1950.11.18 – Aires de Lemos Tavares (Pres CML) oficia o ministro da Educação Nacional para solicitar a substituição da construção de um edifício escolar de duas salas previsto no Plano de Construções Escolares (1950-51) para o lugar de Vale Silves por um, de uma sala, no sítio de S. Lourenço de Almancil. A escola mista deste local funcionava num edifício muito degradado, em tempos adquirido pela câmara municipal para o efeito e cujas obras de reparação estavam avaliadas em cerca de 20.000$00. Como a câmara disponha de terreno municipal disponível junto ao edifício e a construção de um novo edifício era considerado “necessário e urgentíssima”, reforçou o pedido de troca com a existência de três postos escolares em funcionamento na área de Vale Silves, com a dificuldade em adquirir ali terreno para a nova escola que não considerava tão necessária e acrescentando ainda que a construção do mesmo “iria provocar encerramento de um ou outro lugar nas escolas mais próximas” por não haver naquele núcleo escolar alunos por matricular.

1951.04.19 – A CML volta a insistir na construção de uma escola nova no sítio de S. Lourenço de Almancil por ser localidade onde a população tem vindo a aumentar.

1951.05.24 – Despacho do ministro da Educação Nacional autorizando a Delegação para as Obras de Construção de Escolas Primárias (DOCEP) a construir um novo edifício escolar em S. Lourenço de Almancil, com a justificação do estado de ruína eminente do edifício no qual vinha funcionando o ensino primário. 

1951.08.06 – Aprovada, por despacho do ministro da Educação Nacional, a substituição do edifício escolar de S. Faustino incluído na empreitada de “Construção de 10 edifícios escolares no Distrito de Faro" adjudicada a José Guerreiro Neto, por um edifício escolar em S. Lourenço de Almancil.

1951.12.14 – Memória Descritiva do croqui de implantação do edifício escolar de uma sala – misto, a construir no núcleo escolar de S. Lourenço de Almancil, elaborado por Celestino David [EngCh DOCEP-SS], com orçamento no valor de 89.623$00. “O terreno escolhido fica no centro do núcleo escolar junto da Igreja de Almancil com bons acessos e é pertença da Junta de Freguesia e do Pároco.

Para que se possa construir o edifício é necessário proceder às demolições de um casebre existente e da antiga escola o que a Câmara de Loulé se prontificou a fazer logo que o terreno seja aprovado.

A fachada do edifício ficará voltada sensivelmente a nascente.

O terreno ficará quase de nível e é bom para fundações. Para abastecimento de águas no edifício deverá ser necessário construir uma cisterna com aproveitamento das águas dos telhados pois no local não será fácil conseguir água por poço a não ser com grande profundidade.

Os esgotos serão ligados a uma fossa séptica a construir junto do edifício.” Enviado para aprovação superior no mesmo dia. Aprovado por despacho do subsecretário de Estado, de 24 de dezembro desse ano. No dia 31 a CML é informada da aprovação do croqui sendo-lhe solicitado a preparação do terreno.

1953.06.23 – A Seção do Sul da DOCEP pretendia dar início às obras complementares que previam a vedação da área do recreio escolar pelo que solicitava à CML “o favor de mandar retirar os entulhos existentes [no local] provenientes de antigas construções”.

1953.07.16 – Memória Descritiva das obras completares, elaborada por Filipe Martinho da Silva Pêra [EngCiv DOCEP-SS], estimadas em 28.115$00, que previa o arranjo do terreno “limpeza e pequenas escavações para a sua completa regularização e ainda calçada em volta do edifício e na faixa de acesso à escola”; o muro de vedação “em frente do edifício (…) será em alvenaria ordinária com grelhagem de tijolo. As restantes serão em alvenaria ordinária de pedra, sem grelhagem, prevendo-se o aproveitamento dos muros existentes, que estejam em condições, depois de devidamente beneficiados e caiados”; rede de abastecimento de água e de esgotos mediante construção de uma cisterna e de uma fossa séptica, respetivamente.

1953.08.01 – Convite para apresentação de propostas de execução das obras complementares do edifício escolar, enviado aos empreiteiros António Gonçalves Pereira (Vila Nova de Cacela); José Guerreiro Neto (Loulé); José Pires Rico (Loulé); Ventura da Piedade (Tavira); e José da Silva (Silves). A 20 de agosto seguinte, a DOCEP-SS informa que apenas José Guerreiro Neto apresentou proposta, no valor de 31.488$00, para a qual pede aprovação superior. Aprovado por despacho do subsecretário de Estado das Obras Públicas, de 1 de setembro.

1953.10.08 – Auto de Receção Provisória das obras de construção do edifício escolar de S. Lourenço, incluída na empreitada adjudicada por contrato n.º 57.759/243, no valor global de 1.640.723$00. Aprovado por despacho do engenheiro diretor-geral do Edifícios e Monumentos Nacionais, de 2 de julho de 1954.

1953.10.14 – DG n.º 240, II série. Auto de Entrega do edifício escolar (1 sala, 2 sexos) à CML, por despacho de 8 de outubro de José Frederico Ulrich (Min OP) que determina a inauguração e entrega do mesmo.

1953.12.15 – Auto de Vistoria e Medições de Trabalhos das obras complementares, no valor de 31.488$00. 

1955.02.22 – A CML informa a DOCEP-SS que a professora da escola vinha-se queixando da existência de humidades e repasses no edifício que precisavam de ser resolvidos.