1978.10.10: Memória descritiva do projeto de execução do edifício tipo para construção de 210 fogos em Castelo Branco, elaborado pela Direção de Habitação do Centro do Fundo de Fomento da Habitação (FFH), para a urbanização de S. Tiago mandada elaborar pela Câmara Municipal de Castelo Branco (CMCB). Trata-se da mais relevante frente de desenvolvimento urbano da cidade.

Foram consideradas as “Instruções para Projetos de Habitação promovidos pelo Estado e a R.G.E.U” e os condicionamentos físicos da zona, bem como fatores económicos. Haverá seis fogos por piso (num total de 7 pisos), distribuídos ao longo de uma galeria. Haverá boa ventilação transversal dos fogos dada a orientação dos cinco edifícios, com boa exposição solar. Optou-se por vãos recuados em relação ao plano da fachada sul-poente para obter espaço exterior coberto utilizável com sombra. Por edifício, propõe-se a integração de 5 T2 (1 por piso), 28 T3 (4 por piso) e 7 T4 (1 por piso); a distribuição em planta é semelhante, com separação clara da zona íntima, da de convívio e da de serviços, através de um átrio. Procurou-se uma solução equilibrada ao nível de alçados e volumetria. “Com a utilização de floreiras em alguns desses vãos, o aproveitamento da cor natural do betão e a pintura branca dos nembos verticais, poder-se-á obter um conjunto de grande simplicidade o qual além de conferir aos edifícios a dignidade necessária poderá constituir um forte elemento valorizador da paisagem urbana de toda a área envolvente”. Possui peças desenhadas: planta de localização, plantas dos pisos, alçados e cortes. Há também um quadro de áreas discriminadas, com valor orçamental da construção total de 37.996$689$10, assinada pelo arquiteto Luís Marçal Grilo, e ainda um projeto de estabilidade.