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Casa do Povo de Alvega, Distrito de Santarém

Documentação textual referente a inspeções realizadas à Casa do Povo de Alvega, em Abrantes, Santarém.

Si tiene alguna memoria o información relacionada con este registro, por favor envíenos su contributo.

Identificación

Tipo de Expediente
Relatórios de InspeçõesTipo de Expediente
Designación del Expediente
Casa do Povo de Alvega, Distrito de Santarém
Años Inicio-Final
1952-1974
Ubicación Referida
SantarémDistrito Histórico (PT)

Análisis

Primera Fecha Registrada Expediente
1952.11.22
Última Fecha Registrada Expediente
1974.08
Entidad Peticionaria / Beneficiaria
Construcción y Equipamiento
Síntesis de Lectura

1952.11.22 - Relatório de inspeção ordinária efetuada à Casa do Povo de Alvega, por Vitor Dias Guerreiro (Subinspetor).

A Casa do Povo de Alvega foi criada por alvará de 1934.12.29. Entre 1945 e 1951 verifica-se uma grande inatividade. Novos dirigentes em 1952, para o triénio 1952/54, “devidamente eleitos e superiormente sancionados”. A Casa do Povo dispunha de um médico assalariado.

A ação da Casa do Povo em matéria de previdência e assistência “sem ser brilhante, é, no entanto, satisfatória na sua mediania”, concedendo assistência médica, subsídios por doença, morte, nascimento e casamento.

Realização dos fins da Casa do Povo no campo recreativo e desportivo: fundou-se anexa à Casa do Povo a União Desportiva e Recreativa da Casa do Povo de Alvega; “um grupo de futebol e uma banda de música constituem as suas principais actividades”. A União só foi apoiada pela Casa do Povo no início, “na compra dos instrumentos para a Banda e na aquisição de um equipamento para o ‘onze’ de futebol”, desfrutando de uma “situação de verdadeira autonomia”. Mantém-se com receitas próprias conseguidas pela cobrança de cotas aos sócios e pela realização de festas. A direção é própria da União. “De comum entre as duas só há, pode dizer-se, a sede - a sede de uma é também a sede de outra. E, claro, também a maioria dos sócios”.

Sede instalada num prédio arrendado, “onde ocupa, no rés-do-chão, uma única divisão”, onde existiu, em tempos, um estabelecimento comercial. “Ainda hoje lá estão os respectivos móveis - um balcão em ângulo recto que vai de uma parede lateral à parede do fundo e as estantes, que quase tocam no tecto - de modo que um estranho ambiente de loja de fazendas é a principal característica da sede da Casa do Povo”. Os papéis e livros da escrita encontram-se desarrumados e o estado de asseio é duvidoso: “o pó dormia por todos os lados”. A biblioteca, por outro lado, é “de uma riqueza bibliográfica não muitas vezes encontrada e conseguida sem que a Casa do Povo gastasse um tostão. O existente Grupo Pró-Alvega, e a Junta Central, que ainda há pouco tempo enviou uma remessa de livros, são os principais e quase únicos obreiros dessa riqueza”.

1954.10.15 - Relatório de inspeção ordinária efetuada à Casa do Povo de Alvega pelo subinspetor António dos Santos.

Verifica-se que a sede mantém o mesmo aspeto, pelo que se fez ver “ao presidente da assembleia geral - único interessado pela Casa do Povo - a necessidade de se arranjar nova casa ou modificar o aspecto da actual”.

A Casa do Povo passou a ter dois médicos, sendo os 1.200$00 divididos pelos dois.

1956.10.12 - Relatório de inspeção ordinária efetuada à Casa do Povo de Alvega pelo subinspetor Armelim Nunes Tomaz.

“O problema do aspecto das instalações melhorou um pouco ou nada. Construiu-se uma divisória de madeira, mas a casa continua a não satisfazer ao fim em vista. Por mais voltas que deem tem sempre o aspecto dum estabelecimento comercial e que não falta o respectivo balcão e escaparates”. A Casa do Povo “não passa duma vulgar secretaria onde os sócios vão em dias certos pagar as respectivas quotas. A falta de instalações adequadas faz com que os trabalhadores rurais não sintam a sua presença e se encaminhem para a taberna e bailaricos com grave prejuízo não só da bolsa como também, e sobretudo, da saúde”. Assim, a “Casa do Povo não tem vida, funcionando apenas como uma Associação de Socorros Mútuos de esquema reduzido”.

1974.08 - Relatório de inspeção à Casa do Povo de Alvega pelo inspetor Hermínio Jorge Folhento.

A Casa do Povo abrange a freguesia de Alvega e tem um total de 637 associados.

Em 1970 a Casa do Povo foi finalmente instalada na sua própria sede, sendo que, antes disso, “a sede do organismo situando-se em dois locais diferentes: os serviços administrativos ocupavam o rés-do-chão de uma casa arrendada por 800$00 mensais” e o consultório médico instalava-se no de uma médica que o sublocava por 300$00. Em 1969 foi adquirida uma parcela de terreno por 43.000$00: a Casa do Povo possuía 15.000 contos, tendo recebido outros 15.000 por empréstimo do Fundo de Obras e 15.600$00 de oferta de alguns associados. O projeto do edifício foi enviado pelo Plano de Obras e realizou-se um concurso, ao qual se apresentaram quatro empreiteiros. A obra foi adjudicada a Rafael Milheiro Matos Bento (concavada), por 330.000$00 - esta verba foi distribuída por Plano de Obras (300.000$00) e receitas da Casa do Povo (30.000$00).

Para citar este trabajo:

Arquitectura Aqui (2024) Casa do Povo de Alvega, Distrito de Santarém. Accedido en 22/11/2024, en https://arquitecturaaqui.eu/es/documentacion/expedientes/50000/casa-do-povo-de-alvega-distrito-de-santarem

Este trabajo ha sido financiado por European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) y por fondos nacionales portugueses por intermedio de FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., en el contexto del proyecto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).