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Mercado Municipal de Barcelos

Peças escritas e desenhadas do projeto de arranjo do Jardim D. Pedro V e do bloco habitacional anexo; memória descritiva do projeto do Mercado Municipal; correspondencia relativa ao projeto do Mercado Municipal.

Si tiene alguna memoria o información relacionada con este registro, por favor envíenos su contributo.

Identificación

Archivo / Biblioteca
Tipo de Expediente
CorrespondenciaTipo de Expediente
Proyecto de ArquitecturaTipo de Expediente
Años Inicio-Final
1964-1968
Ubicación Referida
Signatura Inicial
Processo n.º 48/MU/65
Otras Signaturas
PT FIMS JCL-01-01.01-01-0035

Análisis

Primera Fecha Registrada Expediente
1964.11.25
Última Fecha Registrada Expediente
1968.02.14
Proyecto de Arquitectura (Autoría)
Intervención / Apreciación
António Gomez Egea Arquiteto DGSU 1965Persona
Mário Falcão Chefe Secção CSHAS 1965Persona
Decisión Política
Síntesis de Lectura

1964.11.25 - Ofício do presidente da Câmara Municipal de Barcelos, endereçado aos arquitetos J. C. Loureiro e L. Pádua Ramos, solicitando as bases do contrato para a elaboração do anteprojeto, projeto e direção técnica da obra de “Construção do Novo Mercado Municipal”.

1965.01.31 - Memória descritiva e justificativa de um novo mercado para substituir o existente, “insuficiente e desatualizado no que respeita a funcionamento, além de envelhecido e sem o mínimo de higiene”.

A memória começa por justificar a escolha do local, que afasta o mercado da Rua Barjona de Freitas, de trânsito intenso, e liberta o espaço do antigo mercado, que se transforma em largo ajardinado, “aproveitando as boas árvores ali existentes”. Refere-se a proposta de construir na sua ilharga nascente um edifício de habitação, com comércio no rés-do-chão.

Descreve-se o programa do mercado, que inclui talhos, bancas de venda de peixe, peixarias, locais permanentes para venda de hortaliças, locais para venda de frutas e flores, armazém, câmara frigorífica para peixe, instalações sanitárias, gabinete para fiscalização e secretaria.

Quanto à organização funcional, os 3 setores principais do mercado (carne, peixe e hortaliças-frutas-flores) “ordenaram-se de forma a haver continuidade em cada setor e fácil e clara passagem aos outros dois, sem quebra de uma certa independência”. O mercado desenvolve-se em 2 pisos: o primeiro, aberto para o Largo da Madalena, destina-se a peixarias e venda de sardinhas; o segundo destina-se a frutas, flores, hortaliças e talhos, e organiza-se em vários níveis desde o largo ajardinado até à zona da capela. Refere-se ainda a intenção de voltar o mercado para o interior, evitando “as perturbações de vária ordem nos espaços que o envolvem”, embora se abra “em dois ou três pontos, de forma a que a Capela e algumas nesgas de paisagem atuem como elementos de ligação entre a vida trepidante do mercado e a vida exterior”.

A solução contemplada é composta por vários edifícios de pouca altura, “com coberturas de vão reduzido, na tentativa de criar um elemento que se integrasse na escala típica de Barcelos”. As coberturas descem até ao mínimo possível sobre a zona de circulação do público, de forma a garantir “ventilação e iluminação sem se perder a completa proteção contra a chuva e o sol”. Estes pórticos serão em betão aparente.

O orçamento estima-se em 2.900.000$00.

1965.06.11 - A CMB informa J. C. Loureiro do parecer do Conselho Superior de Higiene e Assistência Social, emitido em 1965.05.13. O Conselho considerou que o anteprojeto não satisfaz em vários aspetos (arejamento e iluminação, água e esgotos) e levanta várias questões.

1965.07 - Informação da Direção-Geral dos Serviços de Urbanização (DGSU, processo 48/MU/65). Refere-se que a conceção do mercado, ”tanto no que respeita a altura como o aspeto funcional, parece ter resultado da necessidade de projetar um conjunto cujo volume e concentração não afrontasse as proporções que a Capela de S. João apresenta”. Sendo necessária mais área que a existente no local, o projeto contempla um piso inferior que torna a obra mais dispendiosa, mas resolve de forma eficaz o abastecimento. Refere-se a disposição dos diferentes pavilhões desligados uns dos outros, o que poderá trazer problemas durante o inverno, mas considera-se possível, “mesmo dentro do partido adotado, conseguir-se uma solução de circulações cobertas”. Esclarece-se não ser norma, na construção de mercados “tipo urbano-rurais”, incluir uma habitação para guarda.

1965.07.08 - Informação da DGSU, assinada pelo arquiteto A. Gomez Egea (apenas parte presente no processo). Considera-se que o anteprojeto pode merecer aprovação superior e indica-se que a obra se encontra prevista no Plano Comemorativo para 1966, com um orçamento de 2.9000.000$00, uma comparticipação de 435.000$00 e um subsídio de 465.000$00.

1965.08.06 - Informação da DGSU, assinada pelo arquiteto A. Gomez Egea, pela qual se respondem a questões colocadas pela Direção-Geral de Saúde. Indica-se que o terreno do novo Mercado corresponde ao Mercado D. Pedro V, existente, e ao terreno denominado Camilo Castelo Branco. Esclarece-se que o anteprojeto apenas prevê um frigorífico para peixe, ficando os frigoríficos dos talhos a cargo dos concessionários.

1965.09.28 - Parecer do Conselho Superior de Higiene e Assistência Social, assinado pelo chefe da Secção Mário Falcão. Refere-se ser este já o segundo parecer sobre o anteprojeto, tendo sido necessário esclarecer várias questões. Considera-se que “continuam a subsistir certos aspetos a que foram apontados reparos e sobre os quais se não deve passar em claro, como seja a insuficiência da área” e a inexistência de secções consideradas essenciais. Ainda assim, entende-se que o anteprojeto pode servir de base à elaboração do projeto definitivo, desde que tomados em consideração esses reparos.

1965.10.14 - A CMB remete ao arquiteto o parecer do Conselho Superior de Higiene e Assistência Social (CSHAS) e informações da DGSU.

1965.12.10 - J. C. Loureiro informa a DGSU de que conta entregar o projeto definitivo do Mercado de Barcelos até fins de janeiro ou meados de fevereiro.

1966.02.15 - Ofício do Presidente da CMB, endereçado a J. C. Loureiro, comunicando que a Direção de Urbanização do Distrito de Braga (DGSU/DUDB) solicitou o envio urgente o projeto definitivo do Mercado, já que o mesmo consta do Plano Comemorativo de 1966.

1966.10.17 - Ofício do arquiteto J. C. Loureiro, dirigido ao presidente da Câmara Municipal e Barcelos, com o qual remete uma planta da área a adquirir para a realização do conjunto previsto anexo ao Mercado Municipal.

1966.12.14 - Ofício do presidente da CMB, com assinatura ilegível, endereçado ao arquiteto J. C. Loureiro. Informa-se que a CGD está interessada na construção de um edifício em Barcelos, tendo já entrado em negociações com os proprietários dos edifícios contíguos ao antigo Mercado Municipal “e deseja ainda que, por necessidades de superfície, esta Câmara Municipal lhe ceda uma parcela de terreno do atual posto de venda de peixe e que confina com a Rua Barjona de Freitas”. Solicita-se que o arquiteto informe qual a área que pode ser cedida, sobre quais os condicionamentos a respeitar pela fachada do edifício a construir, e sobre o” volume de construção, alinhamento de fachadas e cércea a que terá de sujeitar-se o edifício”.

1967.01.17 - O arquiteto informa o presidente da CMB de que se encontrou uma toalha de água 50cm abaixo do nível do 1.º piso do mercado em construção.

1967.01.18 - Memória descritiva e justificativa.

Refere-se estar em construção o novo Mercado de Barcelos, “que deixará livre, após a sua conclusão, o terreno onde atualmente se situa o mercado D. Pedro V”. Isso tornará possível a utilização “da ilharga nascente para construções, criando-se uma cortina de fundo que tapa as traseiras dos prédios da R. Barjona Freitas”. Refere-se ter-se anteriormente sugerido a aquisição pela Câmara Municipal de Barcelos da parcela para venda após a aprovação do projeto, em talhões, “com a obrigatoriedade de cumprimento do que nele se prevê, garantindo-se uma unidade arquitetural inteiramente indispensável”.

Quanto ao bloco habitacional projetado, indica-se que o seu rés-do-chão é composto por estabelecimentos comerciais que serão “elemento de animação do jardim que gostaríamos que se tornasse, com o pequeno café e esplanada previstos, um novo centro de convívio da cidade. Um local onde o peão fosse, pelo menos temporariamente, rei”. Os restantes pisos são compostos por habitação, com sala comum, 3 quartos, sanitários, cozinha e local de trabalho. A construção será em estrutura de betão com paredes em tijolo.

Refere-se a pretensão de manter as árvores existentes no local. Prevê-se a construção de um café pela Câmara Municipal de Barcelos, para posterior arrendamento ou concessão.

Refere-se que a hipótese recentemente colocada “de implantação do novo edifício da CGD no gaveto da R. Barjona de Freitas com o jardim e o passeio coberto de acesso ao mercado, vem trazer um novo elemento que muito poderá contribuir para a valorização do conjunto projetado”.

O orçamento da construção dos edifícios estima-se em 4.800.000$00 e o do arranjo do espaço público em 250.000$00.

1967.03.01 - Ofício endereçado à CMB, com o qual se remete o anteprojeto do arranjo do espaço público junto ao mercado em construção, com a indicação da área onde se poderia construir o edifício da CGD.

1967.11.22 - Ofício dos arquitetos, endereçado ao presidente da Câmara Municipal de Barcelos, com o qual remetem 2 processos da urbanização do local do Mercado velho com indicação a vermelho do terreno possível para a Caixa Geral de Depósitos, para serem remetidos ao engenheiro diretor da Delegação de Edifícios para a CGD, Espregueira Mendes.

1968.01.26 - Orçamento da firma Shell Portuguesa SARL para impermeabilização no mercado em construção.

1968.02.06 - Orçamento da firma Jeremias G. Moreira para a execução de trabalhos de impermeabilização nas lages de cobertura no novo mercado de Barcelos.

1968.02.14 - Orçamento da firma Tecnivel Representações Lda para a execução de impermeabilização da cobertura do Mercado de Barcelos.

Para citar este trabajo:

Catarina Ruivo para Arquitectura Aqui (2025) Mercado Municipal de Barcelos. Accedido en 05/09/2025, en https://arquitecturaaqui.eu/es/documentacion/expedientes/62942/mercado-municipal-de-barcelos

Este trabajo ha sido financiado por European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) y por fondos nacionales portugueses por intermedio de FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., en el contexto del proyecto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).