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Operações. Devolução de Zona Claustral para Instalação de um Hospital

Documentação relativa à ocupação de parte das instalações do Hospital Distrital de Barcelos para atividades de assistência da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos. Pasta bege, com o assunto: “Operações. Devolução de Zona Claustral para Instalação de um Hospital”.

Si tiene alguna memoria o información relacionada con este registro, por favor envíenos su contributo.

Identificación

Tipo de Expediente
AdministrativoTipo de Expediente
Años Inicio-Final
1976-1977
Ubicación Referida

Análisis

Primera Fecha Registrada Expediente
1976.10.18
Última Fecha Registrada Expediente
1977.08.06
Entidad Peticionaria / Beneficiaria
Intervención / Apreciación
Maria Manuela Gomes de Almeida Pinho Técnica Enfermagem de Saúde Pública IFAS 1977Persona
Síntesis de Lectura

1976.10.18 - Ofício da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos, assinado pelo provedor Mário Azevedo, e endereçado ao Diretor-Geral da Assistência Social. Apresenta-se uma exposição que se julga poder “vir a solucionar muitos dos problemas locais inerentes às pessoas idosas e crianças”.

Refere-se que o Hospital foi desanexado da Santa Casa da Misericórdia pelo Decreto 704/74, ficando a Misericórdia com uma Irmandade com Igreja - em ruínas - e um Asilo, cuja ação se deveria ampliar, “ainda que tenha sido totalmente renovado nas suas instalações”. Indica-se a vontade de “tratar dos velhos e se pudermos, depois das crianças”. No entanto, embora tenha vendido títulos, imóveis e legados, a Misericórdia de Barcelos não tem “rendimentos que permitam grandes aspirações”.

Ainda assim, a Misericórdia pretende aumentar o número dos internados no seu lar, criar quartos para casais e pensionistas com possibilidades económicas. Pretende também, numa segunda fase, integrar o Infantário CAMI de Santa Maria e Fonte de Baixo no conjunto, ou criar um novo.

Para tudo isto, propõe-se que o Hospital se instale num novo pavilhão - em terreno cedido pela Misericórdia, ficando a zona claustral do Hospital existente para ocupação pela Misericórdia, para poder alargar a sua ação assistencial. Assim, “não haveria necessidade de adaptação do edifício a arquiteturas antigas, poderia desenvolver-se o programa de construção com melhores possibilidades, não haveria interpenetrações de áreas do Hospital ou da Misericórdia, como hoje há”.

1976.12.20 - Ofício do Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério da Saúde e Assistência (MSA/GEP), endereçado ao Diretor-Geral dos Hospitais (DGH). Informa-se que, no projeto de regionalização em estudo, o Hospital de Barcelos se mantém como distrital, “servindo os concelhos de Barcelos e Esposende, com uma população estimada em 125 859 habitantes, em 1976 (Esposende 27 078; Barcelos 98 781)". Refere-se ainda não se ter dados que permitam indicar o número total de camas.

1977.03.09 - Informação interna do Instituto da Família e Ação Social (IFAS), submetida à consideração superior pela Divisão de Proteção aos Diminuídos e Idosos (SERDI) e assinada pela técnica de Enfermagem de Saúde Pública Maria Manuela Gomes de Almeida Pinho. Informa-se que a Santa Casa da Misericórdia de Barcelos pretende alargar a sua ação junto da 3ª Idade, ampliando o seu lar de idosos e criando uma unidade para casais e pensionistas. Refere-se que a SERDI tem procurado apoiar iniciativas que tenham por finalidade a manutenção do idoso no seu domicílio, recorrendo-se o mínimo possível ao regime de internato. Considera-se que a Misericórdia deve criar um bloco para casais e pensionistas, uma unidade para idosos acamados, integrada e apoiada no hospital, e abrir o lar de idosos ao exterior, criando um Centro de Dia “com serviço de refeição, convívio, ocupação, balneário, lavandaria e ajuda domiciliária”. Indica-se não ser possível apoiar financeiramente a Misericórdia de Barcelos, em 1977.

1977.06.29 - Informação interna do IFAS, endereçada pela SAD - Braga à Direção de Serviços de Assuntos Jurídicos (DSAJ). Informa-se que a Santa Casa da Misericórdia de Barcelos “presta há longos anos assistência à 3ª idade através do Asilo pertencente àquela instituição”. Comunica-se que a Misericórdia aceita a sugestão do SERDI em relação a “abertura para o exterior; criação dum bloco para casais e pensionistas e ainda duma unidade para acamados com apoio dos serviços de saúde”. Refere-se que o processo não pode avançar por grande parte do edifício velho se encontrar ainda ocupado com serviços de apoio ao Hospital.

1977.07.28 - Ofício endereçado ao Diretor-Geral dos Hospitais. Refere-se que a Santa Casa da Misericórdia de Barcelos (SCMB) paralisou o desenvolvimento da sua atividade de assistência à terceira idade, por necessitar de “conhecer a decisão relativa à possibilidade de desocupação total das antigas instalações hospitalares”.

1977.08.06 - Ofício do Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério da Saúde e Assistência (MSA/GEP), endereçado ao Diretor-Geral dos Hospitais (DGH), pelo qual se comunica que ainda não foi possível “completar os estudos e trabalhos relativos à dimensionação dos hospitais, no âmbito do projeto de regionalização dos Serviços de Saúde”, não se encontrando, por isso, capacitados a informar sobre a política de obras para o Hospital Distrital de Barcelos.

Para citar este trabajo:

Arquitectura Aqui (2025) Operações. Devolução de Zona Claustral para Instalação de um Hospital. Accedido en 05/09/2025, en https://arquitecturaaqui.eu/es/documentacion/expedientes/64287/operacoes-devolucao-de-zona-claustral-para-instalacao-de-um-hospital

Este trabajo ha sido financiado por European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) y por fondos nacionales portugueses por intermedio de FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., en el contexto del proyecto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).