1946.04.04: Memória do projeto de execução de um Bairro para Famílias Pobres em Castelo Branco, assinada pelo engenheiro civil F. X. Marques Maia. O local escolhido para implantação localiza-se “num dos extremos da cidade e junto da futura zona industrial. Possui boa exposição Sul e Nascente e a sua topografia permite fácil implantação das habitações.” Prevê-se a construção de 70 casas, sendo 16 do tipo A (piso único: 2 quartos, sala-cozinha, casa de banho), 46 do tipo B (piso único: 3 quartos, sala comum, cozinha e casa de banho) e 8 do tipo C (2 pisos: 4 quartos, sala-cozinha e casa de banho). Este tipo de habitação “de certo modo deve ser considerado provisório e destinado a oferecer uma habitação limpa e confortável a indivíduos habituados a péssimas condições”. Prevê-se o aproveitamento da pedra extraída das terraplanagens para execução da alvenaria das paredes exteriores, e os pavimentos em betonilha sobre massame hidráulico e outros em vigamento de madeira. O orçamento ascende a 1.824.000$00. Existe uma planta com indicação da localização colorida dos três tipos de casa, e plantas de distribuição interna para cada tipo, bem como alçados.

1947.01.20: Memória do estudo de urbanização do Bairro para Famílias Pobres da iniciativa da CMCB, assinada pelo engenheiro civil F. X. Marques Maia. Trata-se dos trabalhos necessários para completar o bairro: rede de abastecimentos de água, de esgotos, construção de muros limitando os talhões em alvenaria de pedra e cal, cancelas em madeira de pinho para entrada em cada lote, movimentos de terra para regularização. O processo é completado por um conjunto diversificado de cópias de desenhos: planos de implantação, plantas anotadas, pormenores do muro de vedação.

1947.04.23: Ofício endereçado ao Chefe da Repartição de Melhoramentos Urbanos da Direção-Geral dos Serviços de Urbanização (DGSU), remetido pelo engenheiro Marques Maia da Câmara Municipal de Castelo Branco (CMCB), comunicando que os originais do projeto de construção de um Bairro para Famílias Pobres em Castelo Branco foram entregues à CMCB. Aponta algumas soluções, como a possibilidade de redução da chaminé.

1947.04.19: Ofício do engenheiro chefe da Repartição de Melhoramentos Urbanos (assinatura ilegível – Alberto ?) dirigido ao engenheiro Francisco Xavier Marques Maia da CMCB, transcrevendo uma informação dos seus serviços relativos à obra. Apenas se prevê o uso de betão armado em pequenas vigas para suporte do pano das chaminés; são especificados os detalhes para os três tipos de casa (A, B e C). Também não se prevê o uso de tabiques de madeira.