Pavilhão Polivalente em Peniche
Processo composto por 6 volumes acondicionados em pastas de cartão de diversas cores, com inscrições referentes ao Pavilhão Polivalente de Peniche, contendo documentação textual e gráfica sobre a comparticipação financeira da sua construção, bem como sobre o Lar de Santa Maria, também da iniciativa da Obra do Apostolado do Mar.
Identificación
Análisis
1972.11: Programa da inauguração do Lar de Santa Maria, em Peniche, com presença do presidente da república Américo Tomás. Possui uma nota histórica, na qual se verifica que a necessidade de construção de um edifício “moderno e bem apetrechado” foi tornada pública pelo padre Manuel Bastos Rodrigues de Sousa em 1954. Entretanto, foram ocupando outras instalações na dependência da Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Ajuda como lar, para dar resposta. Mais tarde, em 1967, o lar passou para as casas do Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, antes de ocupar o edifício projetado pelo arquiteto João Braula Reis, que contou com 77% de financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian. Conta com serviços de recolhimento de idosos e de crianças se cobertura familiar, jardim-escola, oficina de artesanato, cozinha económica para trabalhadores da terra e do mar e pensionado para marítimos em trânsito. Integra fotografias das instalações e da sua ocupação. O pedido de subsídio foi submetido à Fundação Calouste Gulbenkian e apreciado pelo seu Serviço de Beneficência; o diretor desse serviço, Augusto Reimão Pinto, intercedeu para que se patrocinasse a construção na quase totalidade. A obra foi superiormente orientada pelos Serviços de Projetos e Obras, com participação de vários elementos dirigidos pelo arquiteto Sottomayor de Almeida. A coordenação dos estudos e arquitetura esteve a cargo dos arquitetos João Braula Reis (dos Serviços Técnicos da Obra do Apostolado do Mar) e João António Paradela. A empreitada esteve a cargo de António Gomes Machado.
1978.07: Peças desenhadas do projeto do Pavilhão Stella Maris, em Peniche, assinadas pelo arquiteto João Braula Reis.
1979.06.15: Ofício da Obra Socio-Pastoral da Paróquia de Peniche dirigido ao Diretor-Geral de Equipamento Regional e Urbano (DGERU), referindo que está a construir, já em fase avançada, um pavilhão polivalente. Pretende apoiar três aspetos: a obra social do Lar de Santa Maria (em terrenos contíguos), as novas instalações do Externato Atlântico e o Club Stella Maris (associação desportiva com múltiplas modalidades). A atividade programa-se em 3 fases: a primeira até ao almoço para os idosos, seguindo-se uma fase para as escolas locais praticarem ginástica até ao fim da tarde, finalizando com a terceira fase até à meia-noite para várias modalidades desportivas. Dado que as obras apenas estão a ser custeadas por angariações, solicitam um subsídio à DGERU.
1979.08.02: Abertura do processo 344/ERU/79 na DGERU.
1979.09.03: Informação de Pedro António Carvalho Matias de Pina, da Direção de Equipamento do Distrito de Leiria. Refere que o Centro Paroquial de Educação e Assistência de Peniche possui um pavilhão que está saturado para as atividades desportivas, por ser usado pelo Club Stella Maris, escolas existentes e solicitações particulares. O pavilhão polivalente, já iniciado, pretende instalações para 3 setores: laboral (oficinas de artesanato para idosos), cultural-recreativo (instalações para teatro, diversões, cinema e reflexão), desportivo, com ocupação em 3 turnos diários. Julga ser possível comparticipar parte da obra após apresentação do projeto e tramitação habitual.
1979.09.24: A câmara municipal concorda com a construção do pavilhão.
1980.07.25: Apreciação do projeto pela Direção de Equipamento de Leiria, tendo a obra interesse pelo seu carácter social e desportivo. O pavilhão compreende instalações para prática desportiva e sessões culturais, bem como oficias artesanais e de fisioterapia. Aponta-se que não há posto de socorros junto ao campo e não existem saídas diretas independentes para o campo. O orçamento da obra atinge 20.132.698$80.
1980.09.22: Apreciação positiva do projeto arquitetónico pelo arquiteto Mário Botelho Gonçalves Vaz. Os espaços são amplos e bem definidos, e o exterior está trabalhado com sobriedade. O 1.º piso é constituído por oficinas, com acessos independentes. O 2.º Piso integra o campo de jogos com bancadas, balneários e sanitários e arrecadações. O 3.º piso corresponde a uma galeria de circulação que remata as bancadas e comunica com o exterior; no vestíbulo há sanitários, bar e bilheteira.
1980.10.01: Pedro António Carvalho Matias de Pina considera o projeto em condições de aprovação. A obra está em avançado estado de construção.
1980.10.14: Alberto Pessanha Viegas, engenheiro diretor-geral do Equipamento Regional e Urbano, informa que os trabalhos já executados não são comparticipáveis.
1980.11.11: Apreciação positiva do projeto pelo arquiteto principal da DGERU, Pelágio F. da Costa Mota, mediante alterações. O aspeto estético tem “uma forma plástica agradável e bem equilibrada”. O custo da obra, cifrado em 20.100.000$00 é considerado “francamente baixo”. É aprovado superiormente pelo diretor-geral a 23 de novembro.
1980.11.27: Proposta de comparticipação, assinada pelo engenheiro civil Victor Manuel da Cruz Santiago da Direção de Equipamento de Leiria. A obra figura no Plano de Obras Novas com comparticipação de 60%, correspondendo a 12.120.000$00.
1980.12.15: Auto de medição de trabalho n.º 1, referente ao adiantamento no valor de 620.000$00.
1982.01.26: A primeira fase, realizada por administração direta, está praticamente concluída e foi realizado o concurso público para a segunda; dada a inexistência de concorrentes, sugere-se dividir o concurso em duas especialidades (construção civil e instalações elétricas). Vem a ser autorizada a realização de um concurso limitado.
1982.08.16: A primeira fase está concluída. Nessa data, sugere-se que a empreitada de construção civil seja adjudicada a António Maria Francisco.
1982.11.29: Auto de receção provisória do Pavilhão Polivalente (1.ª fase).
1983.08.29: A 2.ª fase está em vias de conclusão.
1984.05.23: Relatório de visita de fiscalização, pelo engenheiro eletrotécnico de 1.ª classe A. Campos Vieira, dando conta que a instalação elétrica está em execução, mas apresenta profundas alterações face ao projeto inicial.
Para citar este trabajo:
Ana Mehnert Pascoal para Arquitectura Aqui (2025) Pavilhão Polivalente em Peniche. Accedido en 05/09/2025, en https://arquitecturaaqui.eu/es/documentacion/expedientes/64886/pavilhao-polivalente-em-peniche