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Localização do novo Quartel de Bombeiros Voluntários da Covilhã

Atado de correspondências diversas trocadas entre a Associação de Bombeiros Voluntários da Covilhã e a Câmara Municipal entre 1971 e 1980 a propósito de possíveis terrenos para a implantação do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários da cidade.

Si tiene alguna memoria o información relacionada con este registro, por favor envíenos su contributo.

Identificación

Archivo / Biblioteca
Designación del Expediente
Localização do novo Quartel de Bombeiros Voluntários da Covilhã
Años Inicio-Final
1971-1980
Ubicación Referida
Signatura Inicial
DMO2, Caixa46, item223
Produtor del Expediente

Análisis

Primera Fecha Registrada Expediente
1971.04.07
Última Fecha Registrada Expediente
1980.01.16
Entidad Peticionaria / Beneficiaria
Proyecto de Arquitectura (Autoría)
Intervención / Apreciación
José Joaquim Gouveia Alves Nogueira Arquiteto Serviços de Obras e Urbanização CMCPersona
Luís Filipe Mesquita Nunes Presidente Comissão Administrativa CMCPersona
Leopoldo Soares Santos Engenheiro Serviços Técnicos de Obras CMCPersona
Síntesis de Lectura

1971.04.07: Depois de anulada a comparticipação destinada à construção da nova sede da Associação dos Bombeiros Voluntários da Covilhã em 1967, para a qual já havia projeto aprovado e terreno, cedido pela Câmara Municipal da Covilhã (ver processo 138/ERU/80, AH-DGT), entre 1971 e 1980, a localização da obra, em função das exigências do programa e da disponibilidade de terrenos, voltou a ser discutida entre as duas entidades. Na carta dirigida ao Presidente da CMC , o Presidente da Associação informou que "Dos diversos locais visitados em toda a cidade onde pudesse vir a ser construído o referido quartel, apenas dois nos pareceram, em virtude da sua localização e dada a futura expansão da Covilhã, merecer a nossa escolha."

1971.04.14: A CMC informa à Associação da impossibilidade de ceder qualquer um dos dois terrenos indicados pelo presidente da Associação, António Rodrigues Pintassilgo Junior, situados no entorno do Largo de São João da Malta e da Garagem de São João. Apoiada no parecer dos Serviços de Urbanização, a CMC justificou a deliberação, argumentando que a primeira opção, o terreno entre a Garagem de São João e a curva da Fonte das Galinhas apresentava "graves inconvenientes de localização, pois está numa artéria com o maior movimento da cidade, (...) agravado por todo o movimento do Largo de São João da Malta e da estação de camionagem situada na cave da Garagem de São João" e que o segundo, à entrada da Avenida Salazar (atual Av. 25 de Abril), não convinha à construção "apresentar condições topográficas com características especiais" e por implicar "uma série de expropriações bastante onerosas e difíceis de conseguir. Como alternativa, a CMC sugere o terreno "no gaveto da Avenida Salazar com a Rua Vasco da Gama", "abrangido pelo estudo urbanístico da autoria do Senhor Arquitecto Ferrão de Oliveira", de propriedade da CMC na sua quase totalidade, além de insistir no Terreno do Campo das Festas, "primitivamente escolhido" para a a realização da construção, para o qual já havia projeto aprovado, ainda que "Admite-se que o estudo existente não corresponda hoje às exigências da atual Corporação, mas julga-se em condições de poder ser alterado e nele introduzidas as necessárias melhorias." 

1972.09.23: Referindo-se à uma reunião ocorrida em 15/9/1972, a Associação dos Bombeiros Voluntários da Covilhã pronuncia-se em favor do terreno entre a Rua Vasco da Gama e a Avenida Salazar em correspondência dirigida ao Presidente da CMC.

1972.10.28: Referindo-se às deliberações tomadas em uma reunião da Direção da Associação ocorrida em 20/10/1972, o presidente da Associação informou, em ofício dirigido ao presidente da CMC, que "tomamos já a liberdade de solicitar a elaboração do respectivo projeto ao Exm° Senhor Arquiteto António T. L. Cruz Homem".

1972.11.11: Na cópia de "uma parte da ata da reunião ordinária da CMC, realizada em 8/11/1972" que faz parte do processo, lê-se que "a Câmara deliberou, por unanimidade, ceder gratuitamente à Associação (...) do terreno disponível que possui na Rua Vasco da Gama, entre a Avenida Salazar e a Calçada Alta, a área necessária à construção do novo quartel." Uma vez que, além desta área era necessário "adquirir terrenos a particulares, a Câmara deliberou ainda subsidiar a mesma Associação com a verba equivalente ao valor dos terrenos a comprar". No entanto,  a CMC determinou também que "as obras deverão ter início e estar completamente concluídas, nos prazos máximos de 4 e 7 anos, respectivamente, a contar da data do título de cedência, sob pena de voltarem à posse da Câmara os terrenas por ela cedidos e reverterem para o Município os que tiverem sido comprados a particulares, sem que a Associação tenha direito a qualquer indenização."

1974.06.24: Na Informação intitulada "Localização do edifício para o Quartel dos Bombeiros Voluntários da Covilhã", o 2º Oficial informa que "Na reunião da CMC realizada em 14/3/1973, foi deliberado adquiirir a Manuel Matias de Figueiredo, desta cidade, uma parcela de terreno, sua propriedade, sita na Rua Vasco da Gama, com a área de 1.363,00m2." No entanto, "Depois de várias trocas de impressões entre a Câmara e a Direção dos Bombeiros, consegui-se uma outra localização para o futuro Quartel, a nascente do Largo de S. João da Malta".

1976.08.11: Dois anos mais tarde, o Presidente da Comissão Administrativa solicitou informações acerca do projeto do novo quartel e a data em que seria entregue, umas vez que o prazo inicialmente apontado já havia sido "largamente excedido".  

1976.12.22: Em correspondência dirigida ao Ministro da Administração Interna, o Presidente da Comissão Administrativa solicitou autorização para ceder gratuitamente o terreno, "que se destina à construção de um quartel para a Corporação dos Bombeiros Voluntários desta cidade (...) "velha aspiração da prestimosa Corporação" que "vem igualmente possibilitar a urbanização dos terrenos existentes a nascente do Largo das Forças Armadas".

1977.06.02: Em correspondência dirigida ao Presidente da CMC, o arquiteto dos Serviços de Obras e Urbanização dá a entender que, naquela data, era ele o responsável pelo projeto do novo quartel: "Para que me seja possível concluir, até ao dia 21 de corrente mês, o projeto de arquitetura do Quartel dos Bombeiros, solicito a V. Exª. que até àquela data não me sejam enviados ofícios com assuntos para resolver e informar. Recordo que, só mencionando o dia de ontem e hoje, recebi de V.Exª. 23 ofícios".

1978.11.06: O Engenheiro dos Serviços Técnicos de Obra, em resposta ao ofício recebido da Presidência da CMC,  justificou que o atraso nos projetos de eletricidade, água e saneamento do novo quartel, sob sua responsabilidade, era devido às "alterações que o Senhor Arquitecto Alves Nogueira se propôs fazer nas zonas habitacional, de balneários e secretaria junto da caixa da escada."

1978.11.09: O arquiteto dos Serviços de Obras e Urbanização justificou o atraso e as revisões "em virtude de o técnico encarregado do projeto de estabilidade não ter conseguido estruturar parte do edifício" o que obrigava "o signatário, como autor do projeto de arquitetura, que o refundir quase totalmente."

1979.01.08: O projeto de eletricidade para o novo quartel, elaborado pelo Engenheiro Diamantino Soeiro foi enviado à Associação dos Bombeiros Voluntários.  

1979.06.21: O Presidente da Direção da Associação, José de Sousa Gaspar, solicitou a prorrogação por mais 2 anos do prazo "oportunamente estabelecido e deliberado", em função da Corporação não ter "podido iniciar, até hoje, as obras de edificação do Quartel novo nos terrenos e a Exmª. Câmara da digna presidência de V. Exª. nos cedeu para o efeito".

1979.06.21: O vereador Manuel Augusto de Lousa Nicolau, em substituição do Presidente da CMC, informou que o prazo de 3 anos "a que se refere a segunda condição da cedência do terreno" só teria "início na data em que for assinada a escritura da referida cedência".

1980.01.16: O Presidente da Direção da Associação escreveu ao Presidente da CMC para questionar "se é, ou não, ainda viável a utilização de uma parcela de terreno, no Campo das Festas (...) com vista à edificação do novo Quartel que esta Associação humanitária há longos anos anseia e de que absolutamente carece". Na correspondência, o responsável pela corporação recapitulou a ordem dos acontecimentos e justificou as razões que motivaram o questionamento: "Em 1962 foi esse terreno cedido, para o efeito pela CM da nossa cidade. Com base nessa cedência, foi elaborado um projeto de construção do referido quartel que mereceu total aprovação (...) Tal obra, que ao tempo foi orçada em pouco mais de 2.000 contos, chegou a estar comparticipada pelo Ministério das Obras Públicas através do Fundo do Desemprego, mas lamentavelmente nem sequer se iniciou, desconhecendo a atual direção as razões de tal procedimento. E muito embora posteriormente (1975) haja sido cedido pela então Comissão Administrativa outro local (junto à Garagem de S.João) com a promessa de elaboração e entrega do correspondente projeto, o certo é que as características deste terreno oneram de tal modo a respectiva construção que, à partida, podem por em sério risco a concretização do almejado quartel através das indispensáveis comparticipações oficiais. (...) Acresce que o projeto ja existente e aprovado para o aludido terreno do Campo das Festas CONTINUA ATUAL, além de que reúne todas as condições de eficiência e operacionalidade. O custo da edificação rondará neste momento os 20.000 contos, e situa-se em local da cidade que é considerado ideal para Quartel de Bombeiros. Além de que possibilitará o imediato desbloqueamento deste processo que lamentavelmente se vem arrastando há mais de vinte anos."

Para citar este trabajo:

Arquitectura Aqui (2024) Localização do novo Quartel de Bombeiros Voluntários da Covilhã. Accedido en 19/09/2024, en https://arquitecturaaqui.eu/es/documentacion/expedientes/7489/localizacao-do-novo-quartel-de-bombeiros-voluntarios-da-covilha

Este trabajo ha sido financiado por European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) y por fondos nacionales portugueses por intermedio de FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., en el contexto del proyecto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).