e 4ª fases, referentes à bancada e cobertura do recinto, que deveriam ser executadas de acordo com o projeto tipo da DGD, de acordo com indicação do arquiteto Pelágio da Costa Mota, da Direção dos Serviços de Estudos da DGERU em informação em 24/5/1983. Ainda assim, na Informação n.º 34/84 de 6/9/1984,  os técnicos da DEL fazem uma série de observações acerca das soluções do projeto e solicitam alterações e esclarecimentos por parte dos projetistas e da entidade comparticipante. a EPRAFE, responsável pelo projeto tipo, respondeu às observações em ofício de 7/2/1985, que acompanha uma versão modificada do projeto que incorpora as recomendações dos técnicos da DEL.

Em 18/4/1985, o arquiteto Costa Mota, da DGERU, recomenda que se aprove o projeto "desde que, no programa do concurso ficasse expressa  a possibilidade de apresentação de propostas variantes para a cobertura", uma vez, de acordo com o parecer dos colegas da DEL, o sistema proposto não estava homologado pelo LNEC. A empresa EPRAFE- Gabinete de Estudos e Projetos, responsável pela elaboração do projeto tipo, esclarece os pormenores relativos aos tubos de ferro projetados e sugeridos como alternativa em correspondência datada de 23/7/1986. 

A obra é licitada através de concurso limitado, lançado em 18/12/1985, vencido pela firma Eduardo Marques, com prazo de 6 meses a partir da adjudicação da obra, que acontece em 26/5/1986. Em novembro de 1986, um novo concurso é aberto para dotar o polidesportivo de aquecimento solar, vencido pela empresa Sitágua - Sociedade Industrial de Tratamento e Aquecimento de Águas, Lda. A execução da estrutura metálica de suporte da cobertura é adjudicada à firma ODRAUDE - Construção civil e obras públicas Lda em 30/12/1986.

O adjudicatário da obra relata problemas em encontrar o material especificado para a cobertura no mercado e sugere que se altere novamente a solução para outra "do tipo clássico", o que é considerado aceitável pela Informação 32/87 da Direção Regional do Ordenamento do Território de Leiria, elaborada pelo Engenheiro Civil Pedro António Carvalho Matias de Pina em 02/03/1987. A demora na resposta a estes questionamentos por parte da DGOT fez com que a obra ficasse parada até meados de Outubro de 1987, de acordo com uma Informação da CCRC a propósito da situação das obras financiadas pela DGOT em Figueiró dos Vinhos datada de 16/12/1987.

A obra das instalações de eletricidade, trabalhos de acabamento e vedação do recinto são autorizadas por despacho do Secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território de 18/8/1987. A obra é concluída em 9/3/1988, de acordo com informação da DEL de 24/8/1988, assinada pelo Engenheiro Pedro António Carvalho Matias de Pina.